Serviço Social
Ensaios: Serviço Social. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jaqueoliveira.so • 16/3/2014 • 1.462 Palavras (6 Páginas) • 401 Visualizações
O escrito Jose Paulo neto tem como objetivo neste livro fornecer um esclarecimento do processo de renovação experimentado pelo serviço social no Brasil entre os anos
sessenta e oitenta onde ele denomina de ¨teorização¨.O escritor procurou reunir duas dinâmicas: demandas abrangente de socioinstitucionais postas aos serviços
sociais e da dimâmica interna à realidade profissional.A desenvolvimento do serviço social foi marcado pela criação e ao desenvolvimento das grandes intituições
a partir de 1940.As transformações no Serviço Social brasileiro iniciaram a partir das mudanças econômicas, sociais e políticas.
Manifestações culturais ocorreram de forma autocrítica e mesmo com toda violência o processo cultural não foi interrompido. Jose Paulo Netto, na primeira parte do
seu livro, busca explicar a sociedade política-cultural no golpe de Abril de 64 para que entendamos as mudanças sociais e as mudanças no Serviço Social.
O golpe de abril tem particularidades históricas no Brasil. O desenvolvimento capitalista, a exclusão do povo de decisões políticas e a convergência destes impediu o
desenvolvimento da sociedade civil.
Após Goulart assumir o executivo, começam as articulações sindicais e reformas de base. Com a mobilização de trabalhadores urbanos e rurais, e um
destaque para camada de intelectuais, os seus desdobramentos era um reordenamento político-social.
Neste governo houve uma desaceleração do crescimento, sendo que fatores aconteceram apenas para beneficiar poucos, com tantos problemas sócio-economicos, Goulart
perde sua autonomia política.
O golpe de Abril foi um pacto contra-revolucionário, uma reversão da formação social brasileira. “Nesse sentido, o movimento cívico-militar de abril foi
inequivocamente reacionário – resgatou precisamente as piores tradições da sociedade brasileira.
Mas, ao mesmo tempo em que recapturava o que parecia escapar (e, de fato, estava escapando mesmo) ao controle das classes dominantes, deflagrava uma dinâmica nova
que, a médio prazo, forçaria a ultrapassagem dos seus marcos.
O Brasil era dominado pela elite, porém seu ideias começaram a contradizer com ademocracia da classe popular que emergia.
O Estado dava o poder nas mãos dos monopólios imperialistas e oligarquias financeiras, aumentando brutalmente as desigualdades regionais e sociais.
As linhas-mestras deste ‘modelo’ conduzida no interesse do monopólio: benesse ao capital estrangeiro e aos grandes grupos nativos, concentração e centralização em
todos os níveis etc. – consagradas inclusive em tentacular repertório operativo e normativo (fora de qualquer controle democrático ou parlamentar) acionado por
conselhos e coletivos diretamente atrelados ao grande capital.”
Em suma, o modelo monopolista foi beneficiado pela ditadura, elitizado no mercado interno e direcionado para o mercado externo.
A autocracia evoluiu nos diferentes governos da época ditatorial (1964 a 1968 governo Castelo Branco e parte do governo Costa e Silva; 1968 a 1974 o intermezzo da
Junta militar e todo governo Médici e 1974 a 1979 período Geisel).
No governo Figueiredo ficou demarcado o fim do ciclo autocrático, pois a ditadura deixou de reproduzir-se e com as articulações dos movimentos populares na política,
as bases ditatoriais enfraqueceram. As tendências democráticas que se manifestavam entre a sociedade impossibilitavam a ditadura impor suas regras.
O primeiro momento da ditadura, esse regime mostrou que não tinha aptidão para articular-se politicamente, mesmo mostrando um plano político, estes esforços foram
inúteis. Os trabalhadores não ganharam setores significativos, não havia empregos estáveis e havia queda de salários, com isso havia um amento das divergências entre
estados e trabalhadores. A burguesia urbana foi afetada pela desaceleração do crescimento e a partir disto, articulam-se o pacto contra-revolucionário.
Estado intervém diretamente na produção cultural da época, a sociedade apenas produz indiretamente, mas como se sabe, o Estado não produz cultura, que a cultura é
produzida a partir da sociedade civil. O Estado também intervém na difusão dos produtos culturais e usa seus mecanismos como a repressão, censura e etc., com tudo
isso a produção do desenvolvimento cultural fora comprometida.
A ditadura conseguiu degredar o ensino público; as universidades ficaram vazias e sem vida.
A cultura era estimulada pelo Estado e controlada por ele também sendo uma politica monopolizada. Os intelectuais separavam sua intervenção cultural das suas
responsabilidades cívicas. A autocracia após golpear o “mundo da cultura” usou de estratégias de contenção, os golpes intencionavam rupturas politicas e
organizacionais e a contenção é o uso da censura de forma que tenha limites o “mundo da cultura”.
O Estado autocrático conseguiu controlar os processos culturais, a crise não destruiu os instrumentos de ordenamento cultural do Estado. Os últimos anos do governo
Geisel, criou uma situação em que os processos culturais iam além dos dispositivos institucionais.
A política cultural começa a se mostrar incapaz quando há a derrota de seu projeto de auto-reforma e quembram as suas bases de sustentação, assim surge uma dinâmica
cultural nova, que aparece quando o constrangimento politico da autocracia conduz a uma redefinição do papel da política cultural.
“O saldo do ciclo autocrático burguês, para a massa do povo brasileiro, resume-se num desastre nacional”. A frase do autor nos remete ao quadro do ensino
institucional que a autocracia burguesa deixou após o fim do seu governo.
Censo demográfico de 1980:
52% da população tem menos de 2 anos de escolaridade;
33% das crianças entre 7 e 14 não vão à escola, sendo que em número são 7,5 milhões de crianças;
27,6% crianças entre 7 e 14 anos frequentam série diferente da que realmente deveriam estar;
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