Sócrates E Os Sofistas
Ensaios: Sócrates E Os Sofistas. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: danieladornel • 19/3/2014 • 2.015 Palavras (9 Páginas) • 412 Visualizações
A Filosofia durante muito tempo foi direcionada à reflexão sobre o universo, onde o homem e seus problemas não eram preocupação dos filósofos. Sócrates revolucionou este conceito com seu modo de pensar, consistindo em reconhecer primeiro à própria ignorância para então buscar o saber, assim nasce o Período Socrático, norteado pelos problemas do homem, buscando respostas para a origem da essência humana sempre a procura do “Logos” (razão que se dá de Algo) o que hoje chamaríamos de conceito. Convertendo-se sempre em ciência racional das coisas, o filósofo destrói o saber por meio de perguntas e as reconstrói procurando definir um conhecimento. Assim, quase nunca chegava a respostas concretas e definitivas. Sua finalidade era focar sua busca em como viver uma vida correta. Ele não explorou áreas da filosofia como a natureza e a origem do universo ou da vida, compreendendo um período totalmente inovador, deslocando o centro de interesse que até então era Cosmológico, e tornando-o Antropológico.
Este momento tornou-se estrategicamente favorável para o aparecimento dos Sofistas. Estes eram professores ambulantes que dominavam a arte de falar e discursar, utilizando a linguagem como meio persuasivo. Estes sábios eram quase sempre mal interpretados, e criticados, principalmente por Sócrates e Platão, por “Comercializar o Saber” como atividade remunerada.
Origem e objetivos da sofistica
Originalmente sofista designa qualquer um que pratique uma forma qualquer de “Sophia” (sabedoria, conhecimento). Etimologicamente o termo quer dizer Sábio, e surgiu atendendo às necessidades de uma nova educação destinada não mais à formação de soldados e guerreiros, mas à formação do cidadão, do homem, que viveu em um momento histórico nas cidades gregas democráticas, onde todo e qualquer cidadão podia participar da vida na Pólis. Assim, substituindo a educação tradicional, religiosa, aristocrática e conservadora, pela nova educação racionalista e democrática, acessível a todos investida na conduta do conhecimento e não mais em oráculos.
Principais ensinamentos dos sofistas
Os Sofistas não tinham uma doutrina propriamente dita, o conteúdo de seus ensinos era formal e prático. Protágoras, o principal sofista da primeira geração, em resposta a Sócrates em suas criticas, esclarece abertamente o conteúdo de sua pedagogia, cujo objetivo seria produzir a virtude do golpe de vista e da inteligência, permitindo um melhor desempenho sobre assuntos familiares e na vida pública, adquirindo capacidade de expressar-se no plano político e social, tendo como grande propósito formar bons cidadãos. Tomando como prioridade formar homens, com propriedades humanas, cuja vida em sua plenitude é a vida pública, e não formar apenas profissionais técnicos especialistas. Seguindo essa linha de pensamento, todos estariam aptos a interferir e indagar os “Negócios do Estado” sendo a Sabedoria Política apresentada e repassada para todos para que o Estado possa subsistir. Compreendendo que a maior parte da vida humana não perpassa na família nem na escola, e sim na cidade, tomando o estado como interesse pedagógico supremo.
Os sofistas e a democracia
Cabia aos Sofistas elaborar e legitimar um Ideal Democrático estimulando o direito ao exercício do poder, iniciando jovens na arte da oratória, instrumento indispensável na assembleia democrática, proporcionando maior participação em debates públicos. Qualidades adquiridas pelo ensino seriam necessárias à justiça. Qualidades estas, próprias do cidadão, a prudência, a piedade e a virtude como resultado de um aperfeiçoamento da Educação. Suas finalidades ultrapassavam o particular, tomando proporções universais, afinal, a sociedade Grega não separava a Filosofia da Política e da História.
Um homem segundo a Sofística participa efetivamente da Democracia, quando lhe é ensinado o raciocínio, além da argumentação e persuasão sempre em meio do “Logos”.
“A formação do cidadão, do zôon politikón, requer a educação da loquência”
Quando o homem é ensinado a falar, torna-se humano e político. Dominando a palavra é concedido a ele o poder de dominar os outros por meio das palavras.
A vida e a personalidade de Sócrates
Sócrates nasceu em Atenas (470/460 a.C.) Era filho de Sofronisco, um escultor, e Fenarete, uma parteira. Por não ter deixado nada escrito, teve suas ideias divulgadas por dois de seus principais discípulos, Xenofonte e Platão. Em decorrência desta falta de suas obras, não é comprovada a autoria de Graças Vestidas, ou mesmo, que tenha sido pai. Porém, segundo depoimentos de seus discípulos, era casado com Xantipa, com quem teve três filhos. Sócrates viver sempre em Atenas, sendo um cidadão exemplar, de extrema coragem manifestada nas guerras, característica refletida também em sua personalidade, tinha total domínio sobre si, tinha simplicidade e modéstia essas eram suas principais virtudes.
Um homem de aparência feia, olhos esbugalhados, nariz achatado, barriga saliente, no entanto, de alma bela.
Ensinamentos filosóficos
Em seus ensinamentos Sócrates nada tinha de Dogmática, e consistia na procura em comum. Em suma, dedicou-se a decifrar, interrogar, perguntar, fazendo do diálogo o método da filosofia.
“Conhece-te a ti mesmo”; Essa tornou-se a máxima principal do pensamento de Sócrates, esclarecendo que não são as riquezas que trazem a virtude, mas que é da virtude que provém as riquezas.
Seus ensinamentos atraíam inimizades quando pressupunha que quem julgava tudo saber, afinal, nada sabia. Seus interlocutores, importantes e sempre vaidosos, sentiam-se humilhados e ridicularizados ao confessar que não sabiam o que não podiam deixar de saber. Suas indagações procuravam mostrar que mesmo com muito estudo e conhecimento, ainda ha muito o que saber, e não há um saber completo de tudo que existe, e só nos tornaríamos capazes de saber, a partir do momento em que ficarmos sabendo que não sabemos.
O problema e a missão de Sócrates
Seus maiores problemas segundo o próprio filósofo começaram assistidos por um “demônio”, uma voz que o afastava do mal. Essa afirmação deu abertura a inúmeras interpretações e acusações culminadas em um processo movido contra ele.
Essa voz o fazia refletir e a ouvir-se,
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