Resumo do Livro O que é Ética
Por: Elisabeth02 • 31/5/2015 • Relatório de pesquisa • 1.871 Palavras (8 Páginas) • 307 Visualizações
Os problemas da ética
A ética muitas vezes é discutida, mal interpretada e de difícil explicação. Tendo tradicionalmente vários modos de interpretação como: questão filosófica, reflexão ou até teológica por conta do cristianismo dentre outros, o nosso pensar ético está ao nosso redor rotineiramente.
A questão está focada no modo como a vemos e a compreendemos como o exemplo citado no livro: “num país capitalista, o princípio do lucro poderia ou deveria situar-se acima ou abaixo das leis da ética”? . A ética é muita complexa e temos que ter cuidado para interpreta-la, pois seu contexto é de grande valia e não pode ser deixado de lado. 0 primeiro capitulo do texto nos faz alguns questionamentos e aborda as relações disciplinas teóricas e práticas. Por essas perguntas e o modo como você vê e o modo como o outro vê, confundem o homem, pois talvez o que é ético para você para o outro pode não ser, resultando esses conflitos em um problema da ética.
Para Max Weber a ética não era tão simples nem tão clara para todos da mesma forma, pois o que o cristianismo pregava como ética, os protestantes recusavam, e acreditavam em outra coisa totalmente distinta, e com o passar dos séculos essa diferença era mais aparente.
“O esforço de teorização no campo da ética se debate com o problema da variação dos costumes”, a luta dos pensadores éticos na época era muito grande a fim de se descobrir os princípios da universalidade, queriam compreender o porquê e como ocorrem essas transformações nas culturas, e as variações do comportamento humano como por exemplo.
O grande filósofo Sócrates citado no livro Diálogos de Platão, sempre com um pensamento de reflexão e razão questiona a validade das leis na época, o que para os gregos era inadmissível. Sócrates obedecia às leis, porém sua ética não se baseava nos costumes do povo com a lei fazia, e sim na compreensão, e se essas leis eram realmente necessárias e corretas, valorizando sempre a subjetividade, por essa razão Sócrates foi obrigado a beber veneno e acabou falecendo.
O alemão Kant concordava com Sócrates, sobre o subjetivismo, que não se pode atentar somente ao exterior (leis e costumes), mas sim ao interior (suas próprias convicções) que esse sim daria bons frutos. Kant defendia a ideia que para o desenvolvimento de uma ética universal, deveria ocorrer certa igualdade entre os homens, utilizando a filosofia transcendental ele buscava de todas as maneiras uma ética que abrangesse todos, independente de sua cultura, credo e costumes.
ÉTICA GREGA ANTIGA
Com os gregos surgiram diversos pensamos éticos, muitos deles ainda usamos. Partindo de uma pesquisa, a reflexão grega tinha como objetivo chegar a uma conduta absoluta e tinha laços com o cristianismo.
Esses pensamentos tiveram influências de vários filósofos, porém o autor se concentra nos três mais conhecidos: Platão, Sócrates e Aristóteles.
Platão defendia a ideia da procura da felicidade e do bem, felicidade entendida como prazer como sabedoria prática e como verdade, considerava a prática da virtude o que tinha de mais sagrado. Para ele a Terra era apesar uma passagem na qual deveríamos ser boas pessoa, pessoas virtuosas se valendo de Justiça, Prudência, Temperança e Valor, para que assim fosse possível alcançar a vida eterna.
Aristóteles queria ir além da teoria, ele queria mesmo era a observação empírica, concreta. Sua base era a razão, que o homem deveria fazer o bem, porém de acordo com o seu “eu”, “seu pensar”, enlaçados com as virtudes. Caracterizava a virtude como sendo uma força adquirida, e a alma tende que desenvolver bons hábitos.
ÉTICA E RELIGIÃO
As discussões sobre a harmonia cósmica e do mundo, desencadearam uma doutrina prática à qual norteava os indivíduos a terem atitudes focando o bem, a virtude e a harmonia com a natureza, sendo a ultima uma atitude moral também. Sócrates com o lema: ”conhece-te a ti mesmo" receoso com a moral queria uma sabedoria de vida, não mais uma teoria.
A Religião grega na época era baseada em deuses e muito naturalista. Com o surgimento da religião judaica ocorreram algumas mudanças. O que o agir de uma forma correta antes vista pelos gregos o “tal” agir conforme a natureza, os judeus falaram que o agir de forma ética e moral deveria ser de acordo as vontades do Deus pessoal.
O individuo acaba ficando em segundo instância, essa relação com o surgimento da religião o que passa a ter destaque é a moral. Deus é colocado com o exemplo a ser seguido, a perfeição.
O filósofo Ludwig Feuerbach se certa forma “tentou” decifrar a verdade da religião, numa antropologia filosófica que todos tivessem contato. Essa visão influenciou muito os marxistas, e pode ser comprovado até hoje pois muitos cristãos buscam textos marxistas par firmar suas posições.
Nesse capítulo são citadas mais algumas linhas como: Positivismo Lógico, Pragmatismo, Racionalismo que são relacionadas com a visão ética religiosa nos dias de hoje.
OS IDEAIS ÉTICOS
A partir de uma reflexão e observação de toda essa trajetória da ética, o autor nos recordar de tudo que lemos até agora como, por exemplo: os pensamentos de Platão, Sócrates e Aristóteles sobre uma ética voltada para o bem, para a busca da felicidade. Já o Cristianismo o foco da ética era voltado para Deus, em fazer o que agrada a Deus. O Renascimento e do Iluminismo tinha como foco a liberdade pessoal. Com Hegel e Maquiavel a razão do estado, estava adentrando a ética e isso gerava alguns problemas.
Século XIX com o Capitalismo, houve uma volta das ideias do prazer dos gregos antigos, porém outro prazer, um prazer sem moderação e tendo foco os bens matérias, defendendo o particular. A reflexão ético-social sobre o século XX nos faz repensar se ainda existe indivíduo, pois a ética está sendo deixada de lado, não estamos vivendo imoralmente, mas a maioria vive sem se importar com ela, não sendo contra nem a favor da moral.
A LIBERDADE
A liberdade é discutida a partir de duas vertentes: Determinismo e a real Liberdade. Existem diversos modos de determinismo já presenciado na história, porém são contrários à ética. O idealismo apesar de ser o oposto do determinismo também não se enquadra na ética, pois nega sua função, se baseando em uma liberdade total e incondicionada. O autor nesse capítulo fala muito sobre Hegel e sobre sua teoria muito discutida e crítica por grandes pensadores da época como Karl Marx e Kierkegaard sendo um dos pontos mais discutidos, o individualismo na liberdade.
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