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Periodos E Campos Da Investigação Da Filosofia Grega

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Por:   •  3/6/2014  •  3.229 Palavras (13 Páginas)  •  1.019 Visualizações

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Períodos e campos de investigação da filosofia grega

Os períodos da filosofia grega: Os quatro grandes períodos da Filosofia grega, nos quais seu

conteúdo muda e se enriquece, são:

1. Período pré-socrático ou cosmológico, do final do século VII ao final do século V a.C., quando a Filosofia se ocupa fundamentalmente com a origem do mundo e as causas das transformações na Natureza.

Período pré-socrático ou cosmológico

Os principais filósofos pré-socráticos foram:

* filósofos da Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso;

* filósofos da Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento;

* filósofos da Escola Eleata: Parmênides de Eléia e Zenão de Eléia;

* filósofos da Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômena, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.

1. Os físicos – Materialismo Jônico – Qual é o princípio natural da natureza? Tales – a água; Anaxímenes – o ar; Anaximandro – o ápeiron: água, terra, fogo e ar.

2. Pitágoras – Panteísmo matemático – Qual é a substância imaterial originária? Metempsicose – A realidade é Desordem – Os números são entidades – Os números são regidos pelo UNO.

3. Os Eleatas – O que é o Ser? – (idealismo) Zenon – O ser é imóvel; Xenófanes – O Ser é uno; Parmênides – O ser é uno.

Conclusões – Nada muda, tudo é sempre Igual. (Estabilidade).

Heráclito – Tudo muda, nada Permanece. (Mudança – transformação).

Materialismo – “Não podemos nos banhar duas vezes no mesmo rio”

4. Empédocles – Síntese de Heráclito x Eleatas

5. Atomistas – teoria dos Átomos

Demócrito – átomos; Anaxágoras – (Homeomorias).

As principais características da cosmologia:

 É uma explicação racional e sistemática sobre a origem, ordem e transformação da natureza, da qual os seres humanos fazem parte, de modo que, ao explicá-la, a filosofia também explica a origem e as mudanças dos seres humanos.

 Busca o princípio natural, eterno, imperecível e imortal, gerador de todos os seres. A cosmologia não admite a criação do mundo a partir do nada; ela afirma a geração de todas as coisas por um princípio natural de onde tudo vem e para onde tudo retorna.

2. Período socrático ou antropológico, do final do século V e todo o século IV a.C., quando a Filosofia investiga as questões humanas, isto é, a ética, a política e as técnicas, e busca compreender qual o lugar do homem no mundo. (Sócrates contra os sofistas).

Período socrático ou antropológico

Com o desenvolvimento das cidades, do comércio, do artesanato e das artes militares, Atenas tornou-se o centro da vida social, política e cultural da Grécia, e viveu seu período de esplendor, conhecido como o Século de Péricles.

É a época de maior florescimento da democracia. A democracia grega possuía, entre outras, duas características de grande importância para o futuro da filosofia.

Em primeiro lugar, afirmava a igualdade de todos os homens adultos perante as leis e o direito de todos de participar diretamente do governo da cidade, e da pólis. Em segundo, e como consequência, a democracia, sendo direta e não por eleição de representantes, garantia a todos a participação no governo, e os que dele participavam tinham o direito de exprimir, discutir e defender em público suas opiniões sobre as decisões que a cidade deveria tomar.

Surgia, assim a figura do Cidadão.

Para conseguir que sua opinião fosse aceita nas assembleias, o cidadão precisava saber falar e ser capaz de persuadir os demais. Com isso, uma mudança vai ocorrer na educação grega.

Para dar aos jovens essa educação, substituindo a educação antiga dos poetas, surgiram, na Grécia, os sofistas, os primeiros filósofos do período socrático. Os sofistas mais importantes são: Protágoras de Abdera, Górgias de Leontini e Isócrates de Atenas.

Os sofistas diziam que os filósofos cosmológicos estavam repletos de erros e contradições e que não tinham utilidade para a vida da pólis. Apresentavam-se como mestre da oratória ou retórica, afirmando que possuíam a arte de ensinar aos jovens para que fossem bons cidadãos.

Arte da persuasão, ensinada pelos sofistas, não passava de uma técnica para se defender de uma posição contrária e ou argumentar uma opinião e ganhar uma discussão na assembleia.

Sócrates contra os sofistas

Sócrates rebelou-se contra os sofistas, dizendo que eles não eram filósofos, pois não tinham amor pela sabedoria nem respeito pela verdade, defendendo qualquer ideia, se isso fosse vantajoso. Corrompiam o espírito dos jovens, pois faziam o erro e a mentira valerem tanto quanto a verdade.

Discordando dos antigos poetas, filósofos e dos sofistas, Sócrates, propunha que, antes de conhecer a natureza e antes de querer persuadir os outros, cada um deveria primeiro conhecer-se a si mesmo.

Sócrates andava pelas ruas e praças de Atenas, pelo mercado e pela assembleia indagando a cada um: “Você sabe o que é isso que você está dizendo?”, “Você sabe o que é isso que você acredita?”, “Você acredita que a justiça é importante, mas o que é a justiça?”, “Você diz que ama as coisas e as pessoas belas, mas o que é a beleza?”, “Você crê que seus amigos são a melhor coisa que você tem, mas o que é a amizade?”.

Sócrates fazia perguntas sobre as ideias, sobre os valores nos quais os gregos acreditavam e que julgavam conhecer. Suas perguntas deixavam os interlocutores embaraçados,

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