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Resumo De Filosofia

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Por:   •  5/4/2013  •  1.363 Palavras (6 Páginas)  •  924 Visualizações

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Capítulo 4: Justificação

Os filósofos chamam de “justificação” o modo de como as teorias relacionam-se com as evidências. Então, para saber qual o impacto dos dados experimentais nas teorias, temos duas explicações. Uma coloca que os dados verificam as teorias e a outra coloca que os dados falsificam as teorias.

A primeira explicação foi proposta pelos “positivistas lógicos”, que foi um grupo de filósofos, cientistas, economistas e outros teóricos. Eles eram assim chamados porque empregavam todos os recursos da lógica e por serem vistos como parte de uma linha de comentários da ciência que enfatizava os conhecimentos científicos como supremo. Um de seus propósitos era explicar a diferença entre metafísica e física, entre filosofia e ciência. Eles se incomodavam pelo fato de a ciência estar fazendo grandes descobertas em relação ao mundo natural, enquanto os filósofos estavam desenvolvendo esquemas metafísicos cada vez mais elaborados. Para os positivistas, responder perguntas relacionadas à metafísica não era possível, pois os filósofos não tinham respostas definidas para uma pergunta do tipo “Qual a natureza do ser?”. Já para perguntas sobre a física, para uma pergunta do tipo “a luz se curva ao redor do sol?”, elas não só tinham respostas definidas como os cientistas concordavam sobre o critério de adequação, a verificabilidade. A teoria de Einstein foi fundamental nesse sentido, pois a verificação de sua teoria mudou as ideias sobre o tempo e o espaço. Isso teve um impacto enorme sobre os positivistas e apoiou a ideia de que o que diferenciava a metafísica das teorias científicas era a questão da verificabilidade observacional. Logo. Vemos que para uma hipótese ser científica ela precisa ser capaz de ser verificada, ou seja, precisa ser verificável. E quanto mais evidências tivermos mais confirmada a hipótese estará.

A segunda explicação também foi influenciada pelos sucessos científicos de Einstein. Trata-se da falseabilidade, que foi desenvolvida individualmente por Karl Popper. Ele rejeitava inteiramente o verificacionismo, e o que levou a essa rejeição foram três teorias: a teoria marxista, a psicanálise freudiana e a psicologia adleriana. Todos os comportamentos humanos podem ser interpretados por qualquer uma das teorias. Para explicar como funcionava o falseacionismo, pode-se dizer que para Popper, o que tornava a Teoria da Relatividade de Einstein uma teoria científica era se ela fosse falsificada, enquanto as teorias de Adler e Freud eram apenas pseudociência. Com essa posição, vemos que para uma hipótese ser científica ela precisa ser capaz de ser falseável, no sentido de que ela faz definidas predições que podem ser falsas. De acordo com a visão falseacionista, a ciência funciona quando temos uma hipótese; a partir dela, por dedução lógica, fazemos uma predição sobre um fenômeno. Se a predição está incorreta, a hipótese está falsificada, então apresentamos outra. Se ela se sustenta, ela mostrou o seu valor por ora, e atestamos novamente até que ela falhe, para apresentarmos uma melhor ainda. As melhores hipóteses, segundo essa visão, são aquelas altamente falseáveis, pois fazem predições precisas e nos mostram mais a respeito do mundo.

Não é preciso muita reflexão para vermos que o falseacionismo não é uma boa estratégia a ser seguida. Pois se nós descobríssemos uma teoria e ela resistisse a vários testes. Uma única observação seria necessária para torná-la falsa. Era bem improvável por conta disso abandonarmos nossa teoria. Portanto, tanto a visão verificacionista quanto a falseacionista possuem problemas, já que não sabemos o quanto são seguras as suas observações.

Capítulo 5: Observação

Para as teorias serem verificadas ou falsificadas elas precisam ser testadas, logo as observações precisam ser seguras. Nós obtemos os fatos através de observações. Há casos em que as pessoas veem o mesmo objeto nas mesmas circunstâncias, mas podem de fato não ver a mesma coisa. Como o filósofo Hanson disse: “há mais em relação ao ver que o que toca o globo ocular”. Um bom exemplo é a famosa imagem do pato/coelho, que vista de um modo pode parecer uma ave, e vista de outro pode parecer um coelho. A imagem na retina é a mesma, mas dependendo da experiência de cada um, as observações podem ser completamente diferentes. Percebemos que o que vemos não é determinado pela luz que incide na nossa retina, mas por uma série de fatores: pela nossa disposição mental, pelas nossas crenças e pelas nossas sugestões.

Galileu foi um dos primeiros cientistas a utilizar o telescópio e observou as luas de Júpiter e mapeou características da superfície da lua. Existem histórias de que ele tentou convencer seus amigos da Universidade de Pádua a respeito de suas observações apontando seu telescópio para Júpiter. Eles viram pequenas manchas de luz que ele afirmou serem a luas. Seus colegas permaneceram não-convencidos; não podiam aceitas aquilo pois não conheciam nem o funcionamento de um telescópio. Mas Galileu era capaz de mostrar que as manchas de luz não eram defeito do seu telescópio ou ilusões óticas. Eles fez observações durante noites diferentes e sob condições diferentes. Vemos então, que as observações envolvem desenvolver um tato para o que o instrumento pode fazer. E essas observações precisam ser interpretadas. Um outro bom exemplo é o médico. Ele vê o raio-X e já sabe onde está o problema do paciente,

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