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Relação Corpo E Alma Para Descartes

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Por:   •  5/6/2014  •  747 Palavras (3 Páginas)  •  1.319 Visualizações

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René Descartes foi um filósofo, físico e matemático francês nascido na cidade de La Haye em 31 de março de 1596. Conhecido como o “fundador da filosofia moderna” foi uma figura importante para a Revolução Científica ocorrida entre os séculos XVI e XVIII. Suas principais realizações foram a união entre a geometria e a álgebra, a criação do Sistema das Coordenadas ou Plano Cartesiano e o desenvolvimento do Método Cartesiano. Ao longo de sua vida publicou seis livros que são Regras para a Direção do Espírito, O Mundo ou Tratado da Luz, Discurso sobre o Método, Geometria, Meditações Metafísicas e Paixões da Alma. Após uma vida de constantes mudanças faleceu de pneumonia em Estocolmo (Suécia) em 1650.

A obra Meditações Metafísicas é composta de seis reflexões que tratam principalmente da existência de Deus e a distinção entre corpo e mente. Para escrever as meditações Descartes utiliza a dúvida metódica que constitui em duvidar de tudo o que a pessoa conhece ou pensa ser verdadeiro. Essa dúvida segue de maneira lógica partindo das ideias mais simples e concretas até chegar às mais abstratas e gerais e no fim alcança um ponto em que não se pode ter certeza de mais nada, nem mesmo da existência do mundo.

Nas primeiras meditações Descartes desconstrói nossas fontes de conhecimento apresentando argumentos em relação aos sentidos, percepções sensoriais já me enganaram antes, portanto não são confiáveis; sonhos, não tenho como garantir que tudo o que está ao meu redor não é apenas uma ilusão; Deus enganador, Deus tem o poder de ter me criado e feito com que eu esteja constantemente errado; gênio maligno, nos concede pensamentos evidentes, porém falsos. A primeira verdade que Descartes chega é o penso, logo existo ou cogito, pois para eu poder duvidar, pensar e ser enganado preciso antes existir.

A sexta meditação gira em torno da relação entre alma e corpo. Na primeira página da última meditação temos a conclusão de que a imaginação é “uma aplicação da faculdade que conhece ao corpo que lhe é intimamente presente e, portanto, que existe”. A diferença entre imaginação e intelecção é que na primeira só posso conceber algo que tenha sido captado pelos sentidos, já na segunda posso compreender coisas além da minha imaginação como, por exemplo, uma figura de mil lados. Descartes se recorda que acreditava possuir mãos, pés, cabeça e outros membros que constituem um corpo. E que era por meio desse corpo que sentia prazer, dor, fome, notava o calor e a dureza e também captava a luz, as cores, odores, sabores e sons que o ajudavam a distinguir o céu, a terra e todos os outros corpos. Ele também se lembra de que todas as ideias com que contava proviam dos sentidos e que ele se utilizava mais destes do que da razão. Acreditava ainda que não tinha como se separar de seu corpo, que era por onde sentia todos os seus apetites e afecções. Mas logo começou a duvidar tanto dos sentidos externos quanto dos internos, afinal existem pessoas que alegam sentir dor em membros que foram amputados. Após se recordar de seus argumentos dos sonhos e do Deus enganador conclui que sua essência consiste em ser uma coisa pensante ou uma substância da qual toda a essência ou natureza compreende apenas o pensar. Sendo assim, enquanto eu sou uma coisa pensante e inexistente meu corpo ao qual estou supostamente atrelado é apenas uma substância

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