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Análise do filme: a classe trabalhadora vai para o paraíso

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Por:   •  26/11/2013  •  Resenha  •  415 Palavras (2 Páginas)  •  431 Visualizações

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Análise do filme: A Classe Operária Vai ao Paraíso. Élio Petri. Itália, 1971.

A obra nos remete para uma análise da consagrada luta entre o capital e o trabalho. Essa luta se processa em diversos ambientes com suas características e adaptações próprias, que envolvem elementos sociais configurados para os diversos conflitos da relação classista.

As regras estabelecidas tem fortes influências dos clássicos fatores de produção. Por um lado o capital determina suas metas e processos, que tem nos índices os parâmetros para sua produtividade, no outro lado o trabalho reconhece a necessidade de produzir bens e serviços, porém não aceita certas condições exigidas pelas organizações e luta por melhores condições.

A obra mostra que os conflitos sociais não mudam. Eles apenas incorporam novos métodos associados aos avanços processuais e tecnológicos, que buscam aprimorar o debate e a relação ao longo dos tempos. As lutas operárias são manifestações da intrincada relação entre os operários e os interesses empresariais, cujos processos remetem as organizações para um modelo social competitivo, estabelecido numa forte relação entre o trabalho, a empresa e a sua sobrevivência.

A análise indica que as alianças fazem parte de uma realidade estruturada para manter a relação capital e trabalho dentro de uma ordem econômica e social viável para ambas as partes do sistema. As alianças são estabelecidas em convenções trabalhistas que estipulam metas com cotas e índices, definição de regime de trabalho, custos operacionais, valores de salários e condições de trabalho e capacitação produtiva instalada. Esses fatores estabelecem os limites e as cobranças exigidas nas relações humanas dentro e fora das fábricas, que geram, as vezes, cenários de descontentamento ou de aceitação e envolve o ambiente organizacional num severo clima de competição.

Não há como negar que os conflitos são resultados de situações geradas por inúmeros interesses classistas e sua ocorrência leva as relações humanas para um ambiente com fortes influências de sindicatos e de associações. Esse panorama remete a realidade para uma situação política, onde os tratados e convenções trabalhistas devem ser elaborados para reconhecer que as necessidades de produção são atributos coletivos das empresas e dos operários e que os consumidores são os beneficiários da satisfação social, num ambiente de disputa que aceita as diferentes características e funções de cada parte.

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