Sócrates, Platão e Aristóteles
Por: belle diniz • 10/3/2018 • Seminário • 1.276 Palavras (6 Páginas) • 302 Visualizações
CURSO | BACHARELADO EM DIREITO | ||
COMPONENTE CURRICULAR | ÉTICA GERAL | ||
CÓDIGO DA DISCIPLINA | 305070201 | PERÍODO | 2º |
CRÉDITO | 2 | CARGA HORÁRIA | 40H |
PRÉ-REQUISITO | INEXISTENTE | ||
SEMESTRE | 2017.2 |
Roteiro
Contexto Histórico – Sócrates
Sócrates nasceu em 470 a.C. (ou talvez em 469 a.C.) na cidade de Atenas. Era um vilarejo razoavelmente pobre, que ficava fora das muralhas de cidade a mais ou menos 30 minutos de caminhada. Seu pai era um escultor, especialista em entalhar colunas nos templos, sua mãe uma parteira.
Foi condenado à morte em 399 a.C., quando Atenas perdeu a Guerra do Peloponeso contra Esparta, por conta de suas ideias, que estavam influenciando as pessoas. Ele teve que beber cicuta que é um veneno e morreu, mas suas ideias até hoje vivem na mente de cada um.
O autoconhecimento em Sócrates e a construção ética do indivíduo
Como foi bem equiparado a Jesus por Christopher Taylor, Sócrates se imortaliza na vida de estudiosos por viver numa Atenas preocupada com o contexto político-social e, apesar de inserido em tal, sua missão se demonstra diferente: levar todos os seus concidadãos a se preocuparem na busca pela limpeza da alma.
A definição de alma a partir do pensamento socrático
Previamente à formulação de Sócrates, pensadores – como Homero e os Jônicos – defendiam que a alma (psique) não estava ligada às ações conscientes do homem, encontrando no metafísico sua maior existência. Já na concepção socrática, a alma surge como uma representação consciente e de caráter do indivíduo.
O respeito às leis como valor relevante para a ética socrática
A vida na polis requer ao indivíduo o respeito às leis para que seja atingido o bem comum. É levando em consideração esse valor que Sócrates torna-o universal, certo de que aqueles que respeitassem as leis (nomos) seriam virtuosos e atingiriam uma paz de espírito que determinaria a vida após a morte.
A alteridade como princípio fundante da ética
Conhecer é uma atitude filosófica que produz questionamentos e reproduz reflexões críticas acerca desses. Na ética em Sócrates, os questionamentos estão ligados do sujeito para si e do sujeito para o seu semelhante, ou seja, há um elo entre as relações intra-subjetivais e intersubjetivas; logo, a ética socrática representa a valorização do autoconhecimento que prioriza as virtudes humanas em face da vida coletiva.
Contribuição
Sócrates foi inovador no método e nos tópicos em que ele abordou. Sua contribuição à filosofia ocidental foi essencialmente de caráter ético.
Seus ensinamentos visavam chegar ao entendimento de conceitos com justiça, amor e virtude, procurando definições gerais para tais idéias.
Ele acreditava que o vício era o resultado da ignorância e que as pessoas não são más por escolha. A virtude vem do conhecimento; aqueles que têm conhecimento têm virtude e, portanto, agem corretamente e as pessoas que não agem eticamente, o fazem por falta de conhecimento.
De acordo com sua teoria, uma pessoa que sabe que algo está errado, não agiria apesar de saber que sua ação não seria correta.
Contexto Histórico – Platão
Em 428 a.C. (ou 427 a. C., não se sabe ao certo), pouco tempo após a morte de Péricles (estadista ateniense; foi durante o seu período que Atenas viveu o auge da sua democracia), nasce em Atenas aquele que por muitos é considerado o maior filósofo da Antigüidade: Platão. Sua família era muito tradicional, sendo muito de seus membros pessoas eminente na política. Só para citar um exemplo, ele era descendente de Sólon, que foi um dos maiores legisladores de Atenas. Ainda em sua juventude, Platão conhece e torna-se um discípulo de Sócrates, por quem foi profundamente influenciado em sua filosofia.
A ética platônica e o mundo das ideias
Platão traz para o seu conceito de ética alguns pressupostos socráticos. São eles: a virtude como deliberação do conhecimento e os males como resultado da ignorância. A diferença da ética platônica para a ética socrática está no fato de que essa dar prioridade à ação humana na polis e aquela defende o intangível, o metafísico, o mundo das ideias propriamente dito.
O dualismo platônico e A alegoria da caverna
Para Platão o homem tem em si mesmo dois mundos, um ligado às ideias e o outro aos prazeres e vícios. Dessa forma, ele defende que as virtudes são construções do metafísico, do além-corpo e as ignorâncias estão relacionadas ao corpo, às falhas humanas que se distanciam da realidade, do bem supremo. Portanto, O mito da caverna ilustra como seria um indivíduo ético para Platão, em suma, aquele que se desvencilha das projeções irregulares da realidade e toma uma atitude filosófica por meio do conhecimento.
O imediatismo terreno e a relação entre ética, justiça e metafísica
Platão admite uma realidade absoluta e superior ao plano da natureza, a qual tem caráter divino e onde a mensuração do que é justo e injusto torna-se universal. Compreende-se, então, que a ética platônica une todos os seus fundamentos no metafísico, numa justiça que agrada a Deus, fazendo com que o homem crie uma expectativa do que está no Além.
Contribuição
O maior legado de Platão foi a teoria das idéias ou teoria das formas, que consiste em dois mundos: o inteligível (idéias perfeitas) e mundo sensível (idéias imperfeitas).
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