Virtuosismo platônico e socratismo
Artigo: Virtuosismo platônico e socratismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: JessicaSalazar • 16/2/2015 • Artigo • 734 Palavras (3 Páginas) • 874 Visualizações
4 PLATÃO: IDEALISMO, VIRTUDE E TRANSCENDÊNCIA ÉTICA
4.1 Virtuosismo platônico e socratismo
Platão (427-347 a. C.):
Fundador da Academia;
Foi o discípulo mais notável de Sócrates;
Autor de inúmeros diálogos, dentre os quais Fedro e República;
A principal parte das premissas socráticas desembocou diretamente no pensamento platônico: a verdade é conhecimento; o vício existe em função da ignorância.
A filosofia em Platão segue uma orientação ética: ensina o homem a desprezar
os prazeres,
as riquezas e
as honras.
A finalidade do homem em Platão é:
procurar transcender a realidade;
procurar um bem superior em relação àquele que perdeu.
Para se atingir este bem, o homem necessita viver numa "cidade perfeita" – A República.
O homem mais feliz é o justo; bem mais do que o injusto mesmo que este esteja num mar de delícias.
Em A República e em Fédon, Platão ensina que, para se conseguir a felicidade o ser humano deve:,
renunciar aos prazeres e às riquezas e
dedicar-se à prática da virtude.
Em Platão, os conceitos de felicidade e justiça caminham juntos:
Felicidade é: cada um seguir sua própria natureza;
Justiça é: fazer aquilo que é próprio de cada um.
Este paralelo traçado entre os dois conceitos se concretiza dentro de A República ao estruturar sua cidade utópica.
Platão, no início de A República, fala sobre a justiça.
Sócrates, personagem principal do diálogo, busca uma definição para justiça ou para o justo.
Qual dessas atitudes cabe melhor ao cidadão:
o justo ou
o injusto, que tem vida melhor?
A conclusão que cabe melhor é a da vida do justo.
Para chegar a esta conclusão, Glauco conta a lenda do Anel de Giges: Um homem através do poder do anel poderia adquirir quase tudo o que desejasse, mas não possuiria o sentimento de justiça e, por isso, viveria com desculpas inúteis tentando sustentar uma situação que não é própria dele.
A república platônica prevê um Estado que não é uma forma de governo aristocrata ou um governo eleito pela maioria.
A forma de governo ideal seria aquela em que o poder é confiado aos mais inteligentes, aos filósofos.
Seria, portanto, uma sofocracia (governo de sábios).
Como Platão mesmo afirma, "é preciso que os filósofos se tornem reis ou que os reis se tornem filósofos".
Com essa discussão, Platão chega à seguinte conclusão:
Se a justiça é a base para todas as virtudes, o sábio é uma pessoa virtuosa, logo o sábio deve ser, por excelência, alguém justo.
A alma humana possuí três virtudes:
a temperança,
a coragem e
a sabedoria.
A
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