Pedagogia da Autonomia
Por: Fla_via • 21/6/2015 • Resenha • 1.051 Palavras (5 Páginas) • 243 Visualizações
Filosofia da Educação Brasileira
Acadêmicas: Flávia Aparecida de Moraes
Rosana Paula Severino
PEDAGOGIA DA AUTONOMIA
SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA EDUCATIVA
Paulo Freire
Mediante a leitura do livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire e as exposições ocorridas no decorrer do 4º Bimestre relacionadas ao mesmo, pudemos obter um vasto conhecimento de suas idéias e ao mesmo tempo comparar com a realidade existente.
Assim, ao estudar cada capítulo que compõe o livro Pedagogia da Autonomia, observamos que muitos dos saberes cujo Freire acredita serem necessários à prática educativa são imprescindíveis, no entanto, acreditamos que alguns sejam utópicos demais.
Quando o Freire aborda que ensinar exige rigorosidade metódica, respeito aos saberes dos educandos, reflexão crítica sobre a prática e consciência do inacabamento, descritos logo nos primeiros capítulos, o mesmo foi extremamente coerente em exprimir essas idéias, pois o educador deve sim estimular, incentivar, o educando a questionamentos, a expor suas curiosidades e críticas, porém o mesmo deve estar atento às experiências dos alunos para assim não apenas transmitir conhecimentos científicos, mas que o mesmo seja condizente com a realidade de seus alunos, sempre a pensar de forma crítica sobre sua ação docente de forma melhorar suas capacidades lembrando que o mesmo é um ser inacabado e que precisa estar a todo o momento se aperfeiçoando.
No entanto, além de alguns seus capítulos estarem transmitindo idéias que foram apresentadas nos outros capítulos, ou seja, repetindo-as freqüentemente as mesmas opiniões, as mesmas ainda são muito utópicas, como por exemplo: ensinar exige criticidade, que apesar de ser algo extremamente importante para uma educação de qualidade, na realidade existente se torna muito difícil estar oportunizando aos alunos essa criticidade, devido ao sistema a qual somos inseridos.
Quando fala que o educador deve ter bom senso, Paulo Freire nos ensina que, quando possuímos essa qualidade, conseguimos avaliar melhor a nossa prática como professores, conseguimos resolver com sabedoria os problemas que possam surgir e conseguimos exercer a nossa autoridade na sala de aula de maneira correta, sem usar do autoritarismo para alcançar o que queremos.
Já quando o autor fala que ensinar exige humildade e luta em defesa dos direitos dos educadores, podemos ver que, devido o importante papel que exercemos na sociedade, devemos ser respeitados e, por isso, nossos salários devem estar à altura da nossa profissão, mas que, portanto, não podemos ficar parados e apenas reclamando, mas sim ir em busca de nossos direitos.
Um dos capítulos do livro que mais nos chama a atenção foi aquele em que mostra que o ato de ensinar exige muita alegria e esperança por parte do professor, por ser uma tarefa muito árdua, onde o professor precisa se doar por inteiro e, apesar dos obstáculos que encontre pela frente, não pode perder a esperança nunca e jamais perder a alegria, porque se o próprio professor perde a alegria em ensinar, ele não se sentirá satisfeito com o que está fazendo, e muito menos seus alunos.
Ainda baseado nessa esperança que não podemos deixar morrer dentro de nós durante o processo de ensino, Paulo Freire cita que ensinar exige a convicção de que a mudança é possível, mas que para isso nós precisamos nos conscientizar dessa realidade e sermos resistentes para enfrentar os desafios que encontramos pelo caminho.
Quando diz que ensinar exige curiosidade, o autor mostra que nós, como professores, também precisamos ter a curiosidade em aprender, pois é ela que nos leva a novos aprendizados, porque com a curiosidade o aluno terá mais motivação para aprender.
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