Os Sofistas
Exames: Os Sofistas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: graca40 • 21/5/2014 • 1.163 Palavras (5 Páginas) • 248 Visualizações
Os Sofistas
O início da ciência lógica encontra-se na antiga Grécia, onde as polêmicas
geradas pela teoria de Parmênides e os famosos argumentos de Zenão, que negavam a
realidade do movimento fazendo uso indevido do princípio da não-contradição,
contribuíram para a distinção dos conceitos matemáticos da época.
Neste período, havia a necessidade de argumentações claras, mediante
demonstrações rigorosas, (...). Mais tarde, encontramos as sutilezas dos sofistas, que
reduziam todo saber a arte de convencer com as palavras, levando Sócrates a defender o
valor dos conceitos e tentar defini-los com precisão.
O mais remoto precursor da lógica formal é Parmênides de Eléia, que formulou
pela primeira vez o princípio de identidade e de não contradição. Seu discípulo Zenão
foi o fundador da dialética, segundo Aristóteles, por ter empregado a argumentação
erística (arte da disputa ou da discussão) para refutar quem contestasse as teses
referentes à unidade e à imobilidade do ser.
Os sofistas, mestres da arte de debater contra ou a favor de qualquer opinião
com argumentos que envolviam falácias e sofismas, também contribuíram para a evolução da lógica, pois foram os primeiros a analisar a estrutura e as formas da
linguagem. Foi sobretudo em vista do emprego vicioso do raciocínio pelos sofistas que
o antecederam que Aristóteles foi levado a sistematizar a lógica.
Sócrates definiu o universal, ou essência das coisas, como o objeto do
conhecimento científico e, com isso, preparou a doutrina platônica das idéias. Ao
empregar o diálogo como método de procura e descobrimento das essências, antecipou
a dialética platônica, bem como a divisão dos universais em gêneros e espécies (e das
espécies em subespécies), o que permitiu situar ou incluir cada objeto ou essência no
lugar lógico correspondente.
Platão: O Grande Mestre
O filósofo Platão viveu em Atenas, na Grécia, nos séculos V-IV a.C. Seu
grande feito deve-se ao fato de ter dado um significado definido aos termos "filosofia" e
"razão", marcando decisivamente o destino do saber e da civilização ocidentais.
No período em que Platão viveu, a civilização clássica grega atingiu o auge,
inventando, “em todos os domínios, tipos de organização, formas culturais, conceitos
que constituem ainda hoje, para nós, o essencial do que chamamos civilização”
(CHÂTELET, s/d). Mas o tempo de Platão é já também o tempo da crise, da
decadência, no qual a democracia, o regime político orgulho dos atenienses, tinha
degenerado em demagogia, corrupção e violência.
Como a maior parte dos jovens ricos da altura, Platão aspirava participar na
vida política, no entanto os acontecimentos desiludiram-no e resolveu virar-se, sob a
influência de Sócrates,para a filosofia. No entanto, a motivação política permanecerá
uma constante nas suas reflexões: uma das suas últimas obras, as Leis, por sinal
inacabada, trata ainda da definição de uma cidade justa.
Para Platão, tudo neste mundo está em movimento, em transformação, sujeito
ao nascimento, à morte e à decadência. Tais pensamentos deixam claro que, segundo
Platão, nada é completo, nada é perfeito. Sobre as realidades imperfeitas e em
transformação não se pode ter um conhecimento perfeito, objetivo, apenas se podem ter
opiniões, variáveis de indivíduo para indivíduo, de lugar para lugar e de época para
época.
Se esta realidade é a única, nunca será possível um acordo entre os seres
humanos acerca daquilo que a todos interessa, como o bem comum, o governo, a
justiça, o destino da humanidade. Segundo os escritos de Platão, os homens estão
destinados a viver em constante luta, pois a violência constituirá a única forma de
alguém impor as suas opiniões aos outros, ficando sempre sujeito a que outrem mais
violento o ultrapasse (CHÂTELET, s/d).
Um consenso entre os seres humanos será alcançado se antes nos
conscientizarmos de que este só será possível com base numa realidade estável, em algo
que possua um caráter permanente, e não em algo que está constantemente a
desvanecer-se. Para Platão somente o campo das matemática fornece um possível
consenso, por apresentar justamente um caráter permanente, universal e necessário.
O legado deixado por Platão tem sido objeto das mais variadas avaliações e
interpretações, e por isso mesmo merece da parte de cada um de nós uma análise
cuidadosa. Um dos fatos essenciais, é que não existe propriamente uma doutrina
platónica definida em todos os seus pormenores. Aquilo que os livros escritos por
Platão, os diálogos, retratam, é antes uma procura constante da verdade, com avanços,
mas também
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