Trabalho e Filosofia
Por: Augusto Said • 18/6/2017 • Trabalho acadêmico • 2.630 Palavras (11 Páginas) • 387 Visualizações
INTRODUÇÃO
Friedrich Nietzsche, realizou uma crítica radical e impiedosa da tradição filosófica e dos valores fundamentais da civilização ocidental, construindo um pensamento diferente e original, uma filosofia a golpes de martelo, como ele mesmo a definiu. Junto com Marx e Freud, foi classificado como um dos três mestres da suspeita pelo filósofo francês Paul Ricoeur. Pela influência que teve sobre pensadores das filosofias da existência, é considerado um pré-existencialista por vários historiadores da filosofia.
Em construção a esse trabalho, onde sua finalidade será conceituar através de outros filósofos contemporâneos como, Deleuze, trabalhamos ideias Nietzschiana, onde explicamos o que vai ser Moral, e a Liberdade para o pensador, e fazendo uma genealogia, através de obras onde em muitas das vezes suas críticas se voltam principalmente ao cristianismo, em muitas vezes destacamos a crítica que o autor defendeu, que tudo o que o mundo inclui ou pode incluir é inevitavelmente dependente do sujeito e não existente senão para o sujeito. O mundo é portanto representação, como um autor fascinado por obras de Schopenhauer. Nessa ``GENEALOGIA`` Nietzsche, posteriormente desenvolve a crítica a valores morais, situada nesse trabalho, nessa abordagem sua conclusão de que o bem e o mal não constituem noções absolutas, no entendimento de que as concepções morais são elaboradas pelos seres humanos a partir dos interesses humanos.
Em busca da liberdade, Nietzsche denuncia a existência de uma moral de rebanho, na civilização cristã e burguesa, pois essa moral estaria baseada na submissão irrefletida e acomodada de grande parte das pessoas aos valores dominantes.
Nietzsche, portanto indica que se cada pessoa compreender que os valores presentes em sua vida são construções humanas, estará no dever de refletir sobre suas concepções morais e questionar o valor de seus valores, enfrentando o desafio de viver por sua própria conta e risco.
2. TEMA: Moral e liberdade na filosofia de Nietzsche
3. PROBLEMA: A moral pode ser um obstáculo para a vivência da liberdade no pensamento de Nietzsche?
4. HIPÓTESES: Através de uma leitura das obras de Nietzsche, se busca compreender os conceitos liberdade, moral, para perscrutar a possibilidade de buscar uma maior liberdade.
5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
5.1. Mostrar a crença na verdade vinda do ocidente como princípio moral.
5.2. Expor as críticas à moral que condicionam o humano.
5.3. Chegar a liberdade humana sendo um agente ético.
6. JUSTIFICATIVA
Na perspectiva de resgate das configurações morais que se efetivaram ao longo da história, buscando determinar o próprio valor da moral, caracteriza o empreendimento teórico de Nietzsche, “percorrer de alguma maneira com novos olhos, pondo questões inteiramente novas ao vasto e longínquo país escondido da moral- a moral que verdadeiramente existiu, que foi realmente vivida: não se tratava, com isso, por assim dizer, de descobrir esse país?”(NIETZSCHE.p.17) filósofo alemão, desse modo, retiraria as máscaras que encobriam sempre o sentido e o valor da moral pela própria exclusão e seu exame.
A análise nietzschiana centra-se na interpretação, pois não existem fatos morais, apenas interpretações que são tomadas pela tradição como fatos. Há de se resgatar os símbolos tomando-os como interpretações essenciais, e excluindo, assim, a validade incondicional de uma construção que impõe ao ser, ao conhecer e ao agir um fundamento absoluto.
O único fundamento existente é o ato de fundar, impor, valorar: apreciar ou depreciar a vida. Para atingir a compreensão do valor como algo demasiado humano, faz-se necessário percorrer a história. Nietzsche procede a uma releitura da história da moral da moral, buscando descriar a ação de costumes o modo de estabelecimento do valor, recorrendo, assim, à filologia e a história como procedimentos norteadores que viabilizam desconstruir a interpretação da tradição.
Nietzsche foi um grande entusiasta da liberdade. Para ele ser livre é ser autêntico sem influências de nenhuma ordem. O homem livre. Para ele é aquele que tem condições de estabelecer seus próprios valores. A liberdade em Nietzsche é fundada na essência humana, de forma artística e criativa. O homem livre é aquele que se desprende dos moldes e se volta para si, se identifica e se lança a vida com todas as suas nuances, sejam elas bela.
7. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Friedrich Nietzsche, nascido em 1844 no seio de uma família protestante, teve sua educação muito influenciada por essa doutrina, na adolescência entra em contato com o escritos de Schiller, Hölderlin e Byron, leituras que o afastaram do cristianismo, além dos clássicos Platão e Ésquilo, também decisivos na formação filosófica. Conhecido sobretudo por filosofar a golpes de martelo, desafiar normas e destituir ídolos, Nietzsche, um dos pensadores mais controvertidos de nosso tempo, deixou algumas obras polêmica, que continua no centro da discussão filosófica. Com isso, nesse trabalho, através da análise de algumas de suas obras, entre elas, destacaremos “Gaia Ciência” e “Genealogia da Moral”, responderemos algumas clássicas perguntas sobre moral, “As diferenciações morais de valores nasceram, seja sob uma espécie dominante?”. (NIETZSCHE, p.260). Questões que em seu tempo, se tornam verdadeiras críticas ao cristianismo, interpretam então, obras de Nietzsche, com um amplo olhar filosófico. Importante iniciar conceituando algumas de suas ideias, para melhor compreensão. O que é genealogia? A genealogia se nos apresenta, inicialmente, em dois sentidos, aparentemente contraditórios ou incompatíveis. Ela é uma metodologia, método de interpretação, um procedimento ou uma explicação, uma história enquanto relato, uma disciplina, uma modalidade de conhecimento histórico. Enquanto metodologia, a genealogia pode ser considerada em tese, quando estabelece princípios e métodos de interpretação, os quais se encontram, por exemplo, no Prólogo da Genealogia da moral de forma concentrada e de modo difuso ao longo de toda a obra; e pode ser considerada em uso.
Genealogia quer dizer ao mesmo tempo valor da origem e origem dos valores. Genealogia se opões ao caráter absoluto dos valores tanto quanto a seu caráter relativo ou utilitário. Genealogia significa o elemento diferencial dos valores do qual decorre o valor destes. Genealogia quer dizer por tanto, origem ou nascimento, mas também diferença ou distância na origem. (DELEUZE.1970.p.02)
Quando da aplicação daqueles princípios e métodos na prática, referidos a um objeto determinado, que pode ser mais amplo, como a moral, ou mais restrito, a exemplo do castigo. Mas a genealogia é também uma filosofia da história, uma concepção filosófica específica que admite que há na história um sentido, distinto daquele que a tradição concebeu, mas que é ainda um sentido, uma direção. Os aspectos metodológico e propriamente filosófico da genealogia se relacionam de modo a haver uma circularidade entre o método de pesquisa da história e a história que é conhecida por este método.
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