O Racionalismo Versus Empirismo

De um lado posicionavam-se os racionalistas que, liderados por Descartes, defendiam a tese de que todo conhecimento só pode provir da razão, ou seja, que todo conhecimento só se dá através da razão, devendo-se duvidar de tudo – menos da própria dúvida. Contudo, mesmo postulando nossa vida através da razão, os seres humanos continuavam cometendo erros, assim, era necessário à criação de um método para orientar a razão.

Indo na contramão da razão como máxima, o Empirismo colocava que a “experiência é norma ou critério da verdade”. Desta forma, para que algo seja considerado como verdade, deverá passar pela experiência, deverá pode ser percebido pelos nossos sentidos. Logo, nosso conhecimento sobre o mundo é necessariamente limitado, pois nossos sentidos são limitados. Mas aqui reside uma grande particularidade do Empirismo: a verdade pode e deve ser posta a prova, podendo ser corrigida e abandonada.

Os racionalistas afirmam que há formas significativas em que os nossos conceitos e conhecimentos são obtidos de forma independente da experiência sensorial.Os racionalistas compartilham a visão de que há conhecimento inato,afirmando que nascemos com a competência para articular nossa inteligência com os princípios racionais, como também, aptos para pensar ideias verdadeiras, sendo assim, são idéias inatas.

Só a Razão pode nos levar ao conhecimento, a verdade, pois ela é pura e sem erros.

Os sentidos nos enganam, eles são inconfiáveis no caminho da verdade. Pois você vê algo e crer que aquilo é verdade, mas é apenas uma ilusão dos seus sentidos

A Razão sozinha nos consegue dar intuições, não necessariamente pensamento racional consegue nos levar a uma verdade indubitável (certa ou indiscutível). Ela precisa então ser educada por meio de um método de conhecimento, que permita que ela indubitavelmente, ou seja, sem dúvidas, chegue a uma verdade, esse é o método do conhecimento, o método cartesiano.

Método Cartesiano: O objetivo do método cartesiano é chegar a uma verdade indubitável.

I- Evidência (as idéias que eu vou selecionar para ser meu objeto de estudo deve se apresentar para minha consciência de forma clara e distinta, ou seja, elas não podem ser idéias que necessitam de grandes comprovações para serem entendidas, em outras palavras definição com clareza aquilo que me incomoda, aquilo que eu quero entender).

II- Análise (a idéia que eu quero entender agora eu vai dividi-la em várias partes menores. Porque é mais fácil e simples eu entender primeiro cada parte, depois entender o todo, do que conseguir entender o todo de uma vez).

III- Ordem (Pegar todas as partes menores que foi divida na análise e organizá-las nas idéias mais simples para as mais complexas, e tentar resolve-las a partir das mais simples, depois eu vou evoluindo para as idéias mais complexas, mais difícil resolver.)

IV- Enumeração (Revisão. Eu reviso tudo aquilo que eu acabei de entender de resolver para garantir que não há nenhuma falha , que não esqueci de nada).

O Método Cartesiano é a base para um pensamento moderno e para o pensamento atual, tudo o que nós fazemos no cotidiano seja em um exercício de matemática, seja resolvendo um grande problema no trabalho