Síntese Analítica

Síntese analítica sobre o artigo:

“A busca do sentido da formação humana: tarefa da Filosofia da Educação”

Antônio Joaquim Severino

Antônio Joaquim Severino traz neste artigo uma reflexão acerca do sentido da educação que envolve o processo de formação humana. Ele diz que o papel da educação é humanizar, onde o indivíduo natural passa a ser cultural e que a educação deve ser tratada como investimento formativo do humano, portanto a interação docente é universal e insubstituível, pois encaminha o homem na sua formação.

Severino diz ainda que esses objetivos da educação sempre foram almejados e que os problemas da degradação do mundo técnico e produtivo do trabalho (a degradação social e a alienação cultural) desafiam o homem a superá-los e seguir no desafio de uma formação de uma personalidade integral (Bildung). Severino defende que hoje, a educação vem sendo pensada como formação cultural, superando assim as perspectivas anteriores, concebidas como formação ética e depois como política. Ele enfatiza o papel da Filosofia da Educação, cujo objeto de estudo era conhecer as condições reais da educação em momento histórico por meio de reflexões analíticas e críticas sobre os problemas e o sentido da educação.

Severino diz que é necessário diferenciar a Filosofia da Educação das Ciências da Educação e Ciências Humanas cujos objetivos são diferentes, pois as Ciências da Educação e as Ciências Humanas estudam as manifestações concretas dos fatos educativos, enquanto a Filosofia da Educação se preocupa na busca do sentido e da finalidade da educação.

Severino traz informações e reflexões sobre as mudanças que a educação, entendida como um processo de formação humana recebeu ao longo da tradição filosófica, mostrando também as mudanças do ideal de humanização.

Severino destaca que num primeiro momento da história (Antiguidade e Era Medieval) a preocupação da educação era a de formação ética e tinha propostas axiológicas (boa conduta de vida, virtudes, valores). Nesta época se falava sobre política, mas sempre atrelada à ética, que assumiu lugar relevante na filosofia socrática. A ética predominava sobre a política.

Num segundo momento, Severino destaca as diretrizes assumidas pela Modernidade à educação, cujo objetivo da educação na formação humana era de uma formação política, propondo inserir o indivíduo na sociedade, de modo a formar cidadãos autônomos, mas que dominasses as ciências e tinham como base os pressupostos antropológicos e epistemológicos do racionalismo naturalista, sendo assim a ética tratada em segundo lugar.

Em um terceiro e atual momento, a Contemporaneidade, Severino destaca a nova compreensão da educação: nem mais sobre a perspectiva ética nem sobre a perspectiva política, a educação enfatiza a formação cultural com seu sentido dirigido a uma auto-reflexão crítica. É como uma passagem do inconsciente para o consciente, que forma indivíduos amplos, que conhecem a cultura e a sociedade. Essa auto-reflexão crítica se dá por afirmar, negar e superar as dimensões política e ética enfatizando a importância da formação cultural.

Concluímos, então, que é necessário assumir essa nova proposta de educação: