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A Morte Do Autor

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Por:   •  27/5/2013  •  1.028 Palavras (5 Páginas)  •  733 Visualizações

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TEMA: Analise sobre o papel do autor em relação ao narrador literário.

AUTOR: Roland Barthes

REFÊRENCIA BIBLIOGRÁFICA: BARTHES, Roland. ´´A morte do autor``. O rumor da Língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

´´A escrita é destruição de toda a voz, de toda a origem. A escrita é esse compósito, esse obliquo para onde foge o nosso sujeito, o preto-e-branco aonde vem perder-se toda a identidade, a começar precisamente pela do corpo que se escreve.``(p. )

´´desde o momento que um fato é contado, para fins intransitivos e não para agir diretamente sobre o real , quer dizer, finalmente fora de qualquer função que não seja o próprio exercício do símbolo, produz-se este desfasamento, a voz perde a sua origem, o autor entra na sua própria morte, a escrita começa.`` (p. )

´´...nas sociedade etnográficas não há nunca uma pessoa encarregada da narrativa, mas um mediador, châmane, ou recitador``. (p. )

´´O autor é uma personagem moderna, produzida sem dúvida pela nossa sociedade, na medida em que, ao terminar a idade Média, com empirismo inglês, o racionalismo francês e a fé pessoal da Reforma, ela descobriu o prestigio pessoal do individuo, ou como se diz mais nobremente , da pessoa humana. É pois logico que, em matéria de literatura, tenha sido o positivismo, resumo e desfecho da ideologia capitalista, a conceder a maior importância a pessoa do autor.``. (p. )

´´a imagem da literatura que podemos encontrar na cultura é corrente é tiranicamente centrada no autor, na sua pessoa, na sua historia, nos seus gostos, nas suas paixões``. (p. )

´´Em França, Mallarmé [...] para ele, como para nós, a linguagem fala, não é o autor, escrever é através de uma impessoalidade prévia impossível de alguma vez ser confundida com a objetividade castradora do romancista realista [...]toda a poética de Mallarmé consiste em suprimir o autor em proveito da escrita``.(p. )

´´Proust, a despeito do caráter psicológico daquilo a que chamam as suas análises, atribuiu visivelmente a tarefa de confundir inexoravelmente, por uma subutilização extrema, a relação entre o escritor e as suas personagens: ao fazer o narrador, não aquele que viu ou sentiu, nem sequer aquele que escreve, mas aquele que vai escrever ``.(p. )

´´o Surrealismo contribuiu para dessacralizar a imagem do Autor``.(p. )

´´linguisticamente, o autor nunca é nada mais para além daquele que escreve, ´tal` com eu não é aquele que diz eu: a linguagem conhece um sujeito, não uma pessoa, e. esse sujeito, vazio fora da própria

enunciação que o define, basta para fazer suportar a linguagem, quer dizer, para a esgotar.``(p. )

´´O tempo, em primeiro lugar, já não é o mesmo. O Autor, quando se acredita nele, é sempre concebido como o passado do seu próprio livro: o livro e o autor colocam-se a si próprios numa mesma linha, distribuída como um antes e um depois: supõe-se que o Autor alimenta o livro, quer dizer que existe antes dele, pensa, sofre, vive com ele; tem com ele a mesma relação de antecedência que um pai mantém com o seu filho. Exatamente ao contrário, o scriptor moderno nasce ao mesmo tempo que o seu texto; não está de modo algum provido de um ser que precederia ou excederia a sua escrita, não é de modo algum o sujeito de que o seu livro seria o predicado; não existe outro tempo para além do da

enunciação, e. todo o texto é escrito eternamente aqui e agora``(p. )

´´ Sabemos agora que um texto não é

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