Resumo: A Estrutura Das Revoluções Científicas

UNIVERSIDADE FERERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

CAMPUS ALTO PARAOPEBA

ENGENHARIA QUÍMICA

RESUMO: A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS

Jaber Phillipp Ferreira Alves

104500027

Maria Alice Gomes

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Michele Lorena Santos Lima

104500018

Ouro Branco,

2010

Capítulo 1: A rota para a ciência normal

A ciência normal é definida como uma pesquisa que se baseia em realizações científicas passadas, que foram reconhecidas como corretas pela comunidade científica, que durante um determinado tempo proporciona as bases para sua prática posterior. A partir disso, surge o “paradigma”, que é um sinal de maturidade no desenvolvimento de qualquer campo científico, e seu estudo prepara o estudante para ser membro da comunidade científica correspondente a sua área de atuação.

O período pré-paradigmático é composto de todos os fatos que possivelmente são úteis ao desenvolvimento de determinada ciência e que tem a possibilidade de parecerem igualmente relevantes. Portanto, a coleta inicial deles é restrita a uma enorme quantidade de dados que estão à disposição. Nesse dito período pré-paradigmático, que é o primeiro estágio do desenvolvimento de qualquer ciência, há uma série de fenômenos, que são tomados e interpretados de diversas maneiras. Essas divergências iniciais podem desaparecer quando uma das escolas pré-paradigmáticas, com suas crenças e preconceitos característicos, obtêm maior aceitação em relação às suas competidoras.

Quando um paradigma é adquirido, ocorre um direcionamento no campo de estudos do cientista, que não mais precisa começar pelos primeiros princípios e justificar o uso de cada conceito utilizado, tornando assim seus relatórios artigos breves e esotéricos, ou seja, endereçados apenas aos colegas de profissão ao invés de serem endereçados ao mundo instruído em geral.

Capítulo 2: A natureza da ciência normal

Na ciência, um paradigma raramente é susceptível de reprodução, mas ele é um objeto que precisa ser reformulado em condições novas ou mais rigorosas, pois há limitações quando de sua aparição.

O sucesso de um paradigma, de início, é uma promessa de sucesso que pode ser descoberta em exemplos ainda incompletos. A ciência normal consiste em atualizar tal promessa, ampliando-se o conhecimento dos fatos que o paradigma apresenta como relevantes, aumentando-se a correlação entre esses fatos e as predições do paradigma e articulando-se ainda mais o próprio paradigma. Isso tudo é feito através das chamadas “operações de limpeza”, uma tentativa de anexar o mundo à teoria e a teoria ao mundo, nas quais os cientistas ocupam a maior parte de seu tempo.

As áreas investigadas pela ciência normal são minúsculas, mas isso é consequência da confiança no paradigma. Ao concentrar-se em problemas relativamente esotéricos, o paradigma força os cientistas a investigar uma parcela da natureza com profundidade, o que é essencial para o desenvolvimento da ciência.

A aplicação do paradigma não se dá a qualquer tipo de problema, sendo necessárias novas experiências. Se alguma parte do paradigma não se aplica ou não existem explicações para ela, é usado um artifício, o ad hoc, ou seja, uma teoria criada unicamente para que o paradigma funcione.

Há três classes de problemas teóricos e experimentais que esgotam a literatura da ciência normal, teórico e empiricamente: a determinação de um fato significativo, a harmonização entre os fatos e a teoria e a articulação e o desenvolvimento da teoria, que visam à laicificação do paradigma por meio de sua reformulação.

Capítulo 3: A ciência normal como resolução de quebra-cabeças

A ciência normal apresenta pouco interesse em produzir grandes novidades, tanto no domínio dos fenômenos, quanto no dos conceitos. Normalmente, quando o resultado de um projeto não coincide com a margem estreita de alternativas disponíveis, o fracasso não se reflete sobre a natureza, mas sim sobre o cientista.

Mesmo diante desses fatos, os problemas da pesquisa normal exercem fascínio nos cientistas. Isso se explica pelo fato de que resolver um problema da pesquisa normal significa solucionar todo tipo de complexos quebra-cabeças conceituais, matemáticos e instrumentais. E o individuo que é bem sucedido nessa tarefa prova que é um sábio na resolução de quebra-cabeças, ou seja, a resolução desses problemas envolve uma determinação mais pessoal do que de qualquer outro tipo.

A ciência normal progride rapidamente porque os seus praticantes concentram-se em problemas que somente a falta de habilidade pode impedi-los de resolver. Então o individuo fica motivado, pois tem convicção de que se for suficientemente engenhoso, poderá solucionar quebra-cabeças que ninguém ainda resolveu.

Para classificar-se como quebra-cabeça, um problema deve ter solução assegurada e obedecer às regras que limitam a natureza das possíveis soluções e os passos necessários para obtê-las. Com isso, a existência de uma rede de compromissos - conceituais, metodológicos, instrumentais e teóricos – é o que relaciona a ciência normal à resolução de quebra-cabeças. Às regras de um quebra-cabeça está relacionada a necessidade que a sociedade científica tem de critérios para solução de alguns problemas. Mas a ciência comum não precisa ser determinada inteiramente por regras. As regras vêm dos paradigmas, mas os paradigmas conseguem dirigir a pesquisa sem elas.

Capítulo 4: A prioridade dos paradigmas

Existem algumas razões que permitem atribuir uma prioridade aos paradigmas, se comparados com as regras e pressupostos compartilhados por um grupo científico, ou seja, os paradigmas podem determinar a ciência normal sem a intervenção de regras que podem ser descobertas. A busca de regras é mais difícil e menos satisfatória que a busca de paradigmas.

A inspeção direta dos paradigmas pode, de certa forma, determinar a ciência normal, o que faz com que vários problemas sejam