O desafio de amar Zygmunt Bauman
Por: gaby Dumbrovsky • 26/6/2021 • Trabalho acadêmico • 1.173 Palavras (5 Páginas) • 180 Visualizações
• BIOGRAFIA
Zygmunt Bauman foi um filósofo e sociólogo judeu. Nasceu, no dia 19 de novembro de 1925, na cidade de Poznan, Polônia, em uma família judia não praticante. Em 1939 ele e sua família fugiram em direção a União Soviética por causa da invasão nazista em seu país de origem. Antes de ingressar em sua carreira acadêmica, Bauman se alistou e serviu no Primeiro Exército Polonês, controlado pelos soviéticos, e lutou ao longo da segunda guerra mundial atuando como instrutor político. Conheceu sua esposa Janine Bauman nos acampamentos de refugiados polacos.
Ao longo dos anos 1940 e 1950, Bauman, um devoto comunista, foi militante do partido comunista da Polônia (Partido Operário Unificado Polaco). Entre 1945 e 1953, de acordo com o Instituto da Memória Nacional da Polônia, Zygmunt era oficial do Corpo de Segurança Interna (KBW em polonês) e, dentre os anos de 1945 e 1948, trabalhou para a inteligência militar.
Bauman ingressou seus estudos na Academia de Política e Ciências Sociais de Varsóvia, ainda servindo na KBW. Mas em 1953, enquanto servia no posto de major, ele foi subitamente destituído da KBW de maneira desonrosa, devido a aproximação de seu pai a embaixada israelense em Varsóvia. Sua demissão causou um severo e temporário afastamento entre Bauman e seu pai, devido a divergências de pensamentos, enquanto seu pai compartilhava de ideias sionistas, Bauman era fortemente antissionista. Enquanto permanecia desempregado, Zygmunt resolveu dar continuidade aos seus estudos, completando seu mestrado na Universidade de Varsóvia, e em 1954, ele tornou professor assistente nessa mesma Universidade, onde permaneceu até ser demitido em 1968. Inicialmente, Bauman se manteve próximo à ortodoxia marxista mas, influenciado por Antonio Gramsci e Georg Simmel, tornou-se crescentemente crítico ao governo comunista da Polônia, embora isso, Bauman militava numa perspectiva humanista do marxismo e declarou-se socialista até o fim de sua vida, até mesmo dizia que mais do que nunca, o socialismo é necessário ao mundo. Graças a suas críticas sofreu pressões políticas e foi perseguido por 15 anos. Em janeiro de 1968, essa crescente pressão política, conectada ao expurgo (processo de expurgar, expelir, expulsar, exilar ou eliminar algo, no sentido de desfazer-se de um problema e colocar para fora um objeto com conotação negativa) conduzida pelo chefe do Serviço de Segurança Polonês, fez com que Bauman renunciasse ao seu cargo no Partido Operário Unificado. Esse expurgo levou muitos judeus comunistas poloneses e até mesmo Bauman e sua família a sair do país, e para que conseguisse sair do país teve que abrir mão de sua cidadania polonesa. Depois de sair do país, ele se refugiou inicialmente no Israel onde lecionou na Universidade de Tel Aviv, logo em seguida, em 1971, foi para Inglaterra, aceitando o convite para ensinar sociologia na Universidade de Leeds. Nela além de professor foi também diretor do departamento de Sociologia, e permaneceu na universidade até a sua aposentadoria em 1990. Desde de então sua reputação cresceu exponencialmente, alcançou o mundo, e seus trabalhos e obras passaram a ser quase que exclusivamente em inglês. Foi um dos maiores intelectuais a dissertarem sobre a chamada Pós-Modernidade.
Com sua esposa judia e escritora Janine Bauman teve três filhas: Irena, Lydia e Anna e permaneceu casado com Janine até a morte dela em 2009. Bauman faleceu aos 91 anos em 9 de janeiro de 2017.
• PENSAMENTOS E TEORIAS
Modernidade liquida
Após se aposentar, Bauman se concentrou na análise dos tempos modernos ou novos tempos, especialmente na fluidez das relações humanas e no sentimento generalizado de medo.
O termo “pós-modernidade” é usado por muitos pensadores para se referir ao tempo em que vivemos. Já Bauman cria um novo conceito: “modernidade liquida”, para falar do tempo em que vivemos, caracterizando as relações sociais entre pessoas na sociedade moderna. O nome é dado como uma metáfora, devido aos líquidos serem fluidos e mudarem constantemente, fazendo uma referência aos laços humanos como sendo vulneráveis, frágeis, suscetíveis a várias mudanças e incapazes de se manterem fortes por muito tempo.
Para Bauman a modernidade “solida”, das década anteriores, era contraria em relação a modernidade “liquida”, era previsível, estável e coesa, e teve como traço básico a ideia de que o homem seria capaz de criar um novo futuro para a
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