Silogismo
Seminário: Silogismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dejailmamachado • 24/3/2014 • Seminário • 963 Palavras (4 Páginas) • 457 Visualizações
Há motivos presentes no criticismo de Kant, que favoreceram ao positivismo. Ao publicar a Crítica da razão pura (1781), lançou barreiras às pretensões da metafísica. Em reduzindo os universais a uma validade apriorística, meramente formal, no recinto do entendimento, nada mais resta de verdadeiramente apreciável na filosofia racionalista. O positivismo deu mais um passo, reduzindo o conhecimento ao experimentável, o que na prática significa uma consideração das relações extrínsecas entre as coisas, sem que estas relações possam ser consideradas intrinsecamente, como nas ciências positivas. O progresso das ciências experimentais prestigiou o positivismo. Lavoisier (1743-1793) desenvolvera a química; Bichat (1771-1802) fizera progredir a biologia; descobrem-se argumentos para o evolucionismo das espécies vivas, com o resultado de uma nova mundivisão, que espantava aos teólogos tradicionais; os astros são vistos a girar num céu cada vez menos sacral; o desenvolvimento das ciências sociais à base da observação dos fatos reduziu a situações meramente culturais estruturas anteriormente consideradas naturais. Estes e outros aspectos da modernidade vieram criar um clima favorável ao positivismo, que portanto desenvoltamente proclamou a importância dos métodos experimentais e advertiu para as limitações da filosofia racionalista, sobretudo da racionalista de idéias de todo autônomas da experiência.
Divisão. Para ordenar didaticamente o estudo do positivismo importa atender primeiramente à sua periodização temporal e fases de desenvolvimento, porquanto história é acima de tudo cronologia. Importa ainda destacar diferenciações de conteúdo, porquanto aconteceram logo diferenciações profundas na formulação interna do sistema; em consequência resultaram denominações diversas, além da distribuição geográfica dos seus representantes.
a). A periodização do positivismo, como acontecimento do segundo período da filosofia moderna, enquanto distinto do empirismo anterior, está em que, como um todo, o movimento se oferece com muito mais volume, tanto espacial, como qualitativo. O primeiro período da filosofia moderna foi eminentemente racionalista, destacando-se especialmente o racionalismo cartesiano, com as suas mais diversas formas. Entretanto, no seu final decaía fortemente em favor do empirismo, sendo o enciclopedismo na França uma de suas manifestações. Por isso, na França se pode mesmo falar em precursores do positivismo, como efetivamente o foram Mostesquieu (1689-1755) e Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). O segundo período da filosofia moderna, ainda que inicializado pelo racionalismo de Kant, é muito mais empirista que o primeiro; os dois campos, - racionalismo e empirismo, - se conflitam mais fortemente. A força do empirismo se revela também na multiplicidade de suas denominações, porquanto é citado também como positivismo, neopositivismo, pragmatismo, neo-realismo, filosofia analítica, e ainda por expressões como behaviorismo, funcionalismo e similares.
Ainda que o segundo período da filosofia moderna tenha sido inicializado pelas mudanças internas do próprio racionalismo, que de cartesiano passa a ser kantiano, também o empirismo contribuiu para esta distinção entre primeiro e segundo períodos. Um dos elementos desta diferença está exatamente no crescimento do empirismo, que passa a estar presente em toda a parte. Outro destes elementos é o desenvolvimento interno do empirismo, que assume novas formas.
b). Do ponto de vista meramente geográfico, implantou-se o positivismo na primeira parte do século dezenove, na França, quando na década de 1830, Augusto Comte inaugurou seu Curso de filosofia positiva. A rigor, trata-se de um novo estágio do enciclopedismo anterior. Na segunda parte do século o estágio de crescimento do positivismo já se encontra apreciável, e até com duas alas, a ortodoxa, com Pierre Lafitte (18281881), a dissidente, com Emilio Littré (1801-1881), Hipólito Taine (1828-1893), Emílio Durkheim(1858-1917), sociólogo e filósofo da educação. Afim a este movimento se encontra o materialismo, geralmente monista;
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