RESENHA DOS CAPITULOS I E II DO LIVRO: A CIÊNCIA E O MUNDO MODERNO, DE WHITEHEAD.
Por: TAMIRES FIRMINO • 28/11/2016 • Trabalho acadêmico • 1.439 Palavras (6 Páginas) • 1.148 Visualizações
SUMÁRIO
- CAPITULO I - AS ORIGENS DA CIÊNCIA MODERNA - - - - - - - - - - - - - - - 2
- CAPITULO II - A MATEMÁTICA COMO UM ELEMENTO NA HISTÓRIA DO PENSAMENTO - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 4
1 CAPITULO I - AS ORIGENS DA CIÊNCIA MODERNA
A evolução da ciência foi discreta, levando em conta os movimentos europeus que aconteciam do século XVI e XVII. Durante os séculos citados, apesar de muito conhecimento ter sido agregado a ciência o crescimento foi lento e quase imperceptível, era um período anti racionalista, exceto no campo da matemática que foi um crescimento de alto nível. Mas foi na era moderna que os questionamentos chegaram à tona, as perguntas afloravam por todo o lado e a procura pelas respostas era constante, houve um boom de ciência para todo o lado.
Com a ruptura do cristianismo ocidental no século XVI a ciência viu uma brecha pra sair do clausulo que estava, não efetivamente, aprisionada. Foi um período de descobrimento de novos mundos e novos conceitos, novas ideias, novas formas de conhecimento, conhecimento que batia de frente com as verdades das ideologias religiosas.
Enquanto a Europa era um tapete vermelho de sangue devido a Reforma, o que aconteceu de pior para o movimento cientifico em todo seu progresso – para a minoria da elite intelectual – foi uma prisão decente de Galileu e sua censura branda. E isso é impressionante, levando em conta o quanto que as ciências de Galileu contribuíram e questionaram as “verdades” da época.
Apesar dessa leve repressão, a busca pelo conhecimento ainda era lento, as pessoas não se importavam, não achavam necessário ou até mesmo nem se questionavam sobre as certezas dadas pelas crenças. Ainda assim, na civilização grega existiram homens que se questionavam e se colocavam além da aceitação, e se esforçaram para explicar os fenômenos como resultado de uma ordem de fatores que se estende a cada detalhe.
A ciência bateu de fronte com a filosofia da ciência, e precisou remover esse grande obstáculo que existia, enquanto a filosofia dizia que era impossível encontrar a causa, a ciência chegava com teorias das causas, cheia de respostas concretas, corretas ou não, mas que enchia de duvidas as crenças que existiam.
No final da idade média as invenções começaram a estimular o pensamento, foi onde começou uma especulação física, e uma pesquisa em manuscritos evidenciaram conceitos esquecidos por muito tempo.
Da Grécia é de onde veio nossas ideias modernas, mas ainda não era uma ciência como a entendemos – baseada na observação e analise, na paciência – mas, em meio a tantos gênios alguns deles se sobressaíram com essa característica de observação, Aristóteles, Arquimedes e os astrônomos.
A ciência não é expressa apenas em conceitos teóricos, foi exemplificada na ascensão do naturalismo na Idade Media tardia, onde mostrou o interesse por objetos naturais, acontecimentos naturais, e pelo próprio homem. Até mesmo dentro de mosteiros a ciência era contemplada, na forma de arte, musica, tratos agronômicos, a ciência aflorava.
Acontecimentos após acontecimento, numa perspectiva tão sutil que é imperceptível, pequenos incidentes marcaram a ascensão da ciência: “o crescimento da riqueza e do tempo livre; a expansão das universidades; a invenção da imprensa; a tomada de Constantinopla; Copérnico; Vasco da Gama; Colombo; o telescópio. O solo, o clima e as sementes estavam lá! e as plantas cresceram.”
Em momento algum a ciência se preocupou em explicar suas descobertas, ou pô-las no enquadro da filosofia, pelo contrario nunca se preocupou em justificar sua fé e seu sentido. Por isso se diz que a ciência e a filosofia não seguem juntas um mesmo caminho, pelo contrario, podem se encontrar, mas logo se afastam.
Mas a ciência encontrou obstáculos de se mostrar como verdade, e assim, passou a ter que explicar com mais clareza suas objeções e conceitos principalmente no campo da biologia e psicologia.
Com o tempo a ciência passou a influenciar vários pontos de pensamento, e até mesmo a filosofia, com Descartes e os próximos, passou a aceitar a ciência.
Ciência passou a ditar pensamentos de fato.
2 CAPITULO II – A MATEMÁTICA COMO UM ELEMENTO NA HISTÓRIA DO PENSAMENTO
A história do pensamento esta fundida com o crescente avanço da matemática, logo, para construir a história do pensamento é necessário um profundo estudo na evolução das ideias matemáticas.
A matemática tem como faceta os números, a quantidade, a geometria... e ela não esta ligada a apenas uma coisa específica, não é apenas para um rebanho, pra um galinheiro, é todo um conjunto de supostas regras que completam de maneira geral as minúcias do mundo. Quando uma dessas minúcias se encaixa em algum conjunto abstrato, então ela deve ter outra relação que se encaixa perfeitamente a outros conjuntos abstratos da matemática. Dessa forma, vejo que o mundo real é o encaixe de suas particularidades nas ideias abstratas da matemática pura. Essas ideias abstratas são lógicas, e é por isso que se pode dizer que ela ainda não é amplamente entendida.
A junção do abstrato com o “real” pode ter erros, mesmo quando o abstrato esta de uma forma centrada e correta, um exemplo que Whitehead cita é que se formarmos um grupo de 40 elementos e quisermos dividi-los em dois grupos de elementos iguais, podemos dividi-los em dois de 20 elementos cada, ideia abstrata. - E no real, dividimos 40 maças em dois grupos de 20 pode ocorrer um erro de contagem e um dos grupos ficar com mais maças que o outro, erros completamente na contagem, erros de lógica.
Há três processos fundamentais para se obter uma certeza da matemática pura em relação as particularidades reais que pode ser “casada”. O primeiro processo é ter certeza que no raciocínio puramente matemático para que não tenha nenhum erro simples, nenhum erro por falta de atenção do matemático. O segundo processo é estar completamente seguro que a matemática “pensada” se enquadra perfeitamente na forma abstrata que se pressupôs considerar. E o terceiro processo é de critica, de verificação se os postulados abstratos se encaixam nos casos particulares.
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