Sócrates, Platão; E A Ameaça Dos Sofistas Atuais
Artigo: Sócrates, Platão; E A Ameaça Dos Sofistas Atuais. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: ArmandoLP • 4/10/2013 • 8.826 Palavras (36 Páginas) • 385 Visualizações
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Sócrates, Platão; e a ameaça dos sofistas atuais.
1 - Resumo
O Pensamento Clássico mantém-se incólume, mas as investidas sofistas tendem a assediar princípios fundamentais que precisam de defensores a altura dos Construtores do Saber.
Ainda vale considerar as idéias dos Filósofos da antiguidade confrontadas com as proposições sofistas de sua Era, e com os sofismas impregnados nas Teorias atuais, ponderando sobre a fragilidade do mundo ante as distorções do propósito das Teorias Científicas como ocorre com a “evolução das espécies” de Darwin; e de outros possíveis sofismas que podem surgir num mundo em que o Pensamento inclusive está banalizado, como por exemplo, uma possível teoria da “química da criação” que desvirtuaria o axioma de Lavoisier de que: “NA NATUREZA... TUDO SE TRANSFORMA”.
Não tenciona esta obra esgotar a questão; muito menos apresentar um novo tratado filosófico. Sim uma proposta, em linguagem acessível para um universo abrangente de leitores, de reflexão pela qual é possível pensar como a mente humana é frágil e vulnerável a idéias infundadas como aquelas que atingiram o Pensamento Filosófico em tempos remotos, independentemente da Época em que vivermos. Fato este que por si só põe em discussão o caráter que vem sendo atribuído atualmente à ‘linha do tempo’ ou o ‘tempo cronológico’ como agente absoluto da ‘evolução das espécies’.
Quanto ao pensamento prático ou pragmático dos Pensadores da Antiguidade, vale considerar sobre a Forma de Organização Social Humana - Estado e Governo - preconizado por sua Filosofia; sua crítica aos modelos de seu tempo; e a utilidade desses Pensamentos, se sua oposição, do ponto de vista inconteste, prevalecesse em nossos dias, como o célebre vergaste de Sócrates e de Platão à utopia do ‘governo de todos' que hoje atende pela alcunha de “sistema democrático" e que denuncia a urgência que o mundo atual também precisa ser defendido - senão resgatado! - de assédios contra O Pensamento, considerando que este, como nos antigos tempos, vem sendo assolado por propostas sócio-políticas inclusive, pretensamente milagrosas que expõem extensas áreas da Terra à mesma proposta de "democracia absolutista" - que na Grécia Antiga, tal como o é hoje em dia, 'encobertou' crimes do nível - em verdade, do 'desnível' - da condenação de Sócrates em pleno 'berço da Sabedoria'. Crime que envergonha a Humanidade até Hoje. E tudo isso sob as 'asas' da utopia da democracia absoluta, sob o pretexto de 'fugir da tirania que rouba a humanidade da Humanidade'.
Entrementes, no desenvolvimento de cada consideração há analogias sobre as idéias e ideais, atos daqueles Personagens históricos, confrontadas com o Pensamento de outros de intrépido caráter como Paulo (o Personagem das Escrituras Sagradas) - sendo que a História deles pode ser vista como intrigantes vaticínios para os nossos dias carentes de formadores de Opinião que compartilhem os Princípios com a Imparcialidade defendidos pelos grandes homens do passado, expressos na "autonomia do Pensamento: 'só sei que nada sei' de Sócrates; e 'aquele que diz que sabe, ainda não sabe como convém saber' resgatando Referências Fundamentais perdidas no Tempo, haja vista o Homem vem ignorando os Alicerces ou Fundamentos estabelecidos por eles; e "ultimamente vem se perdendo em fundamentos frágeis, que lembra-nos a expressão 'construindo sobre areia'.
2 - SÓCRATES
2.1 Resumo biográfico:
Sócrates - 470-399 a.C, Atenas - foi o filósofo grego considerado de maior expressão do século V a.C. e também o maior Mártir da Ciência Político-Social – na Astronomia, mais tarde Bruno Giordano - que o mundo já conheceu. Estava sempre disposto ao serviço do Estado. Casou-se tarde com Xantipa que gerou três filhos seus. Condenado à morte por envenenamento provocado por cicuta-da-europa (uma erva que produz substância letal imediata), não aceitou fugir de Atenas. Preferiu aguardar seu Julgamento.
Teve oportunidade de fugir da Pena, mas deixou se cumprir nele, resignadamente, porém com galhardia a sentença que lhe infligiram os juízes de Atenas por causa dos pressupostos filosóficos que defendia, e que segundo os poderes políticos daquela cidade-estado ameaçavam o Sistema.
Sobre a sua facúndia, é tradição dizer que o oráculo de Delfos o considerava o mais sábio dos gregos. Mas ele, sabiamente, dizia: “só sei que nada sei”. E atribuía – infere-se que fizesse isso por ironia - suas virtudes a um demônio* (daimon) – ver o asterisco no item 2.4.
A Literatura antiga o registra como ‘o mais reto e incorruptível entre os homens’. Platão e Xenofonte concordavam que Sócrates foi astrônomo; e geômetra. Mas este discordava de Platão de que ele teria sido também escultor. A idéia de que foi astrônomo deve-se a Obra “nuvens” de autoria de Aristófanes dedicada ao filósofo.
Amava sua cidade (Atenas). Nunca se afastava dela. Mesmo ante aos apelos de Tritão e seus planos de fuga à sua sentença, recusou deixá-la. Não lhe parecia bem infligir à lei, dizia. Permaneceu até o fim, em399 a.C quando tomou do 'cálice fatal'.
Quanto à origem da sua excelente sapiência, são raros os registros que mencionam pessoas que o influenciaram. A Literatura cita Ion de Quios, Arquelau através do discípulo deste, Anaxágoras.
2.2 O Pensamento de Sócrates; sua crítica ao Sistema Político-religioso de Atenas.
Para Sócrates a finalidade da Filosofia deveria ser o autoconhecimento (o conhecimento de si próprio). Sua expressão célebre e histórica “conhece-te a ti mesmo (Gnóthi se autón)” foi essa a essência de seu Pensamento; e o Objeto que idealizava à Filosofia.
Através do método que usou para expressar seu pensamento, Sócrates trouxe um novo sentido à Filosofia. Ele estimulava e induzia seus ouvintes a pensar - principalmente jovens que o procuravam - usando perguntas de alto nível retórico que aguçavam a mente levando-os à reflexão principalmente dos próprios atos.
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