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UMA BREVE ANÁLISE DA HIPOCRISIA DOS DISCURSOS ÉTICO-MORAIS DOS “CRISTÃOS” MODERNOS E CONTEMPORÂNEOS A PARTIR DE A GAIA CIÊNCIA DE NIETZSCHE

Por:   •  24/6/2022  •  Ensaio  •  983 Palavras (4 Páginas)  •  111 Visualizações

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UMA BREVE ANÁLISE DA HIPOCRISIA DOS DISCURSOS ÉTICO-MORAIS DOS “CRISTÃOS” MODERNOS E CONTEMPORÂNEOS A PARTIR DE A GAIA CIÊNCIA DE NIETZSCHE

Bartolomeu dos Santos Costa[1]

Observou Nietzsche, quando falava do cristianismo ou da religiosidade cristã moderna, o paradoxo existente entre a fala e as ações dos cristãos de sua época, ou seja, tal como os fariseus do tempo de Jesus, a maioria dos cristãos modernos viviam de forma que suas práticas não condiziam com suas palavras e nem com o evangelho. Para Nietzsche, a coisa estava tão horrenda que ele chega a afirmar que Deus está morto, ou seja, os próprios cristãos mataram Deus nas suas vidas e na vida daqueles que os rodeiam, que os ouvem.

As bases ou motivos que levaram o Filósofo a fazer tal análise e afirmação não são muito diferentes dos motivos que teria hoje caso vivesse nos nossos dias, aliás, fico imaginando o que diria Nietzsche sobre os dias de hoje, com certeza seria tido como subversivo, imoral etc., sobretudo, porque sua forma de falar era de difícil interpretação e por isso de difícil compreensão, mas fico imaginando o que ele falaria se visse o desastre, a bomba atômica de hipocrisia existente no meio cristão hoje, jamais vistos antes na história.

Para Nietzsche, a igreja e seus ritos, a ética, a moral, a religião e a crença em seus valores, nos valores e nas verdades cristãs e no bem, estavam se extinguindo cada vez mais pela secularização da civilização e isso caracteriza “a morte de Deus” e me atrevo a afirmar como antes, que em Nietzsche, “Deus está morto” pela hipocrisia latente na vida da grande maioria dos cristãos, ou seja, os cristãos mataram Deus.

Um dos pontos em que percebemos essa hipocrisia e paradoxo em relação ao que afirma e ao que pratica a maioria dos cristãs, são os escândalos claros, nítidos de algumas práticas daqueles que são vistos como maiores lideres religiosos do nosso país, nesses escândalos aparecem vídeos de líderes caçoando da fé que percebe-se que são muito mais ateus do que Nietzsche, do que os ateus assumidos, que só usam a Bíblia para se promoverem e enriquecerem ás custas dos trabalhos dos fiéis.

Esses líderes falam sobre misericórdia e comportamentos e suas práticas, que também aparecem publicamente até em vídeos como já falei acima, são totalmente ao contrário. Pregam uma vida sem luxo e vivem em suas mansões bancadas pelos fiéis, que na sua grande, vivem em ambientes suburbanos sem ter muitas vezes nem o que comer e ainda são obrigados pelos discursos persuasivos e ferozes de seus líderes a ofertarem, dizimarem e investirem nas suas igrejas, ou seja, nos seus padrões de vida luxuosos. Esses irmãos, muitas vezes, a única renda que tem é o bolsa família.

Um dos pontos em que essa hipocrisia aparece por parte de muitos cristãos é na política, isso ficou muito nítido no atual momento político do Brasil. Muitos lideres religiosos e não religiosos, nesse momento, a saber, nas eleições de 2018, assumiram o discurso religioso e moralista do atual presidente Jair messias Bolsonaro, no entanto, com o passar do tempo do governo, como já esperado, a maiorias das lideranças e não lideranças políticas que assumiram o discurso ético e moralista cristão, desembocaram em grandes escândalos de corrupção, evidenciando assim, o real propósito que estava por trás do discurso hipócrita durante a campanha, a saber, benefícios próprios em detrimento de outros.

No entanto, o discurso e práticas hipócritas não estão presentes exclusivamente entre os grandes das diversas áreas da população como empresários, lideres religiosos, lideres políticos, entre outros. Esses discursos hipócritas estão presentes nas narrativas da maioria da população cristã e evidencia-se claramente em suas práticas.

Pessoas que vivem diretamente presas em um plano, em um mundo transcendental de práticas espirituais, oração, jejum acompanhados de um discurso de amor ao próximo que dissolvem-se em suas práticas, pois não vivem o amor que tanto falam e pregam, maltratam mendigos, falam mal da vida alheia, brigam e fazem barracos ao público na rua, ficam intrigadas (sem se falar) com vizinhos, podendo não atendem àqueles que precisam, sem falar nos inúmeros escândalos de traição que envolvem pastores e mulheres casadas, pastoras e irmãos casados, irmãos casados com irmãs casadas.

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