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Sofistas

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Por:   •  15/12/2014  •  Resenha  •  2.324 Palavras (10 Páginas)  •  263 Visualizações

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Sofistas – Aula de revisão Filosofia Enem

Estude para a prova de Filosofia Enem com esta aula de revisão sobre os Sofistas e os pensamentos Socráticos

Cai na prova, Ciências humanas e suas tecnologias, Filosofia, Apostila Enem

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Sofistas

“O homem é a medida de todas as coisas”, já dizia o filósofo sofista Protágoras (c. 487-420 a.C.). Esta afirmação tem por objetivo evidenciar o que a maiorias dos sofistas imaginavam a cerca do conhecimento humano: tudo deve ser avaliado em relação às necessidades humanas, ou seja, ideias e noções do que seja certo e errado, de bem ou de mal, da existência de Deuses, da organização social e política e da própria ciência vão depender se as pessoas entendem que estas necessidades são naturais aos seres humanos (inato) ou se são criações da própria sociedade.

Esta visão de mundo é própria aos sofistas, uma vez que, estes eram em sua maioria homens viajados, vindos das mais diversas colônias gregas e que por este motivo conheciam inúmeras organizações políticas. Os sofistas, assim como os filósofos pré-socráticos, também enxergavam com maus olhos a mitologia grega produzindo inúmeras críticas. Esta postura, crítica, fez dos sofistas pensadores céticos (corrente filosófica que produz dúvidas a cerca das certezas cotidianas e até científicas) e ao mesmo tempo apresentaram uma postura agnóstica (pessoas que não afirmam ou que não conseguem provar a existência de Deus, geralmente apegam-se aos conhecimentos da ciência como única forma de verdade).

Por este motivo os sofistas acreditam que seria impossível que a maioria das questões filosófica conduzisse os homens ao conhecimento verdadeiro. O argumento mais comum dos sofistas era o de defender que no máximo os homens conseguiriam apenas emitir opiniões sobre alguma coisa.

A maioria dos sofistas era estrangeiro e encontraram em Atenas o lugar perfeito para desenvolverem suas habilidades, a retórica, a arte do bem falar. Os sofistas ganhavam a vida como professores desta arte, e ensinavam ela a quem pudesse pagar. Eis aqui talvez um problema. Na Grécia Antiga, em Atenas, somente os cidadãos tinham condições de pagar este ensinamento. Isso acontecia porque apenas homens, maiores de idade possuidores de bens, eram considerados cidadãos. Ser cidadão em Atenas significa ter dinheiro , prestigio e respeito. Além disso, somente o cidadão podia participar da política, que naquela época em Atenas se configurava como uma democracia participativa.

Como professores, dos cidadãos, não ensinaram apenas a arte da retórica, mas também propagaram suas ideias a cerca da polêmica sobre a capacidade inata de produzir conhecimento ou se apenas este suposto conhecimento produzido pela humanidade não seria criado pelas necessidades da própria sociedade.

Este pensamento ensinado para os cidadãos atenienses contribui para disseminarem a ideia de que no máximo conseguimos apenas emitir opiniões a cerca de um assunto, de modo que o que vale é a capacidade de argumentar e de convencer quem houve.

Assim a política em Atenas tomou um rumo não com a propositura de produzir conhecimento para melhorar a situação da pólis grega, mas para convencer e seduzir outros cidadãos com discursos inflamados e contagiantes.

Sócrates

Na história da filosofia existem algumas controvérsias acerca da real existência deste que teria sido um divisor de águas na filosofia antiga. Sócrates não deixou nada escrito. Tudo o que sabemos dele foi escrito por Platão na obra conhecida Diálogos Socráticos. Neste conjunto de textos literários e filosóficos Sócrates sempre aparece como personagem principal, buscando transmitir algum ensinamento ao leitor. Até onde se sabe Sócrates nasceu em Atenas e nunca deixou a cidade.

Mesmo sem sabermos ao certo sobre a existência de Sócrates é certo afirmarmos que sua filosofia mudou o modo de pensar: da sociedade, do homem, da ética e da política. Diferente dos filósofos pré-socráticos que se preocupavam com questões cosmológicas, Sócrates se preocupava em entender como o conhecimento poderia contribuir para tornar o homem um ser inteligente e feliz.

Sócrates foi inimigo direto da propositura filosófica dos sofistas. Considerou os sofistas como não filósofos, sendo estes apenas professores de retórica e que em nada contribuíam com o futuro de Atenas. Para Sócrates o verdadeiro filósofo deveria ter o compromisso com a cidade, por este motivo não cobrava para ensinar filosofia. Fazia a filosofia pelas ruas de Atenas pelo simples fato de procurar a verdade pela própria verdade. Sócrates acreditava que a filosofia deveria contribuir para auxiliar os cidadãos a produzirem conhecimento verdadeiro, através da razão, de modo que este conhecimento transformasse para melhor a realidade da pólis.

Sócrates também dizia que ouvia uma voz divina que o instigava à procura do saber. Para tanto desenvolveu uma técnica filosófica chamada maiêutica, que quer dizer: a arte de parir ideias. Este nome é uma alusão à profissão de sua mãe, parteira. Sócrates acreditava que poderia conduzir seus interlocutores ao conhecimento puro e verdadeiro. Para Sócrates, as parteiras apenas conduzem as mães e suas crianças ao nascimento, porque o nascimento é algo natural e inato ao ser humano. Do mesmo modo Sócrates acreditava que o conhecimento era inato ao homem e que este apenas precisava ser conduzido até ele.

O método socrático compõe-se de duas partes: a maiêutica e a ironia. A maiêutica inicia-se com uma pergunta e esta pergunta sempre levava a um debate. Nesta conversa, debate, Sócrates dava a entender ao seu interlocutor que gostaria de aprender com ele algo que este soubesse muito, qualquer temas: pescaria, amor, política, guerra.

Este fingimento de Sócrates, o de nada saber sobre o assunto em questão, forçava seu interlocutor a pensar cada vez mais sobre o que argumentava. Estas argumentações ficavam cada vez mais complexas à medida que Sócrates continuava perguntado cada vez mais sobre o assunto. Isso exigia de seu interlocutor um enorme exercício de raciocínio lógico para continuar a empreender argumentos válidos sobre o que se conversava. A insistência de Sócrates em seguir perguntando e a refletir sobre o que o seu interlocutor havia dito, dava a impressão de que Sócrates realmente nada sabia sobre o que conversavam. Este “fingimento” ficou conhecido como ironia socrática.

À medida que as conversa avançava o interlocutor, na maioria das

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