RESENHA A CULPA É DE FIDEL

A culpa é do Fidel

Este filme conta a história de uma paris que se chama Anna que com apenas nove anos já é muito inteligente e detalhista. Anna mora com seus pais, Fernando e Marie, o irmão mais novo, François e a empregada da família, Filomena. A garota tem uma vida de classe média, muito confortável, mora em uma mansão, estuda em um colégio particular católico e passa suas tardes brincado no enorme jardim que tem em sua casa. Seu pai é um advogado e sua mãe escreve artigos para uma revista famosa. A vida de Anna muda completamente quando sua tia Marga e a filha, irmã de seu pai, aparecem, Anna se sentiu muito enciumada porque passou a ter que dividir seu pai com sua prima, e isso gerou um pequeno sentimento de revolta em Anna, mas seu pai com o objetivo de deixar Anna mais tranquila conversou com ela e explicou que o seu tio, cunhado de Fernando, havia morrido e a tia Marga e sua filha precisavam de um novo lar e ajuda e Anna compreendeu. Após esse evento Fernando, começa a se sentir muito culpado pela morte de seu cunhado, pois ele foi capturado e morto pela ditadura espanhola e Fernando não pode fazer nada, esse sentimento de culpa leva Fernando e sua esposa ate o Chile dos anos 70, e passaram duas semanas lá onde Salvador Allende estava chegando a presidência e deixando a politica do país efervescente, e deixaram Anna e François com a babá Filomena que era totalmente contra os comunistas. Com o retorno de Fernando e Marie eles decidem ir viver de maneira mais simples, trocando a mansão por um simples e pequeno apartamento. E isso mais uma vez gera uma revolta e uma divisão na cabeça em Anna, a garota fica muito dividida porque por um lado ela tem que seguir seus pais na vida simples e por outro ela perde todo o conforto que ela sempre foi acostumada e além disso perde o contato permanente com sua avó e sua babá Filomena. Filomena é uma exilada cubana que culpa Fidel Castro por ter perdido suas propriedades e vê os comunistas como a parte ruim do mundo e seus avós muito ricos e tradicionais veem os comunistas como jovens que querem roubar seus bens. Sua mãe cada vez mais ligada ao movimento feminista abandona seu trabalho na revista Marie Claire, enquanto seu pai passa a advogar para minorias e se torna ativista de ideais revolucionários, o ambiente da casa de Anna pouco a pouco cede lugar a empregada reacionária para outras, dessa vez imigrantes refugiadas de regimes conservadores. Sempre rodeada pelos amigos de esquerda de seus pais e suas reuniões infinitas ou pelas entrevistas de sua mãe com outras mulheres, tudo isso somado a rígida educação católica de Anna, cria um multifacetado universo de ideologias e diferenças culturais. Como seus pais estavam

visando economizar eles são obrigados a tirar Anna da aula de catequese que a garota tinha na escola e isso deixou ela muito chateada, mas aos poucos ela foi se acostumando e com isso a visão romântica, de contos de fadas e histórias de princesas que Anna tanto gosta vai sumindo ao longo do filme, assim como seu cabelo, impecável no início do filme, e já perto do final, completamente desgrenhado, o mesmo ocorre com suas roupas a principio Anna só usava vestidos e saias e ao final abandona suas saias e vestidos por calças. No meio desse plano de fundo político, pós 68, revolução cubana e outros movimentos importantes, Anna é inserida nesse mundo e é obrigada a tomar

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