Resumo Do Livro Convite A Filosofia
Casos: Resumo Do Livro Convite A Filosofia. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: araujoraissa • 27/11/2014 • 2.756 Palavras (12 Páginas) • 1.650 Visualizações
Resumo
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 13a edição. São Paulo: Editora Ática, 2003
Conceito e Origem da Filosofia
Quem não se contenta com as crenças ou opiniões preestabelecidas, quem percebe contradições e incompatibilidade entre elas, quem procura compreender o que elas são e porque são problemáticas está exprimindo um desejo de saber. E é exatamente isso o que, na origem, a palavra filosofia significa, pois, em grego, filosofia quer dizer “amor a sabedoria”.
A filosofia surgiu quando alguns gregos, admirados e espantados com à realidade, insatisfeito com as explicações que a tradição lhes dera, começaram a fazer perguntas e buscar respostas para elas.
Em suma a filosofia teve origem quando pensadores gregos se deram conta de que a verdade do mundo e dos humanos não era algo secreto e misterioso que precisasse ser revelado por divindades a alguns escolhidos, mas que, ao contrário, podia ser conhecido por todos, por meio das operações mentais de raciocínio. A filosofia nasce como reconhecimento racional da ordem do mundo ou da natureza, donde cosmologia.
Durante muito tempo, considerou-se que a Filosofia nascera por transformações que os gregos operaram na sabedoria oriental, que todos os conhecimentos propriamente gregos, teriam propiciado o aparecimento da filosofia, que esta só teria podido nascer graças ao saber oriental. E esta ideia foi muito defendida pelos pensadores judaicos e pensadores cristão.
No entanto nem todos aceitaram a tese chamada “orientalista”, e muitos passaram a falar da filosofia como sendo o “milagre grego”, ou seja, queriam dizer que a filosofia surgiu inesperadamente na Grécia, sem que nada anterior o preparasse, que foi um acontecimento espontâneo, como é próprio de um milagre.
No século passado, estudos corrigiram os exageros das duas teses, que se diminuirmos os exageros da ideia de um “milagre grego” e do “orientalismo”, podemos perceber o que havia de verdadeiro nessa tese.
De fato os gregos imprimiram mudanças de qualidades tão profundas no que receberam do oriente e das culturas precedentes, que até pareciam terem criados sua própria cultura a parti de si mesmo. Dessas mudanças podemos mencionar quatro que nos darão uma ideia da originalidade grega:
1. Com relação ao mito;
2. Com relação aos conhecimentos;
3. Com relação à organização social e política;
4. Com relação ao pensamento;
A final o que é filosofia?
Não apenas uma definição da filosofia, mas várias, e as definições não parecem poder ser reunidas numa só e mais ampla.
Uma primeira aproximação, nos mostra pelo menos quatro definições gerais do que seria a filosofia.
I. Visão do mundo;
II. Sabedoria;
III. Esforço racional para receber o universo como uma totalidade ordenada e dotada de sentido;
IV. Fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas;
Assim também, uma primeira resposta à pergunta “o que é filosofia?” poderia ser: “a decisão de não aceitar como naturais, óbvias e evidentes as coisa, as ideias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa vida cotidiana, jamais aceita-los sem antes havê-los, investigados e compreendido”.
Filosofia indica a disposição interior de quem estima o saber, ou o estado de espírito da pessoa que deseja o conhecimento, a procura e a resposta.
Atitude Crítica e Atitude Filosófica
A atitude filosófica inicia-se indagando “o que é?”, “como é?” e “porque é?”, com a intenção de que seja explicado a tendência do ser humano a interrogar o mundo e a si mesmo com o desejo de conhece-lo e conhecer-se.
Alguém que tomasse esta decisão estaria tomando distância da vida cotidiana e de si mesmo, e ao tomar esta distância, estaria interrogando a si mesmo. Esse alguém estaria começando o que dizia o Oráculo de Delfos: “Conhecer-te a ti mesmo”, assim estaria começando a adotar o que chamamos de atitude filosófica.
Por isso, pouco a pouco, as perguntas da Filosofia se dirigem ao próprio pensamento: o que é pensar, como é pensar, por que há o pensar? A Filosofia torna-se, então, o pensamento interrogando-se a si mesmo. Por ser uma volta que o pensamento realiza sobre si mesmo, a Filosofia se realiza como reflexão.
A atitude filosófica tem duas característica, a primeira é a negativa que é um dizer não aos “pré-conceitos” ao que “todo mundo pensa”. E a segunda e positiva, que é também uma interrogação sobre o porquê e o como disso tudo e de nós próprios.
A face positiva e a face negativa de atitude filosófica constituem o que chamamos de atitude crítica. A palavra “critica” vem do grego e possui três sentidos principais:
1. Capacidade de para julgar, decidir e discernir corretamente;
2. Exame racional de todas as coisas sem pré-conceito e sem pré-julgamento;
3. Atividade de examinar e avaliar detalhadamente uma ideia, um valor, um costume, um comportamento, uma obra artística ou científica. A atitude filosófica é uma atitude crítica porque preenche esses três significados da noção de crítica.
A reflexão filosófica
A reflexão filosófica é o movimento pelo qual o pensamento, examinando o que é pensado por ele, volta-se para si mesmo como fonte desse pensado.
A reflexão filosófica é a concentração mental em que o pensamento volta-se para si próprio para examinar, compreender e avaliar suas ideias, suas vontades, seus desejos e sentimento. E a reflexão é radical porque vai à raiz do pensamento.
A reflexão filosófica organiza-se em torno de três grandes conjuntos de perguntas ou questões:
• Quais os motivos, as razões e as causas para pensarmos o que pensamos, dizermos o que dizemos, fazermos o que fazemos?
• Qual é o conteúdo ou o sentido do que pensamos, dizemos ou fazemos?
• Qual é a intenção
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