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Resumo Manifesto Comunista

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Por:   •  19/11/2013  •  2.403 Palavras (10 Páginas)  •  782 Visualizações

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FICHAMENTO – MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA

“O comunismo já é reconhecido como força por todas as potências da Europa;” “É Tempo de os comunistas exporem, à face do mundo inteiro, seu modo de ver, seus fins e suas tendências, opondo um manifesto do próprio partido à lenda do espectro do comunismo.” “Com este fim, reuniram-se, em Londres, comunistas de várias nacionalidades e redigiram o manifesto seguinte, que será publicado em inglês, francês, alemão, italiano, flamengo e dinamarquês.”

I - Burgueses e Proletários

A historia é marcada pela luta de classes, essas classes têm vivido em constante guerra, ora franca, ora disfarçada uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária, da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em luta.

A sociedade burguesa moderna, que substitui a sociedade feudal, nada mais fez do que substituir as classes, as condições de opressão e as formas de lutas que já existiam no passado. Entretanto em nossa época, a sociedade esta dividida em duas classes, Proletariado e Burguesia.

Com o surgimento das grandes indústrias, e a aceleração do mercado mundial, crescia uma pequena classe burguesa, que multiplicava seu capital e relegava a segundo plano as classes proletárias. Com isso a burguesia conquistou finalmente a soberania politica, exclusiva do estado representativo moderno, que passou a ser um “comitê” para servir aos interesses da burguesia.

A Burguesia implementou uma exploração aberta, cínica, direta e brutal, ao contrario do que era no feudalismo. Transformou todas as relações em meras relações comerciais. A Burguesia continuou a revolucionar os instrumentos de produção, a relações de produção e por fim todas as relações sociais, para que pudesse continuar a existir. Ela necessita atingir todos os lugares e se estabelecer em toda a parte pela necessidade de novos mercados.

Cria um desejo de produtos cada vez mais longínquos, não só matérias como intelectuais, destrói com as indústrias nacionais, e implantas industrias que são vitais para a manutenção da nações civilizadas. Faz assim, com que as sociedades só se acreditem vivas, se civilizada, ou seja, que se tornem a sua imagem e semelhança.

A produção chega a tal ponto, ser tão grande, que ameaça a própria burguesia, e ai surgem às crises comerciais, que servem de um lado, para destruir violentamente grandes forças produtivas; e por outro lado, pela conquista de novos mercados e pela exploração mais intensa dos antigos. O que irá gerar crises mais extensas, e diminuir as formas de evita-las.

Entretanto com o desenvolvimento da burguesia, desenvolve-se também o proletariado, a classe dos homens trabalhadores, que só podem viver se encontrarem trabalho e que só encontram trabalho na medida que este aumenta o capital. Esse trabalhador que está desvalorizado pela grande indústria e suas maquinas, o operário se tornou um apêndice da maquina, o que fez com que o mesmo fosse desvalorizado, sendo pago assim só o necessário para a sua manutenção. Ainda assim aumenta a oferta de trabalho, dado ao aumento do numero de maquinas e a sua crescente velocidade de produção, reforçada ainda pela divisão do trabalho.

As camadas inferiores da classe media também sucumbirão ao proletariado, alguns por seu pequeno capital não ter sido o suficiente para se implantarem na grande indústria e outros porque sua habilidade profissional é depreciada pelos novos métodos de produção.

Os proletários então se unem, em vários níveis, para destruir com a burguesia, entretanto ao fazerem isso, estão apenas destruindo os inimigos de seus inimigos, isto é, o resto da monarquia absoluta, os proprietários rurais, os burgueses não industriais e os pequenos burgueses.

Os proletários se juntam em sociedades permanentes tentando lutar por seus direitos, e prevendo possíveis choques com a burguesia, saindo algumas vezes vencedores, mas uma vitória que não é realmente entendida, já que a verdadeira vitória esta na união, cada vez maior, dos proletários. A organização dos proletários nada mais é que uma organização politica, e os elementos para a educação desses vem da própria burguesia.

A relação do proletário não é de propriedade, ao contrario da relação burguesa. Vê as leis, a religião e a moral como meros preconceitos burgueses, atrás dos quais se ocultam outros tantos interesses burgueses. Todas as sociedade quando chegam ao poder, tratam de consolidar sua situação adquirida submetendo a sociedade as suas condições de apropriação. O proletário em contrapartida tem o dever de destruir com a propriedade privada até aqui existentes.

Sempre vemos movimento de minorias a favor de minorias, o movimento do proletariado é independente da imensa maioria em favor da imensa maioria. É necessário, antes de tudo que o proletário de cada país destrua sua própria burguesia.

Vimos então que todas as sociedades anteriores foram marcadas pela luta de classes, entretanto a burguesia não deve sobreviver pois não garante uma condição de escravo ao seu escravizado, fazendo-o nutrir seus interesses, sem antes o nutri-lo. Assim então, a burguesia vem produzindo seus próprios coveiros, sua queda e a vitória dos proletários são igualmente inevitáveis.

II - Proletários e Comunistas

Os comunistas não tem interesses particulares aos dos proletários, nem pretendem uma luta que os separem dos proletários em geral, os comunistas só se diferenciam dos outros partidos operários em dois pontos:

1) Nas diversas lutas nacionais dos proletários, destacam e fazem prevalecer os interesses comuns do proletariado, independentemente da nacionalidade; 2) Nas diferentes fases por que passa a luta entre proletários e burgueses, representam, sempre e em toda parte, os interesses do movimento em seu conjunto.

O objetivo imediato dos comunistas é o mesmo que o de todos os demais partidos proletários: constituição dos proletários em classe, derrubada da supremacia burguesa, conquista do poder político pelo proletariado.

As abolições de propriedade que tem existido até hoje não é uma característica peculiar e exclusiva do comunismo. Todas as relações de propriedade têm passado por modificações constantes em consequência das continuas transformações das condições históricas. Mas podemos resumir a teoria comunista em extinção da propriedade privada. Censuram-nos, a nós comunistas, o querer abolir a propriedade pessoalmente adquirida, fruto do trabalho do indivíduo, propriedade que se declara ser a base de toda liberdade, de toda independência individual.

A propriedade do

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