RESUMO DO LIVRO ÉTICA CRISTÃ E PÓS MODERNIDADE
Por: 0303 • 2/6/2015 • Projeto de pesquisa • 1.266 Palavras (6 Páginas) • 663 Visualizações
RESUMO DO LIVRO ÉTICA CRISTÃ E PÓS MODERNIDADE
Sempre que se diz sobre a qualidade e defeitos de alguém, isso tem a ver com a ética. Sempre que você indaga sobre as razões pelas quais você deve agir de determinado modo, isso também tem a ver com a ética. A noção da ética está presente quando afirmamos algo sobre as qualidades ou defeitos de alguém: “fulano não presta. Aquela pessoa é boa.” Mas numa compreensão mais estrita ,m ética e moral são campos distintos da análise da condição humana.
O que resulta de uma investigação ética não diz respeito à maneira como devemos conduzir a nossa vida propriamente, mas pode ser entendido como tendências e possibilidade de realização de nossa existência humana.
A reflexão filosófica tem como preocupação a moralidade. A ética pode ser entendida como uma ciência, a ética tem moral o seu objeto de estudo. O interesse da ética está, desde o início, vinculado ao conjunto dos costumes, regras e valores que orientam as nações humanas segundo critérios socialmente aceitos. Podemos desenvolver diversos modos de pensamentos que se relacionam com as reflexões sobre a moralidade. Por isso , a ética pode ser vista como uma investigação empírica e descritiva para explicar os fenômenos morais ou mesmo para elaborar uma teoria da natureza humana.
A investigação ética pode ser influenciada por uma tendência mais naturalista ou mais racionalista. A abordagem naturalista não admite a existência de fatores que norteiam a ação humana que esteja fora da natureza, como os elementos sobrenaturais ou mesmo transcendentais.
A reflexão ética pode ter ainda duas vertentes: a do relativismo ético, que defende que não há base para afirmação de um sistema moral único, válido para todos os homens; e a da ética objetiva ou humanista que afirma que somente os valores objetivamente válidos podem orientar as ações humanas.
A moralidade tem a ver com nossos sentimentos e nossas ações uma vez que estes são representativos de nossa consciência moral. A consciência moral, por sua vez, orienta as decisões que tomamos frente a determinadas situações. Envolve responsabilidade, razão pelo qual assumimos determinadas atitudes.
A ética, portanto, não cria a moral. Ela resulta do fato de que aquele que desenvolve uma reflexão sobre a condição e o agir humano se depara com uma experiência no campo da moral, no contexto de uma determinada comunidade, em uma determinada época.
Sendo assim a moral nasce com a finalidade de assegurar que haja um consenso entre os interesses de cada um e os interesses do outro e da coletividade. De acordo com essa condição, o fortalecimento da coletividade passa a ser uma necessidade vital para o próprio indivíduo.
A ética, procura identificar o sujeito ou agente da moral como dotado de uma consciência de si, direcionado pela vontade, responsável e livre. Ou seja, ele é capaz de diferenciar entre a noção de bem e mal, bom e ruim. A ética procura identificar também a finalidade do comportamento moral.
O sujeito não está submetido aos acasos da sorte ou do destino, mas – fazendo uma referência ao modo de pensar dos gregos antigos – aos embates contínuos entre nossos desejos e paixões e o uso da razão. Como sujeitos, somos livres na medida em que a liberdade se situa na nossa capacidade de perceber que o curso de uma determinada situação pode ser mudado em função de nossas escolhas e atitudes, dando-lhes outras direção e outros sentidos.
No racionalismo clássico, localizamos uma reflexão que se contrapõe à ética cristã medieval, basicamente por ser humanista, isto é, por conceber o homem como sujeito dos atos morais,e não mais Deus ou a natureza. Nesse período, acentua-se a idéia de que a razão humana é capaz de controlar e predizer as causas e os efeitos tanto nos fenômenos físicos quanto dos fatos sociais. Natureza e sociedade possuem as mesmas leis que governam. Segundo Aristóteles a felicidade é a vida teórica ou contemplação, como atividade humana guiada pela razão, que não se realiza de forma acidental, mas mediante a aquisição das virtudes, como sendo certos modos constantes de agir.
Para desenvolvermos considerações sobre ética no contexto do racionalismo clássico, devemos abordar inicialmente a influência de HOBBES.
Hobbes critica os enfoques individualistas da moral que definem o bem e o mal em relação aos instintos humanos, contrapondo – se à visão inatista tradicional. Para ele, além de tais enfoques não serem capaz de estabelecerem regras gerais de boas ou más ações, “em uma sociedade esta medida é falsa: não são os instintos dos homens privados, sim a lei – que é a vontade e o desejo do Estado – quem dá a medida.”
As paixões e afecções da alma, que nos são originais, são a alegria, a tristeza e o desejo.
Para Kant a vontade é a própria razão pratica. Para ele, a vontade boa (aquela que deve ser cumprida) é a que submete a ação moral a princípios universais, não podendo, portanto ser fruto da experiência.
A ética kantiana, portanto, caracteriza-se por ser autônoma e forma. Formal quando postula uma lei universal (imperativo categórico), para ser aplicada a todos os homens, independentemente da sua situação social e do seu conteúdo concreto.
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