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Reflexão: Eric Hobsbawn - A era do capital; A sociedade, a indústria, a classe trabalhadora.

Por:   •  23/11/2015  •  Resenha  •  603 Palavras (3 Páginas)  •  1.941 Visualizações

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Reflexão: A Era do capital; A sociedade em processo de mudança.

Eric Hobsbawm nasceu em 1917, no Egito. Logo cedo perdeu seus pais e por isso foi criado por uma tia materna em Londres. Formou-se em história. A Era do Capital é o segundo livro de uma trilogia que trata-se de história social, em que relata o período que começa na Primavera dos Povos e termina com a unificação da Alemanha (1848 – 1875). O autor tem propensão a dar mais enfoque aos eventos do que aos homens que, eventualmente, o conceberam e por esse motivo nota-se ao longo do capitulo uma grande preocupação em informar o leitor sobre o cenário que constitui os anos pelos quais o capitulo passa.

Tal período é onde o livre mercado capitalista atinge o seu auge. No início do capitulo 9, no entanto, surgem a política popular e movimentos trabalhistas ameaçando a burguesia triunfante. Nas palavras de Hobsbawn “...o capitalismo e a sociedade burguesa triunfavam, os projetos que lhes eram alternativos recuaram, apesar do aparecimento da política popular e dos movimentos trabalhistas. (…)Porém, em poucos anos apenas, o futuro daquela sociedade que havia triunfado tão espetacularmente mais uma vez parecia incerto e obscuro, e movimentos destinados a substituí-la ou derrubá-la novamente precisavam ser levados a sério.”

O autor do livro não nota Marx como um mero observador, mas o coloca em um papel importante nesse período de mudanças. Percebe-se portanto porque o autor é tido como um historiador marxista. As ideias de Marx tomam grande força na Rússia (país tido como atrasado em relação à revolução industrial). A classe trabalhista, mesmo sendo inativa, não estava satisfeita e não aceitava o direito da nobreza à terra, pois eles eram quem a cultivava. No entanto, com a emancipação dos servos criam-se as condições para um campesinato revolucionário e a Revolução Russa deixa de ser mais um projeto utópico.

Era comum as pessoas deste período, que a palavra revolução causasse um certo medo, entretanto trazia também um sentimento de esperança. Na maioria dos casos o que levava o povo a se rebelar eram os governos opressores, que ao longo da história foram perdendo cada vez mais força. Por mais que grande parte da população reivindicasse mais autonomia os antigos dirigentes mostravam uma violenta resistência. Ou melhor, é recorrente até nos dias atuais que quem está no poder dificilmente vai querer sair, estando certo ou errado.

Mas a necessidade do povo em ter um poder real e não somente idealizado contra os ricos e corruptos manteve a paixão democrática viva. E chega até ser engraçado por que o que vemos hoje é o futuro repetir o passado. No Brasil, por exemplo, em manifestações recentes as pessoas foram as ruas reivindicar seus direitos.

Os governos haviam aprendido que grandes guerras e grandes revoluções andavam de mãos dadas na história, dessa forma, apesar de todo o liberalismo econômico, os governos evitaram ao máximo entrar em conflitos. Muitos investimentos foram realizados para o desenvolvimento de sistemas educacionais nacionais, promovendo o desenvolvimento cientifico, uma vez que se acreditava que o mundo era previsível e racional e o domínio da ciência significaria o domínio sobre os demais povos (sem guerra, mas com saber cientifico). Era um mundo regido pela teoria darwiniana da seleção natural, garantindo a sobrevivência do mais bem adaptado.

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