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Por:   •  6/10/2013  •  4.933 Palavras (20 Páginas)  •  282 Visualizações

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Debret, um olhar sobre o Brasil.

Quem foi

Jean-Baptiste Debret foi um importante artista plástico (pintor e desenhista) francês. Nasceu em 18 de abril de 1768, em Paris, e faleceu na mesma cidade em 28 de junho de 1848. Debret integrou a Missão Artística Francesa que chegou ao Brasil em 26 de março de 1816, que fundou no rio de janeiro a Academia de Artes e Ofícios, mais tarde a Academia Imperial de Belas Artes, onde lecionou pintura. De volta a França em 1831, publicou “Viagem Pitoresca e Histórica do Brasil”. Uma de suas obras serviu como base para definir as cores e formas geométricas da atual bandeira republicana, adotada em 19 de novembro 1889.

Suas obras formam um importante acervo para o estudo da história e cultura brasileira da primeira metade do século XIX.

Principais características do estilo artístico de Debret:

- Debret é considerado um artista cujas obras se enquadram no estilo romântico. Porém, alguns estudiosos de artes plásticas, consideram Debret como um pintor do neoclassicismo.

Antes de morar no Brasil, retratou na França temas religiosos, bélicos e ligados ao imperador francês Napoleão Bonaparte.

- Suas obras, no Brasil, mostram paisagens, cenas cotidianas, a cultura e o povo brasileiro.

- Com cores vivas, suas aquarelas mostram sentimentos e emoções das figuras retratadas. O individualismo, característica das obras românticas, também se faz presente em suas pinturas.

- Detalhista, Debret buscou retratar, com o olhar de um viajante, todos os aspectos das cenas e regiões retratadas.

Interior de uma casa cigana (1820)

Algumas obras da coleção Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil

- Caçador de Escravos (1820-1830) - Guerreiro indígena a Cavalo

Escravidão no Brasil (castigo de escravo) - Retrato de D. João VI

Cenas do filme Carlota Joaquina

A Princesa do Brasil que podem ser relacionadas a história presente do Brasil:

A Princesa mostra-se uma mulher forte de caráter marcante e decisivo, o que na época era impossível, hoje as mulheres podem ser facilmente comparadas à personagem, pois são determinadas, objetivas e querem se sobressair no campo profissional e pessoal; outro quadro do filme mostra a desapropriação de imóveis dos habitantes locais para servir ao reino de Portugal, hoje em dia ainda nos deparamos ainda que mais raramente com fatos parecidos, pessoas invadem imóveis e propriedades, como nos movimentos do MST, por exemplo, que apesar de algumas vezes invadirem terras improdutivas, em outras invadem terras e propriedades que não se enquadram no perfil de desapropriação.

Outra cena mostra um D. João VI que valia-se do seu poder para manipular a todos, no caso em que sua esposa enciumada assassina o amante, e o Rei adultera papéis para livrá-la da punição, esses fatos ainda hoje são comuns nas sociedades, pessoas que detem o poder agem inescrupulosamente para beneficiar a si próprios ou a seus interesses.

Um outra cena do filme retrata D. João VI criando uma Instituição, no caso o Banco do Brasil, com o objetivo de angariar fundo monetários para salvar seu reinado. Quantas vezes vemos em reportagens pessoas criarem empresas para atrair investimentos e depois caloteiam as pessoas de boa fé que acreditaram no negócio, por sorte a Instituição deu certo e não foi mais uma maneira de subtrair a riqueza da nossa Nação.

Foi denominado pela historiografia brasileira como “República da Espada” o período de 1889 a 1894 onde, o regime republicano, recém instalado no país, teve como presidentes dois militares: Marechal Deodoro da Fonseca e Marechal Floriano Peixoto.

Um pequeno grupo de militares, insatisfeitos com a ação imperial, organizou um golpe que não foi prontamente identificado como tal. Muitos acreditavam que se tratava de uma parada militar. Assim, sem oferecer nenhuma resistência, Dom Pedro II saiu do poder pelas mãos

de um golpe discreto e inesperado. O alagoano Deodoro da Fonseca, apesar de sua grande amizade com o monarca deposto, acabou por liderar o movimento que instituiu a república em nosso país, a 15 de novembro de 1889. De líder da revolta republicana, Deodoro foi alçado à presidência do chamado Governo Provisório, que comandaria o país até que se realizassem eleições (diretas), a elaboração de uma nova Constituição e até mesmo uma consulta popular sobre qual regime o povo considera o melhor para o Brasil: República ou Monarquia (que, aliás acabou por ocorrer somente 104 anos após a proclamação da República).

Assim, nova Constituição é promulgada em 1891, e apesar de seus dispositivos deixarem bem claro que as eleições presidenciais seriam diretas, ou seja, com a participação popular, em meio às disposições transitórias estava prevista a exceção de que o primeiro pleito se daria em forma indireta, ou seja, por escolha dos componentes do Congresso Nacional. Desta primeira eleição, saíram vitoriosos Deodoro da Fonseca como presidente eleito, e Floriano Peixoto como vice-presidente. Apesar disso, Deodoro havia acumulado forte tensão política desde sua administração no governo provisório, que aumentou com sua oficialização no cargo. A 3 de novembro de 1891, Deodoro fecha o Congresso e inicia um governo ditatorial. A crise econômica havia abalado a popularidade do presidente, e o Congresso tentou aprovar uma “Lei de Responsabilidade”, diminuindo seus poderes. Dias depois, ocorre a Revolta da Armada, que força Deodoro a renunciar, ameaçando bombardear o Rio de Janeiro. Deodoro cede, e entrega o poder ao vice, Floriano Peixoto, que assume a 23 de novembro de 1891.

No poder, Floriano iria ganhar a alcunha de “Marechal de Ferro”, pela dureza com que abafou a Revolta Federalista no Rio Grande do Sul e a Segunda Revolta da Armada. Seu governo terminaria de um modo mais bem sucedido que o de seu antecessor. Mas, o período da “República da Espada” já se encontrava no fim. A sua oposição, que estava entre as novas figuras de nossa elite econômica, desejava ampliar seus poderes através de um regime que concedesse maior autonomia às esferas regionais. Dessa forma, a República deixava a imagem de uma ideologia (positivista, no caso) para se transformar em simples instrumento de obtenção do poder.

A República da Espada significou um período de transição, onde

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