OS SOFISTAS
Monografias: OS SOFISTAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: MarianaMasse • 4/6/2014 • 934 Palavras (4 Páginas) • 569 Visualizações
I – Introdução
Por volta do século V. ( a.c.), iniciou-se uma revolução intelectual, onde chegou-se ao auge da democracia em Atenas.
Com a ascensão política, desenvolvimento do individualismo e a necessidade de solução de problemas práticos ocasionou reação contra os antigos hábitos do pensamento, assim abandonam o estudo do universo físico e voltam sua atenção para assuntos relacionados ao individuo.
Na história do pensamento grego houve uma fase muito particular que foi extremamente importante, mas de duração relativamente curta: o período dos sofistas. Esse período compreendeu os séculos IV e V a.C. e envolveu poucos, porém grandes intelectuais, pensadores e cientistas, dentre eles: Demócrito, Protágoras, Górgias e Hipías
II – Quem foram os Sofistas
Neste período, em que já estão avançadas as questões cosmológicas, a busca pelo ser das coisas deixa de ser o foco principal das questões filosóficas, que agora se ocupa com o homem e suas potencialidades. Era preciso saber falar para fazer valer seus interesses nas assembleias. Surgem, então, os famosos oradores denominados Sofistas, palavra que significa sábio em grego.
Esses homens, portadores de uma eloquência incomum, propunham ensinar qualquer coisa aos cidadãos que almejassem os cargos públicos ou simplesmente que se defenderiam em um caso litigioso. No entanto, suas técnicas nada mais eram do que ensinar a persuadir convencendo seu interlocutor em um debate, seja pela emoção, seja pela passividade deste. Ardilosos oradores, os sofistas fascinavam àqueles que ouviam suas palestras, ensinando como transformar um argumento fraco em um argumento forte e vice-versa. Para eles, fácil era convencer conforme seus interesses, por isso conseguiam provar que uma coisa ora era branca, ora preta. O importante era convencer a qualquer custo. Mediante salários (ou seja, cobravam pelo ensino), eles ensinavam a quem pudesse pagar, sobre qualquer coisa, dizendo serem portadores de um saber universal. Mas na prática, ensinavam como refutar o seu adversário, não se preocupando com a relação que as palavras tinham com as coisas, articulando-as segundo as necessidades do debate para convencer e derrotar seu oponente.
III - Os pensamentos e doutrinas dos sofistas
Tudo é relativo ( relativismo ), não há regras de sobrevivência, nem leis , não existe o certo e o errado, não acreditavam em fatos, a verdade está em mim ( ceticismo ), vejo as coisas como eu quero, minha referência é a minha vontade, são egocêntricos ( individualismo ) e condenam a escravidão sem exceção e o exclusivismo racial dos gregos.
São famosos e numerosos os sofistas que atuaram na Grécia antiga, em especial em Atenas, onde a cultura floresceu com mais evidência. Híppias, Pródico, Antístenes, Trasímaco são apenas alguns exemplos históricos destes que inventaram um certo modo de viver numa política que pressupunha a isonomia (leis iguais para todos os cidadãos). No entanto, podemos destacar especialmente dois dos maiores sofistas de todos os tempos: Górgias e Protágoras.
Protágoras é conhecido como o primeiro sofista. Sua fama se estendia por todas as colônias e era um homem culto e bem sucedido. Este eminente orador vivia uma forma de absoluto subjetivismo relativista. Sua máxima “o homem é a medida de todas as coisas” ilustra bem o modo de pensar das diferentes pessoas. Isto quer dizer que cada pessoa, pensa, deseja e busca algo para si, de tal forma única que impossibilita que exista uma verdade absoluta. A verdade, segundo Protágoras, depende de cada um, depende de como cada coisa aparece para cada um em seu juízo. O que pode ser verdade para um, pode não o ser para outro. Com esse relativismo moral, ele rejeita toda verdade universal. Se algo te parece bom, faça. Se isso traz benefício a você e prejuízo
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