Ètica a Nicomaco - Análise
Por: Bruno Andrey De Souza • 12/9/2017 • Dissertação • 392 Palavras (2 Páginas) • 174 Visualizações
Aristóteles estabelece uma reflexão sobre as virtudes, tanto intelectuais como morais, e determina que a natureza nos gera a capacidade de recebê-las e que essa capacidade é aperfeiçoada com o hábito. Logo, aprendemo-las fazendo. O autor também exemplifica com as cidades-estados, quando o povo tem bons legisladores que lhes incutem bons hábitos, tendem a ser bons e dessa mesma maneira diz que as pessoas tendem a serem boas ou más de acordo com seus hábitos e pelos que lhes incutem bons ou maus hábitos. Logo as disposições morais nascem de atividades semelhantes a elas e desta forma devemos estar atentos para com a qualidade dos atos que praticamos.
Com o decorrer do texto, fica claro que o sentimento que nos sobrevêm aos atos são indicativos de nossas disposições morais. Logo a excelência moral se relaciona com prazer e sofrimento, pois o prazer nos faz praticar as ações e o sofrimento faz com que deixemos de praticá-las. Aristóteles ainda cita Platão, que diz que desde crianças deveríamos ser educados nos deleitarmos e sofrermos com as coisas certas e que esta seria a educação correta.
Aristóteles divide a alma em três partes: paixões, faculdades e disposições. Assume que a virtude deva fazer parte de uma dessas três espécies de coisas e a descreve como disposição e descreve as disposições como nossa posição em relação às paixões é boa ou má.
A virtude é, então, uma disposição de caráter relacionada à escolha de ações e paixões e consistente numa mediana que relativa à nós e é determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática, salvo exceções que implicam maldade.
Aristóteles, desta maneira, explicou que virtude é um meio termo entre vícios e falta e que por sua natureza busca a mediana nas paixões e nos atos e que primeiro deve-se escolher por se afastar do que lhe é mais contrário.
Fica claro, então, pelo exposto, que em todas as coisas o meio termo é digno de ser louvado, mas que algumas vezes devemos nos inclinar ao excesso e outras ao caminho da falta, pois assim chegaremos mais facilmente ao meio termo e ao que é certo.
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