Origem Da Desigualdade
Dissertações: Origem Da Desigualdade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: alice.idatam • 30/9/2014 • 9.791 Palavras (40 Páginas) • 387 Visualizações
QUAL É A ORIGEM DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS, E SE É AUTORIZADA
PELA LEI NATURAL
Jean-Jacques Rousseau
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO
BIOGRAFIA DO AUTOR
DEDICATÓRIA
À Repúlica de Genebra
PREFÁCIO
Discurso sobre a origem da desigualdade
file:///C|/site/livros_gratis/origem_desigualdades.htm (1 of 64) [11/10/2001 19:05:32]
DISCURSO SOBRE A DESIGUALDADE
PRIMEIRA PARTE
SEGUNDA PARTE
ADVERTÊNCIA SOBRE AS NOTAS
NOTAS
APRESENTAÇÃO
Nélson Jahr Garcia
Rousseau, com os seus companheiros enciclopedistas e da maçonaria, nos ensinou a respeitar o ser
humano, amar a natureza e a sentir paixão pela liberdade. Foi devido a essa influência, pelo menos em
parte, que lutamos contra o jugo português, proclamamos a República, enfrentamos a ditadura do Estado
Novo e o regime militar. Aprendemos também a defender as florestas, os animais, a vida enfim.
Em "Sobre a origem da desigualdade", Rousseau mostra o caminho histórico percorrido pelo ser
humano, passando do estado de natureza para o estado civilizado. Discute as contradições e
antagonismos que permearam esse processo e defende a volta ao estado natural, sob novas formas.
Suas concepções sobre o Direito Natural, no Prefácio, são brilhantes.
A conclusão final nos leva a pensar e, espero, a agir um dia:
"Essa distinção determina suficientemente o que se deve pensar, nesse sentido, da espécie de
desigualdade que reina entre todos os povos policiados, pois é manifestamente contra a lei da natureza,
de qualquer maneira que a definamos, que uma criança mande num velho, que um imbecil conduza um
homem sábio, ou que um punhado de pessoas nade no supérfluo, enquanto à multidão esfomeada falta o
necessário".
Liberdade também se aprende, com Rousseau o caminho é mais breve.
BIOGRAFIA DO AUTOR
ean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra no ano de 1712 e morreu no de 1778.
Dotado de excepcionais qualidades de inteligência e imaginação, foi ele um dos
maiores escritores e filósofos do seu tempo. Em suas obras, defende a idéia da volta à
natureza, a excelência natural do homem, a necessidade do contrato social para garantir os
direitos da coletividade. Seu estilo, apaixonado e eloqüente, tornou-se um dos mais
poderosos instrumentos de agitação e propaganda das idéias que haviam de constituir,
mais tarde, o imenso cabedal teórico da Grande Revolução de 1789-93. Ao lado de Diderot, D'Alembert
Discurso sobre a origem da desigualdade
file:///C|/site/livros_gratis/origem_desigualdades.htm (2 of 64) [11/10/2001 19:05:32]
e tantos outros nomes insignes que elevaram, naquela época, o pensamento científico e literário da
França, foi Rousseau um dos mais preciosos colaboradores do movimento enciclopedista. Das suas
numerosas obras, podem citar-se, dentre as mais notáveis: Júlia ou A Nova Heloísa (1761), romance
epistolar, cheio de grande sentimentalidade e amor à natureza; O Contrato Social (1762), onde a vida
social é considerada sobre a base de um contrato em que cada contratante condiciona sua liberdade ao
bem da comunidade, procurando proceder sempre de acordo com as aspirações da maioria; Emílio ou Da
Educação (1762), romance filosófico, no qual, partindo do princípio de que "o homem é naturalmente
bom" e má a educação dada pela sociedade, preconiza "uma educação negativa como a melhor, ou antes,
como a única boa"; As Confissões, obra publicada após a morte do autor (1781-1788), e que é uma
autobiografia sob todos os pontos-de-vista notável.
Quanto ao Discurso, aqui editado, composto em 1753 para responder à questão proposta pela
Academia de Dijon, isto é: A Origem da Desigualdade entre os Homens, era a obra de Rousseau, como
ele próprio informa nas suas Confissões, que o seu genial contemporâneo Diderot mais apreciava. Eis aí
o melhor elogio que se poderia fazer da presente edição.
DISCURSO
SOBRE ESTA QUESTÃO PROPOSTA PELA ACADEMIA DE DIJON:
QUAL É A ORIGEM DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS, E SE É AUTORIZADA
PELA LEI NATURAL
DEDICATÓRIA
À República de Genebra
AGNIFICOS, MUITO HONRADOS E SOBERANOS SENHORES,(1)
Convencido de que só ao cidadão virtuoso cabe dar à sua pátria as honras que ela
possa reconhecer, há trinta anos que trabalho para ter o mérito de vos oferecer uma
homenagem pública; e essa feliz ocasião suprindo em parte o que meus esforços não
puderam fazer, acreditei que me seria permitido consultar aqui o zelo que me anima, mais do que o
direito
...