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RESUMO DE FILOSOFIA PARA A AV1

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Por:   •  10/12/2014  •  8.547 Palavras (35 Páginas)  •  493 Visualizações

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RESUMO DE FILOSOFIA JURÍDICA

FILOSOFIA JURÍDICA – Sócrates e a sofística

Parmênides exerceu uma enorme influência sobre este novo personagem que estudaremos. Sócrates foi,

provavelmente, a figura mais enigmática de toda a história da filosofia. Há, inclusive quem o considere apenas um

personagem literário dos diálogos de Platão. Seja como for, o que sabemos é que ele nunca escreveu uma só palavra,

e apesar disso foi um dos filósofos que mais influenciaram o pensamento ocidental – para não mencionar a natureza

dramática de sua morte.

1. Vida

Sabemos que Sócrates (469 – 399 a.C.) nasceu em uma família ateniense filho de uma mãe parteira e de um pai

escultor. Por um certo período, serviu no Exército, mas passou a maior parte da vida nas praças da cidade e nos

mercados, conversando com as pessoas que lá encontrava. Quando estava na casa dos 50 anos de idade, casou-se

com Xantipa, com quem teve três filhos. As descrições que se fazem dele o pintam como alguém extremamente

feio: barrigudo, com olhos esbugalhados e nariz arrebitado. Mas consta que era “agradabilíssimo”. Apesar disso, foi

condenado à morte por suas atividades filosóficas.

No ano de 399 a.C., Sócrates foi acusado de “introduzir novos deuses” (as “vozes interiores divinas” que ele

afirmava ouvir na cabeça) e corromper os jovens, além de não acreditar nos deuses venerados. O governo de Atenas

foi uma das primeiras democracias do mundo. Sócrates, por outro lado, não escondia que acreditava que seria

melhor para o Estado ser governado por uma só pessoa, que ele qualificava como “aquele que sabe”. Alguns

consideravam os pontos de vista de Sócrates uma ameaça à estrutura da vida em Atenas. Preocupado com a

influência antidemocrática de Sócrates sobre os jovens aristocratas (entre eles Platão) envolvidos no pensamento

socrático, um júri de 501 membros o declarou culpado, por pequena maioria.

Ele poderia ter pedido clemência. Poderia ter salvado a vida concordando em sair de Atenas. Mas, agindo desse

modo, Sócrates não teria sido coerente consigo mesmo. Para ele, a consciência – e a verdade – tinha mais valor do

que a vida. Assegurou ao júri que agira apenas pelo melhor dos interesses do Estado, mas mesmo assim foi

condenado a tomar cicuta, um veneno. Pouco depois da sentença, bebeu do veneno na presença de amigos e morreu.

A democracia fracassava, ao permitir sua condenação e morte – e esse era, quase com certeza, o plano de Sócrates.

2. Pensamento

2.1. Seu contexto filosófico

Sócrates viveu em um período em que as teses de Heráclito estava encontrando muita aceitação. Ao afirmar que

tudo está em constante mudança e que “ninguém entra duas vezes no mesmo rio”, Heráclito está afirmando que a

realidade é mudança, ou seja, é um eterno devir ou vir-a-ser. O movimento, portanto, não seria apenas a aparência

das coisas, mas a própria natureza das coisas. Ora, se o movimento e a mudança perpétua faz parte da natureza da

realidade, nada pode ser completamente e definitivamente conhecido. Contrariando o pensamento de Heráclito surge

Parmênides sustentando a perenidade da realidade. Para ele “a verdade exige a absoluta contraposição entre o ser (o

que é) e o não-ser (o que não é). Mais ainda: não há, nem pode haver, o “não ser”, como é fácil perceber se levarmos

a sério o significado das palavras. Sendo assim, o “o que é” é desde sempre, pois não pode haver um antes, que

seria um “não ser”. É único, pois tudo que fosse diferente do ser simplesmente não existiria. É imóvel, pois nada

poderia passar de “não-ser” a ser, o que implicaria que o “ser” se tornaria algo diferente, e sabemos que o que é

diferente de ser simplesmente não existe” (RAMOS, F., MELO, R., FRATESCHI, Y. 2012, p. 24).

A proposta de Sócrates representará quase uma síntese entre Heráclito e Parmênides. Sim, a realidade está em

constante mudança. Mas a realidade também é perene. Como se pode afirmar estas duas teses sem chegar a uma contradição? Para ele o mundo perene é o mundo das Idéias enquanto que a realidade sensível é esta realidade

mutável.

2.2. A vida que vale a pena

Quanto ao seu pensamento, destacamos que, para ele, A vida boa é a vida examinada, passada e vivida na busca da

sabedoria a todo custo: “se me dissésseis, ‘Sócrates, nós te deixamos livre, à condição de que abandones esta

pesquisa e que não filosofes mais.’, eu vos diria… que não deixarei de filosofar… a vida sem exame (anexetastos)

não é vivível” (PLATÃO, Apologia de Sócrates, 29c-d, 38a).

2.3. A virtude

A vida uma vez examinada, deveria, em conseqüência, ser vivida de forma virtuosa. Ele disse: ”Aquele que conhece

o bem faz o bem”. Com isso, queria dizer que o entendimento justo leva à ação justa. E só o justo pode ser um

“homem virtuoso”. Quando agimos erradamente é porque nada sabemos.

2.4. O auto-conhecimento

O primeiro conhecimento a ser buscado, portanto, era o auto-conhecimento. “conhece-te

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