Thomas Kuhn - Sintese
Por: Márcio M. • 21/4/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 730 Palavras (3 Páginas) • 313 Visualizações
Síntese do Livro: A Estrutura Das Revoluções Científicas, de Thomas Kuhn.
Esta obra retrata as fases, os métodos, novos conceitos (como Ciência Normal, anomalia e outros) para se chegar a uma Revolução Científica.
Considerando-se o modelo epistemológico de Kuhn, percebe-se que as fases são divididas em: Ciência pré-paradigmática, Ciência Normal, Anomalia, Crise, Ciência Extraordinária, Revolução Científica e Novo Paradigma. Simplificadamente, nesta ordem, essas fases interagem de forma cíclica.
A fase pré-paradigmática se caracteriza por um período de ampla divergência, onde não há um padrão de métodos, regras ou princípios teóricos, reina o princípio da incerteza, sendo pré-condição para a construção da ciência normal. Com o tempo, o modelo que tiver persuadido mais pessoas, com mais comprovações, será classificado como o paradigma vigente(dominante), dando início a fase da ciência normal.
A ciência normal apresenta soluções para os problemas surgidos, utilizando-se de suas leis e teorias (de forma cumulativa) para agir em conformidade com o paradigma vigente. Ela busca consolidar, reafirmar o paradigma e não fazer descobertas como muitos imaginam, estas por sua vez ocorrem por acaso. É importante ressaltar que o cientista nunca critica o paradigma, como também não busca um novo paradigma. Os problemas da ciência normal são tidos como quebra-cabeças e o trabalho do cientista é resolvê-los.
O quebra-cabeça tem uma solução possível e prevista, ou seja, têm se todas as peças, sabe onde chegar, e o único trabalho, é o caminho para se chegar ao resultado final. Da mesma forma ocorre com a ciência normal, o paradigma fornece aos cientistas o resultado esperado e as ferramentas para se chegar a esses resultados, basta ao cientista saber chegar a estes seguindo as regras impostas pelo paradigma.
Um conceito bem abordado também é a anomalia, cujo termo expressa uma questão que não pode ser respondível dentro do paradigma, é portanto, o contrário de quebra-cabeça, que é respondível no paradigma. Para os cientistas anomalias não existem, eles continuam tratando aquilo como se fossem quebra-cabeças.
Quando a ciência normal não consegue explicar ou solucionar uma anomalia, esta entra em estado de crise, às vezes entra em apenas uma área, às vezes em toda uma escola da ciência normal, questiona-se todas as respostas, os padrões e os caminhos até agora. Sucintamente, às respostas a crise pode-se dá de quatro formas pelos cientistas: resolver o problema dentro do paradigma como um quebra-cabeça, ou “engavetar “o problema, crendo que futuramente, alguém mais inteligente e com ferramentas mais desenvolvidas solucionará o problema. Ou também, dar uma solução ad hoc (solução criada através de outros caminhos para não abandonar o paradigma). Ou por fim, tratando o problema como quebra- cabeça, quando na verdade trata-se de uma anomalia, caso o cientista foque nesta, pode desencadear uma crise. Porém nem sempre, uma questão de difícil resolução leva a uma crise. Os cientistas aplicará as regras da ciência normal para solucioná-lo, caso não resolvam, este problema (anomalia), atrairá a atenção de grandes cientistas, onde a ciência passará a funcionar de maneira não usual, o que chamamos de ciência extraordinária.
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