Resumo Fundamentalismo Leonardo Boff
Exames: Resumo Fundamentalismo Leonardo Boff. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: pitucasc • 6/6/2014 • 598 Palavras (3 Páginas) • 4.293 Visualizações
Embora atualmente o termo fundamentalismo seja palavra recorrente, especialmente como explicação para atos terroristas ocorridos em diferentes regiões do mundo, mais especificamente naquelas onde predomina o islamismo. Leonardo Boff traz em seu livro “Fundamentalismo – A Globalização e o Futuro da Humanidade”, uma reflexão com o intuito de auxiliar no entendimento e esclarecimento de um tema tão polêmico.
Necessário se faz esclarecer que fundamentalismo não é uma doutrina, mas uma forma de interpretar e viver a doutrina. Representa a atitude daquele que confere caráter absoluto ao seu ponto de vista, é alguém que se sente portador de uma verdade absoluta que não pode tolerar outra verdade, e seu destino é a intolerância.
Intolerância, desprezo, agressividade, conflitos e guerra, onde incontáveis vítimas tem a vida sacrificada em nome de normas e princípios doutrinários fossilizados. Esse é o princípio norteador desta visão extremamente conservadora. Visão que nega o fato de que as palavras não ficam congeladas no passado. Elas mudam de sentido ou ganham novas ressonâncias com a mudança dos contextos históricos.
A eclosão do fundamentalismo se deu nos meados do século XIX, no seio do protestantismo americano. A proposta era de um cristianismo extremamente rigoroso, ortodoxo e dogmático, como reação à modernização.
A visão fundamentalista não é só religiosa, e está embutida em nossa cultura e até mesmo em nossos comportamentos individuais. Todos os sistemas sejam culturais, científicos, políticos, econômicos e até artísticos que se apresentam como portadores exclusivos da verdade e de solução única para os problemas devem ser considerados fundamentalistas. A sociedade humana vive hoje sob o império feroz de vários fundamentalismos.
As características dessa visão são percebidas pelo rigorismo e o caráter militante e missionário que todo fundamentalista possui. Em face dos demais caminhos espirituais, ele é intolerante, pois a opção dos outros é simplesmente um erro. Na moral é inflexível, particularmente no que concerne à sexualidade e à família. Na economia é monetarista e conservador, e na política sempre exalta a qualquer custo a ordem, a disciplina e a segurança.
Leonardo Boff enfatiza o papel desencadeador de fundamentalismo que o tipo de globalização econômico-financeira imperante está produzindo em todo mundo, processo que significa também “globocolonização”, nivelando as diferenças e ameaçando as singularidades culturais.
O primeiro e mais visível de todos é o fundamentalismo da ideologia política do neoliberalismo, do modo de produção capitalista e de sua melhor expressão, o mercado mundialmente integrado, apresentado como solução única para todos os países e para todas as carências da humanidade, dizendo que todos precisam de um choque de capitalismo, diz-se isso “fundamentalísticamente”. A lógica interna desse sistema, no entanto, é ser acumulador de bens e serviços, e por isso criador de grandes desigualdades e injustiças, explorador ou dispensador da força de trabalho e predador da natureza.
Dessa forma, a economia capitalista destrói continuamente a democracia participativa. Onde se implanta a cultura capitalista se cria uma cosmovisão materialista, individualista e sem qualquer freio ético.
Outro tipo de fundamentalismo acontece
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