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O Racionalismo e Empirismo

Por:   •  21/4/2020  •  Relatório de pesquisa  •  1.076 Palavras (5 Páginas)  •  222 Visualizações

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CENTRO UNIVERTÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO – UNASP

SAMILA DIAS DE SOUSA – RA: 123104

SÍNTESE: RACIONALISMO X EMPIRISMO

SÃO PAULO – SP

2020

Racionalismo X Empirismo

No período da modernidade, por volta do século XVI ao XVIII, houveram mudanças em diversos aspectos: políticos, sociais, literários, artesanais, científicos, religiosos e filosóficos. Na Filosofia, a crítica à Filosofia Medieval fez com que o pensamento greco-romano retornasse, ou seja, o foco que se dava à teologia, agora prevalece no antropocentrismo. Com isso, o pensamento que se estabelece é do racionalismo como principal base. E como discussão, surge novamente a questão do método, agora na busca da verdade e do conhecimento mais seguro.

Diante disso, surgem duas correntes opostas, uma centrada na razão como origem do conhecimento e outra nos sentidos e nas experiências. São elas:

  • O racionalismo: razão como destaque no processo do conhecimento.

 Racionalistas que se destacam: Descartes – principal representante –, Espinosa e Leibniz.

  • O empirismo: experiência sensível destacado no processo de conhecimento.

Empiristas que se destacam: Francis Bacon, John Locke, David Hume e George Berkeley.

O racionalismo cartesiano

René Descartes, o considerado “pai da filosofia moderna” é quem vai em buscar um método que resultasse na verdade indubitável. Em busca disso, põe tudo o que já experenciamos em dúvida: o senso comum, os sentidos, as autoridades, a realidade do mundo exterior e do próprio corpo. Assim, chamou essa indagação de dúvida metódica, criando um filtro que permitirá ver quais são as ideias evidentes e o faz questionar se existe algo que fosse totalmente incontestável.

Cogito, ergo sum

[...] “enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade eu penso, logo existo era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de a abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da filosofia que procurava.” – Descartes.

Para Descartes, o ato de pensar já denunciava que o eu existia, ou seja, “existo enquanto penso”. Com isso, se deu o que ele chama de ideia clara e distinta. Porém, nem tudo o que pensamos realmente existe, portanto, ele diz que o cogito, já se encontra no espírito como ideias inatas e dentre elas encontramos a ideia inata da existência infinita de Deus.

Empirismo Britânico

Ao contrário dos racionalistas, o empirismo atribui aos sentidos e às experiências sensíveis, como principal no processo do conhecimento.

Os empiristas em destaque eram:

  • Francis Bacon (1561-1626)

Foi um filósofo inglês que advinha de uma família de nobres e chegou a ser chanceler na corte de Jaime Stuart-I. Além disso, teve extrema importância nos séculos XVI e XVII, pois  se opôs às ideias de Descartes e criou um método chamado método empírico indutivo, que consistiu em induzir experimentações através da observação. Uma frase que ele usou e que hoje o caracteriza é: “saber é poder”, ou seja, precisamos conhecer e experimentar para alcançar a verdade.

O método empírico indutivo se baseia na experimentação de exemplos específicos para se chegar a verdades maiores e se deter por mais tempo na comprovação das hipóteses. Porém, o próprio Bacon já alertava às pessoas que iriam usar seu método, para tomarem cuidado. Para isso, ele usou a teoria dos ídolos, que se constitui em fatos que podem influenciar negativamente na busca dessas verdades. Divide-se essa teoria em quatro ídolos:

  1. Ídolo da tribo: (confusão de naturezas) é preciso tomar cuidado com o próprio pensamento, pois este pode distorcer o caminho (a realidade) e nos enganar.
  2. Ídolo da caverna: (está na própria pessoa) é preciso tomar cuidados com as nossas preferências pessoais, podendo dificultar as pesquisas devido a parcialidade.
  3. Ídolo do foro: (linguagem) é preciso utilizar uma linguagem científica específica para não nos confundirmos.
  4. Ídolo do teatro: (sofísticos e supersticiosos) é preciso tomar cuidado com os pensamentos filosóficos do passado, pois muitos não se comprometiam com a busca da verdade, ou seja, suas ideias não eram comprovadas.

  • John Locke (1632-1704)

Autor do livro “Ensaio sobre o entendimento humano” – principal livro da modernidade sobre o empirismo –, o filósofo John Locke, critica as ideias inatas que Descartes afirmou existir, dizendo que o ser humano é como uma tábula rasa, ou seja, que o homem é uma folha em branco que aos poucos (através das experiencias sensíveis) vai sendo escrito de acordo com a sua particularidade. Dessa maneira, como cada pessoa terá as suas emoções, isso será transformado em um sentido, e assim, irá dar uma característica psicológica ao estudo do processo de conhecimento de Locke.

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