UMA BREVE HISTÓRIA SOBRE ARISTÓTELES E A ALMA
Por: Izabela Aguiar • 26/8/2016 • Trabalho acadêmico • 605 Palavras (3 Páginas) • 364 Visualizações
UMA BREVE HISTÓRIA SOBRE ARISTÓTELES E A ALMA
Um certo dia, Aristóteles curioso se perguntou: O que dava vida aos seres animados e inanimados?
Decidiu então, que ia descobrir o que era o princípio da vida. A partir daí ele passou a investigar todos os seres da terra. E concluiu que o princípio da vida era a alma. No tratado da alma, Aristóteles estuda as diversas atividades dos seres viventes: nutrição, movimento local, sensação e intelecto. Segundo Aristóteles, o princípio que dá vida aos seres animados, a alma, possui faculdades, algumas criaturas animadas possuem todas as faculdades, outras algumas, e outras ainda, apenas uma. As faculdades da alma são:
Vegetativa (nutrição) – responsável pelas funções biológicas, como nutrição, crescimento e geração. O ser vivo precisa do alimento para subsistir. É uma necessidade para que o ser se conserve e reproduza-se. A alimentação é o que produz a energia que nutre os seres, para que aconteça o ato de alimentar-se, é preciso que o ser seja provido de vida. A alma nutritiva pertence tanto ao homem como aos outros seres vivos, sendo a primeira e mais comum das faculdades da alma, através dela pode a vida ser concedida a todos os seres animados, sendo a suas funções respectivamente geração e nutrição.
Sensitiva/desiderativa – presente só nos animais. Ela comporta todos os cinco sentidos: a percepção dos objetos se dá pelos órgãos dos sentidos (visão, audição, olfato, paladar). Coordena os movimentos corporais, responsável pelas sensações.
Intelectiva – Para Aristóteles, somente o homem é dotado, pois somente ele tem a capacidade de conhecer. O intelecto é “aquela parte da alma que permite conhecer e pensar”. Capacidade de pensar discursivamente, elaborar teorias, e pensar em explicações. Capacidade de formar juízos sobre a realidade.
Aristóteles, no tratado da alma, desenvolve uma teoria do conhecimento, a partir da investigação acerca da alma.
Todo ser vivo tem só uma alma, ainda que haja nele funções diversas, faculdades diversas, porquanto se dão atos diversos.
A alma é para o corpo causa e princípio. É princípio de movimento. É aquela coisa devido à qual vivemos, sentimos e pensamos.
A alma é, portanto, o ato de um corpo que tem vida em potência.
Entre os corpos naturais, uns possuem vida, enquanto que, outros não. A vida a que me refiro consiste na capacidade de se alimentar a si próprio, no crescimento e no ato de morrer.
É, pois, este aquele princípio pelo qual todas as coisas podem viver, sendo, no entanto, a primeira característica de um animal a sensação; embora em relação aquelas coisas que não se movem do seu lugar, e que, contudo, possuem sensação, possamos chamar-lhes criaturas vivas, não dizemos, no entanto, que vivem.
Assim como pupila e vista podem formar um olho, neste caso, alma e corpo formarão do mesmo modo um ser animado. Se um olho fosse um animal, a visão seria consequentemente a alma, sendo esta a substância do olho e que corresponde ao seu princípio. Com efeito, assim, constitui o olho a matéria da vista, e desaparecendo esta, já não poderá ser olho.
Não pode o corpo separado da alma viver por si mesmo.
A vida é precisamente aquilo que pode distinguir o animado daquilo que não é animado. Pode-se dizer que algo está vivo, se nela se verificar existir uma das seguintes coisas: mente, sensação, movimento e repouso no seu lugar, além do movimento implícito na atividade da nutrição e desenvolvimento.
A primeira característica de um animal é a sensação, embora em relação aquelas coisas que não se movem, ou que não podem mover-se do seu lugar, e que, contudo, possuem sensação, possamos chamar-lhes criaturas vivas, não dizemos, no entanto, que vivem.
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