O Racionalismo Cartesiano
Por: amandacaralp • 15/5/2016 • Resenha • 597 Palavras (3 Páginas) • 965 Visualizações
O RACIONALISMO CARTESIANO: A DÚVIDA METÓDICA
1 – René Descartes como fundador da filosofia moderna.
- Torna a consciência como fundamento da verdade.
- Defende a capacidade humana de construir o próprio conhecimento.
2 – Objetivo da filosofia cartesiana: encontrar um método que permita construir uma verdade indubitável.
3 – Fundamento: o método matemático (organização dos conteúdos mentais ou idéias) que permite estabelecer uma “cadeia de razões” para deduzir uma coisa da outra.
4 – As fases do Método Cartesiano
- Evidência: aceitar como verdade somente aquilo que se apresentar ao meu pensamento (espírito/mente/alma) como idéia clara (sem dúvida) e distinta (sem confusão).
- Análise: dividir cada dificuldade em partes menores até resolvê-las.
- Síntese (ordem): conduzir por ordem meu pensamento do mais fácil para o mais difícil, do mais simples para o mais complexo.
- Enumeração (revisão): fazer quantas revisões for necessário para ter certeza que nada foi esquecido na síntese.
5- Aplicação do método:
- Duvidar dos sentidos, duvidar das informações do senso comum, duvidar das autoridades, duvidar dos meus raciocínios, duvidar até da minha existência.
- Dúvida Metódica: dúvida que leva à indagação de tudo até encontrar algo que não seja duvidoso (que seja evidente).
6- Superação da dúvida:
- Cogito ergo sum = Penso, logo existo.
- Enquanto eu penso que tudo é duvidoso, eu estou pensando. Enquanto eu penso, eu só tenho uma certeza: eu que penso, existo.
- Não existe o pensamento sem existir um ser que pensa. Eu que penso, sou um ser pensante (Res Cogitans).
7- As primeiras verdades:
- Cogito ergo Sun
- Eu sou s substância pensante
- As coisas do espírito são mais fáceis de conhecer.
8- Novo problema: a existência das coisas fora do pensamento.
- O Cogito resolve o problema com relação à verdade de parte do nosso conhecimento.
- Existindo o Gênio Maligno, eu não tenho garantia de que o objeto pensado (a idéia que tenho do objeto) corresponda a uma realidade fora do pensamento.
- Como sair do solipsismo?
- Analisar se existe na mente uma idéia clara e distinta que ajude a sair desse fechamento do cogito
9 – Tipos de Ideias:
- Ideias inatas: aquelas que parecem ter nascido comigo (Cogito e Deus).
- Ideias adventícias: aquelas que vêm de fora (Mundo. Extensão, Espaço e Tempo).
- Ideias fictícias: aquelas que são criadas por mim (Tudo que foi criado pelo meu espírito).
9- A idéia de Deus
- Idéia de Deus: substância infinita, eterna, imutável, independente, onisciente, onipotente que me criou e criou todas as coisas.
- Sou um ser imperfeito e finito, como posso ter a idéia de perfeição e infinitude?
- Se as atenho, é porque existe algo fora da mente com essas características e que as pôs na minha mente.
- Prova da existência de Deus (Causalidade e Cosmológica).
- A existência de Deus dá garantia da existência do mundo, das leis que governam o mundo e da possibilidade do conhecimento do mundo pelo cogito.
10- O mundo
- As ideias sobre o mundo são adventícias.
- A aplicação do método ajuda a descobrir quais delas são claras e distintas: Ideia de Extensão.
- Temos: a res cogitans (pensamento), a res extensa (extensão) e o movimento, que Deus injetou no mundo quando o criou (Física)
- O homem corpo (res extensa) e alma (res cogitans)
11- Conseqüências do Cogito
- Caráter absoluto e universal da razão (somente a razão leva à verdade).
- Dualismo psicológico (separação entre corpo e consciência/alma)
- Superioridade da razão sobre as paixões (desejo).
- A ciência estuda o corpo.
- A filosofia reflete sobre as paixões.
- Educar: ensinar a ser racional sempre.
Bibliografia:
ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 4 ª ed. São Paulo: Moderna, p. 172 – 174.
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