O que é a Morte?

TEMA- O que é a Morte?

André Comte - Sponville nasceu em Paris, em 1952, professor - doutor em filosofia, é um filósofo materialista francês. Comte-Sponville encontra no ateísmo uma fonte mais legítima da Ética, da adoção de valores humanos. Escreveu muitas obras dentre elas podemos citar: Angústia, tratado do desespero, O ser-tempo, amor e solidão, Apresentação da filosofia que foi publicada originalmente em francês com o titulo Presentations de la philosophie :Tradução Eduardo Brandão.

Nesta obra “Apresentação da Filosofia” André Conte aborda diversos temas com seus respectivos filósofos e suas principais ideias que servirão de suporte para aprofundamento do nosso conhecimento.

Escolhi o tema sobre a Morte, para fazer uma reflexão e expor algumas ideias, também norteadas de muitas indagações e dúvidas apesar de ser cristã e acreditar na Vida Eterna.

Um grande mistério norteia este tema. Muitos tentam achar um conceito, uma explicação, outros ficam indiferentes. O que é a morte? Por que morremos? Para onde vamos? Os filósofos não param de responder, a metafísica tenta simplificar afirmando que a morte não é nada, ou é outra vida, purificada, libertada... Segundo o autor do texto a maioria dos ateus e filósofos materialistas leva a morte a sério, como um nada definitivo a maior parte das religiões e, com ela a filosofia espiritualista ou idealista veem na morte uma passagem entre duas vidas. Mas subsiste um grande mistério que leva o homem a pensar e a filosofar incansavelmente. Para Platão é a separação entre alma e corpo. Montaigne aconselha à aceita-la já que ninguém consegue fugir dela, e procurar viver bem, tudo é passageiro, o que importa é a vida, vamos aprender a amá-la como ela é. Spinoza “Para todo ser finito, explica, existe outro mais forte, que pode destruí-lo” somos mortais, isso significa que estamos propensos a morrer. André Comte faz parte dos que acham que a morte é nada, defende que o ser humano é possuidor de consciência e de valores que não dependem da fé em divindade nenhuma. Freud se não morrêssemos não daríamos tanto valor a vida, “aceitar a morte, a sua e a dos próximos – é a única maneira de ser fiel a vida até a morte”. Escrevia Gide, “é preciso pensar a morte para amar melhor a vida” Se a vida é combater, resistir, sobreviver, e ninguém pode fazê-lo indefinidamente, vamos aproveitar o máximo, viver intensamente cada momento de uma maneira racional, acreditar no impossível, existem infinitas possibilidades segundo Albert Einstein para ser feliz, o homem é coautor de sua história, temos que nos conectar no sucesso, sair da zona de conforto e ir a luta, acreditar nas suas possibilidades de vencer, alcançar objetivos. Tudo é desafiador, devido as transformações rápidas do mundo, da tecnologia, dos impactos econômicos... O mundo que nascemos não é o mesmo que vivemos. “Pensar na morte é ouvir e interpretar a vida em todas as suas formas; é debruçar-se sobre ela no vigor e na ternura de mil e uma ocupações” sabemos que para morrer só precisamos estar vivo, mas nunca pensamos que ela esta bem próximo de nós, ou de uma pessoa que amamos. Assim fugimos de pensar na morte; mas ao sermos surpreendidos achamos que é covardia. É um ato grosseiro, que não temos a capacidade de entender por nós mesmos. Principalmente quando esse ato não é natural. Sonhos, projetos, objetivos alcançados ou planejados são descartados. Quando André Comte diz que sofremos mais pela morte do próximo eu concordo plenamente É como um barquinho em alto mar, se distanciando cada vez mais de você, E causa grande dor. Deixa um vazio imenso. Uma saudade que não acaba mais.

Será que vale a pena a busca incansável pelo materialismo, as inquietações do dia a dia, as guerras, a luta pelo ter, sem se importar com o ser? o desamor que toma conta das pessoas? Por que uma pessoa tão amada e querida tão jovem é tragada pela morte tão cedo? São essas e outras indagações que não conseguimos obter respostas. Para continuar vivendo buscamos refúgio em Deus. Só ele é capaz

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