Ênfase: pessoas
Resenha: Ênfase: pessoas. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 9/10/2013 • Resenha • 981 Palavras (4 Páginas) • 481 Visualizações
Ênfase: pessoas
A Teoria das Relações Humanas, surgiu nos estados unidos como conseqüência
imediata das conclusões obtidas na Experiência em Hawthorne, desenvolvida por
Elton Mayo e seus colaboradores. Foi basicamente um movimento de reação e de
oposição à Teoria Clássica da Administração.
A origem da Teoria das Relações Humanas são:
1- A necessidade de humanizar e democratizar a administração, libertando-a dos
conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos
padrões de vida do povo americano.
2- O desenvolvimento das chamadas ciências humanas, principalmente a psicologia
e a sociologia.
3- As idéias da filosofia pragmática de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt
Lewin foram capitais para o humanismo na administração.
4- 5As conclusões da Experiência em Hawthorne, desenvolvida entre 1927 e 1932,
sob a coordenação de Elton Mayo.
Os estudos em Hawthorne de Elton George Mayo (1880-1949)
A Western Eletric era uma companhia norte-americana que fabricava equipamentos
para empresas telefônicas. A empresa sempre se caracterizara pela preocupação com
o bem estar de seus funcionários, o que lhe proporcionava um clima constantemente
sadio de relações industriais. Durante mais de 20 anos não se constatara nenhuma
greve ou manifestação. Um diagnostico preliminar nos diria que o moral na companhia
era alto e os funcionários confiavam na competência de seus administradores.
No período entre 1927 e 1932 foram realizadas pesquisas em uma das fábricas da
2
Western Electric Company, localizada em Hawthorne, distrito de Chicago. A fabrica
contava com cerca de 40 mil empregados e as experiências realizadas visavam
detectar de que modo fatores ambientais - como a iluminação do ambiente de
trabalho- influenciavam a produtividade dos trabalhadores.
As experiências foram realizadas por um comitê constituído por três membros da
empresa pesquisada e quatro representantes da Escola de Administração de
Empresas de Harvard.
Em 1924, com a colaboração do Conselho Nacional de Pesquisas, iniciara na fábrica
de Hawthorne uma série de estudos para determinar uma possível relação entre a
intensidade da iluminação do ambiente de trabalho e a eficiência dos trabalhadores,
medida pelos níveis de produção alcançados. Esta experiência que se tornaria
famosa, foi coordenada por Elton Mayo, e logo se estendeu ao estudo da fadiga, dos
acidentes no trabalho, da rotação de pessoal e do efeito das condições físicas de
trabalho sobre a produtividade dos empregados.
Entretanto a tentativa foi frustada, os pesquisadores não conseguiram provar a
existência de qualquer relação simples entre a intensidade de iluminação e o ritmo de
produção. Reduziu-se a iluminação na sala experimental. Esperava-se uma queda na
produção, mas o resultado foi o oposto, a produção na verdade aumentou.
Os pesquisadores verificaram que os resultados da experiência eram prejudicados por
variáveis de natureza psicológica. Tentaram eliminar ou neutralizar o fator psicológico,
então estranho e impertinente, razão pela qual a experiência prolongou-se até 1932,
quando foi suspensa em razão da crise econômica de 1929.
Os estudos básicos efetuados por Mayo e seu grupo tiveram três fases:
• Sala de provas de montagem de Relés
• Programa de Entrevista
• Sala de observações da montagem de terminais
Sala de Provas de Montagem de Relés
A primeira experiência que contou com a participação da equipe de Harvard, teve
inicio em 1927, e foi denominada Sala de Provas de Montagem de Relés. Sua
finalidade era realizar um estudo da fadiga no trabalho, e dos efeitos gerados por
mudanças de horários ou introdução de intervalos de descanso no período de
trabalho.
Foram selecionadas para a experiência seis moças (cinco montadoras e uma
fornecedora de material) que trabalhavam no departamento de montagem dos relés de
telefone, já que neste departamento haviam sido constatadas ligeiras modificações
nos ritmos de produção de peças. A função das funcionárias era colocar bobinas,
armaduras, molas de contato e isolantes elétricos numa base mantida por quatro
parafusos. Sua medida de produção era de cinco relés em 6 minutos e o trabalho era
realizado de forma contínua.
A ênfase dada pelos pesquisadores estava em se manter o ritmo de produção,
controlando com maior exatidão algumas condições físicas, como temperatura,
umidade da sala, duração do sono na noite anterior, alimentos ingeridos etc. Para isso,
eles acreditavam que seria necessário isolar a influência do fator psicológico, e isso só
seria possível com a colaboração das funcionárias, que não deveriam alterar seu ritmo
de produção.
3
Período Duração
Semanas
Condições experimentais
1 2
Foi registrada a produção de cada operária ainda no seu
local original de serviço, sem que soubessem e estabelecida
a sua capacidade produtiva. 2.400 unidades por moça por
semana
2 5
Para verificar o efeito da mudança de local de trabalho, o
grupo experimental foi isolado na sala de provas, mantendo
as condições e o horário de trabalho normais e medindo-se a
produção
3 8
Fez-se uma modificação no sistema de pagamento, no qual
as moças eram pagas por tarefa em grupo, ou seja, seus
esforços repercutiam de forma direta no seu trabalho. Houve
um aumento de produção.
4 5
Marca o inicio da introdução de mudança direta no trabalho.
Introduziu um intervalo de cinco minutos de descanso no
meio da manhã e outro igual no meio da tarde. Houve
aumento da produção.
5 4 Os intervalos de descanso foram aumentados para dez
minutos cada. Houve aumento da produção.
6 4
Deram-se 3 intervalos de cinco minutos na manhã e outros
três à tarde. A produção não aumentou, e as moças
reclamavam da quebra de ritmo.
7 11
Passou-se novamente a dois intervalos de dez minutos, um
pela manhã e outro pela tarde, servindo um lanche leve em
um deles. Aumento de produção.
8 7
Com as mesmas condições do período anterior, o grupo
experimental passou a trabalhar somente até às 16:30 horas.
Houve um acentuado aumento de produção.
9 4 Reduziu a jornada para as 16 horas. A produção
permaneceu estacionária.
10 12 Voltou-se o trabalho para as 17 horas. A produção aumentou
bastante.
11 9
Estabeleceu-se uma semana de cinco dias, com o Sábado
livre. Verificou-se que a produção diária das moças continuou
a subir.
12 12
Voltou-se às mesmas condições do 3º período, tirando-se
todos os benefícios dados durante a experiência. Verificou-se
que a produção diária e semanal atingiu um índice jamais
alcançado anteriormente 3.000 unidades semanais por
moça.
Conclusões
• As moças alegavam gostar de trabalhar na sala de provas, porque era divertido e
supervisão branda, lhes permitiam trabalhar com mais liberdade e menor
ansiedade.
• Havia um ambiente amistoso e sem pressões, a conversa era permitida,
aumentando a satisfação no trabalho.
• Não havia temor ao supervisor
4
• Houve um desenvolvimento social do grupo experimental. As moças faziam
amizades entre si e essas amizades estendiam-se para fora do trabalho. As moças
passaram a se preocupar umas com as outras. Tornaram-se uma equipe
...