Resenha Sócrates e Os Sofistas
Por: Dani.p • 18/3/2016 • Resenha • 653 Palavras (3 Páginas) • 687 Visualizações
Sócrates e os Sofistas
Sócrates é considerado um marco na filosofia atual, inaugurou a filosofia clássica rompeu com as fórmulas de doutrinas sobre a realidade dos filósofos pré-socráticos. Sócrates e os sofistas tinham o mesmo ideal, porém com visões diferentes, ambos tinham como foco a problemática ético-política, isso demonstra uma afinidade maior entre Sócrates e os Sofistas do que como os pré-socráticos. A filosofia surge como um fator cultural da época, dentro de um determinado contexto histórico e social, correspondente a estabilização da sociedade grega, e desenvolvimento da atividade comercial entende-se a necessidade de criar as primeiras regras democráticas. A base da democracia é resolver diferenças com entendimento, com leis igualitárias em nome do interesse de todos. As decisões são tomadas por consenso, tendo o debate como base, evitando o uso da força e da autoridade divina.
Passado esse período de tirania e a implementação da democracia, surgem os sofistas, que são os mestres da oratória, que percorriam as cidades-Estado fornecendo suas habilidades aos políticos. Com isso, foi se preparando a sociedade para a vida política, e este fato fez com que Sócrates, Platão e Aristóteles oferecem grande resistência as suas idéias.
Existe uma grande dificuldade em saber sobre as origens dos sofistas, pois tudo que se sabe foi descrito e contado por Platão e Aristóteles, que foram grandes adversários dos sofistas. Os sofistas mais influentes foram Protágoras e Górgias.
Protágoras valorizava a explicação real, sem apelo a elementos externos, segundo ele as coisas são como nos parecem ser, com isso nossos conhecimentos podem variar de acordo com a situação. Era profundo conhecedor da retórica, desenvolvendo a antilógica como tentativa de argumentação pró e contra determinada posição, ambas sendo verdadeiras e defensáveis, usando uma preparação antes de discussões e debates, procurando se antecipar a sua oposição. Já Górgias foi um dos maiores oradores de sua época. Viajou por toda Grécia vendendo seus conhecimentos e experiências. Ele defendia que mais importante do que o verdadeiro é o que se pode provar ou ser defendido, afirmando que “Nada existe que possa ser conhecido. Se pudesse ser conhecido não poderia ser comunicado, se pudesse ser comunicado não poderia ser compreendido”. Mas é o pensamento de Sócrates que marcou o nascimento da filosofia clássica, e que posteriormente foi desenvolvida por Platão e Aristóteles. Depois de confrontar o Estado, contra as práticas políticas da época, defendendo a liberdade de pensamento, foi acusado de crimes graves, sendo condenado a morte por desrespeito as tradições religiosas. Em seu julgamento perante um júri, fez um longo discurso ironizando seus acusadores, se dizendo coerente com aquilo que ensinava. Sócrates não escreveu nada efetivamente, seus ensinamentos e debates eram basicamente de forma oral, desta forma não encontra-se muitos registros de seus pensamentos, após sua morte seu principal discípulo Platão resolveu registrar seus ensinamentos, porém entende-se desta forma a visão de Platão sobre os ensinamentos de Sócrates, e não o pensamento original do filósofo.
Para compreender a visão socrática do que é filosofar temos como embasamento seus discursos com seus adversários teóricos e políticos, apresenta
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