Resumo da História da Filosofia
Por: José Aristides da Silva Gamito • 12/12/2023 • Bibliografia • 3.918 Palavras (16 Páginas) • 56 Visualizações
RESUMO PARA INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA FILOSOFIA
Compilação: José Aristides da Silva Gamito
1. INTRODUÇÃO
A área de estudos denominada filosofia emprega o verbo filosofar para se referir à ação de quem se ocupa desse conhecimento. Filosofar é sinônimo inexato de pensar. Trata-se de um pensar sistemático sobre o sentido da realidade, sobre o significado da vida. A filosofia exige um tipo específico de pensamento. Ela tem como objetivo buscar a verdade por meio da atividade racional.
A filosofia leva a uma inquietação que o senso comum ou saber prático do dia a dia não tem. Sempre lidamos com as questões do cotidiano de modo automático, óbvio, sem exigências sérias de justificativas. A atitude filosófica corresponde a encarar os problemas do cotidiano de forma crítica, com um exame aprofundado, afastando-se de respostas apressadas. Essa atitude exige também uma afastamento do dogmatismo (respostas inquestionáveis e imutáveis) de um lado, e de outro, do relativismo (qualquer resposta serve).
CARACTERIZAÇÃO DA FILOSOFIA
O que é? | Qual o objetivo? | O que estuda? |
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- CONCEITOS FUNDAMENTAIS
A formação em filosofia exige a adoção de uma atitude filosófica. A atitude filosófica é um conceito que significa, acima de tudo, romper com o senso comum e olhar com espanto o que há de mais trivial em nosso cotidiano. A problematização da realidade é o ponto central e o motor da filosofia. Para Platão, a filosofia começava pelo espanto e pela admiração. O olhar do filósofo tentar entender a realidade buscando a totalidade e a universalidade.
CONCEITO | DEFINIÇÃO |
MITO | Relato fantástico de tradição oral, geralmente protagonizado por seres que encarnam as forças da natureza e os aspectos gerais da condição humana; lenda. |
RAZÃO | É a faculdade de conhecimento intelectual próprio do ser humano, é um entendimento, em oposição à emoção. |
NECESSIDADE | Diz-se daquilo que necessariamente vai acontecer, ou seja que tem um ciclo, que tem um padrão de repetição; |
CONTINGENTE | É o que está ligado ao acaso, ou seja, aquilo que é imprevisível. |
SENSO COMUM | É o conhecimento adquirido pelas pessoas a partir dos costumes, das experiências e vivências cotidianas. É um conhecimento superficial baseado no hábito, não é fruto de grande reflexão. |
IDEOLOGIA | São convicções, princípios filosóficos, sociais e/ou políticos que caracterizam o pensamento de um indivíduo, grupo, movimento, época ou sociedade. |
- FILOSOFIA ANTIGA
A Filosofia Antiga corresponde ao período do surgimento da filosofia grega no século VII a.C. Ela surge da necessidade de explicar o mundo de um novo modo. Os filósofos buscam encontrar respostas racionais para a origem das coisas, dos fenômenos da natureza, da existência e da racionalidade humana. A primeira fase foi inaugurada pelos pré-socráticos.
I - PRÉ-SOCRÁTICOS: PERÍODO NATURALISTA
A filosofia dos pré-socráticos tinha como preocupação a compreensão da natureza. Eles procuram entender como a natureza mantém a sua unidade tendo uma pluralidade de formas. A questão proposta por esses primeiros filósofos era: Qual é o elemento que deu origem a todas as coisas? O primeiro deles foi Tales de Mileto. Aqui destacamos três:
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Teoria Atomista: Demócrito teve destaque ao desenvolver a teoria atomista de Leucipo de Mileto, de quem era discípulo. Todas as coisas seriam constituídas de átomos. O átomo era o menor componente de toda a matéria existente, portanto: Indivisível. O arranjo de todas essas partículas constituiria todo o universo. Todo o universo seria fruto do caso e da necessidade. Até mesmo alma seria material e incapaz de viver eternamente. | Mobilismo: A realidade é múltipla e é regulada pelo conflito. Não há uma unidade natural no mundo. Tudo está em constante mudança. Além disso, o fogo era a substância original, ou seja, o primeiro elemento na composição da matéria. | Imobilismo: Há uma origem única, eterna, indivisível e imutável para os seres. Sua máxima é “o ser é e o não-ser não é”. Isso significa que algo que existe não pode se tornar nada, da mesma forma que o nada não pode vir a se tornar algo. Todas as todas as variações e mudanças que nossos sentidos atestam são meras ilusões destes. |
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