Resenha Discurso Do Método

Resumo do Livro “O Discurso do Método” de René Descartes

Por: Marcuns Loiola Guimarães

Acadêmico de Direito 1º Período

FACIMP

Prof.: Járedes

Em determinado momento de sua obra (logo no início) Descartes declara:

“Portanto, meu propósito não é ensinar aqui o método que cada qual deve seguir para bem conduzir sua razão, mas somente mostrar de que modo me esforcei para conduzir a minha.”

Vemos aqui um homem preocupado em obter a verdade absoluta através da razão, sem, no entanto desejar ser presunçoso, demonstrando uma contumaz e rara habilidade de demonstrar sabedoria e humildade numa mesma proporção. Metódico e determinista buscou, alcançar um método que lhe proporcionasse o aumento gradativo do conhecimento.

Descartes era um homem extremamente racional, muito a frente de seu tempo e de uma inquietação intelectual fascinante. Sua genialidade transcendia sua época, tanto que por muitas vezes demonstrou imensa frustração por nutrir grandes expectativas diante daqueles que mais tarde seriam colegas e mestres em sua vida acadêmica cotidiana jesuíta. Sua decepção era fruto de uma incompatibilidade intelectual abissal perante seus correligionários acadêmicos. Esta insatisfação jamais seria exposta para ponderar arrogância de sua parte, mas para determinar de forma crucial sua efervescência e voraz apetite pelo conhecimento.

Afirmava que, para conhecer a verdade, é preciso, de início, colocar todos os nossos conhecimentos em cheque. É necessário questionar tudo e analisar, criteriosamente, se existe algo na realidade de que possamos ter plena certeza.

Através da certeza de sua natureza pensante estabeleceu um parâmetro de realidade, do qual a ela atribuiu veracidade absoluta, totalmente livre de dúvidas. Desta conclusão nasceria então uma das suas mais célebres frases: “Penso, logo existo”. (Sum, Cogito Ergo). Três palavras que soam com uma obviedade salutar e aparentemente superficial, talvez até redundante, mas quando profundamente analizadas, tornam-se impressionantemente coerentes e de uma complexidade e impacto simbólico gigantesco.

O pensamento humano era tão substancialmente importante para concepção humana de Descartes, que para ele o homem seria um ser essencialmente pensante. Trechos em que demonstra uma clara preferência por uma única, boa e capaz mente pensante para o desempenho de uma específica tarefa, seria mais eficiente do que a aplicação de várias mentes para obtenção de um fim, parecem irracionais num primeiro momento, mas seu discurso a cada página se consolida mais crível e verossímil.

O Método sob o qual Descartes se refere possui algumas particularidades essencialmente peculiares como: Não aceitar a verdade como absoluta sem antes passar pela razão. Dividir problemas mais complexos em partes menores. Ordenar as soluções e conclusões. Fazer revisões e autocríticas quantas forem necessárias.

Formulador de conceitos e teorias polêmicas, como todo Filósofo iluminista, Descartes era apaixonado por sua ideologia, contudo era dotado de uma perspicácia aguçada que o mantinha longe de perseguições da inquisição, algo que por muitas vezes