O homem está condenado à liberdade

Sartre, Jean- Paul; Os dados estão lançados: romance. Papirus editora, 1947.

Sobre o autor:

Jean Paul Sartre

"O Homem está condenado à liberdade"

"A existência precede a essência"

Jean-Paul Charles Aymard Sartre filósofo francês, escritor e crítico, conhecido representante do existencialismo. Acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra.

Repeliu as distinções e as funções oficiais e, por estes motivos, se recusou a receber o Nobel de Literatura de 1964. Sua filosofia dizia que no caso humano (e só no caso humano) a existência precede a essência, pois o homem primeiro existe, depois se define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir, e por isso sem ter uma "essência" posterior à existência.

Sartre escreveu um romance delicioso de ser lido, Os dados estão lançados, os personagens Pierre e Eve, Pierre é o líder de um movimento chamado: A liga, e Eve uma mulher de classe alta, eles tiveram uma oportunidade que é dada só em casos especiais, os dois se conhecem depois da morte e se apaixonam. Descobrem que foram feitos para ficarem juntos, mas como houve um "erro" e eles morreram antes da hora, têm a chance de voltarem à vida, de acordo com o artigo 140. Eles tem uma nova oportunidade, se conseguirem ficar juntos permanecerão vivos e poderão viver seu amor. Se não conseguirem, morrerão novamente e suas almas terão apenas uma eternidade pela frente. O detalhe é que os dois voltam à vida sem esquecer nada, lembrando do desafio e como é a vida depois da morte. Mas, para ficarem juntos, Pierre tem de abrir mão da fidelidade aos seus ideais, e Eve de seus problemas familiares. Cada um tem suas ideologias, e Pierre principalmente tem que fazer uma escolha entre seus objetivos e o amor. O livro é um romance que está em jogo seus interesses pessoais. Esse livro mexe muito com os leitores pois à vida após a morte? Para onde vamos quando morremos? Os mortos nos podem ver? É um livro que faz o leitor não querer para de ler.

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