A ESCOLA COMO ESPAÇO GEOGRÁFICO

A ESCOLA COMO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Guilherme Ruffato da Costa

Ao engajar no estágio pude observar a estrutura da escola sob outra perspectiva, focado na questão espacial, que al em do espaço físico se desdobra em espaço social e vivenciado, onde a mesma se divide em vários subespaços.

Ao entrar nas salas sala percebi de cara uma divisão do espaço, separado por classe social, sexo/gênero, ou localidade de moradia, seja mesmo bairro ou zona rural/urbana. A partir daí ocorrem as disputas pelo mesmo, seja para atrair a atenção da professora, ou para impor sua posição perante os demais.

A escola possui formato tradicional, 12 salas de aula, refeitório, quadra coberta, tudo como uma escola “normal”, as salas seguem o padrão, onde os alunos passam o período todo nela, e quem se desloca á o professor a cada tradicionais 50 minutos, ressaltando que há algumas vezes aulas mais dinamizadas, interativas, o que já é algo bom, pois nota-se uma tentativa de melhoria no processo de ensino. Uma vez ou outra algum professor leva os alunos para fora da sala, geralmente por conta do frio, ocorrendo uma aula ao ar livre. Por se tratar da única escola de Ensino Fundamental II e Ensino Médio, abriga todos os gêneros e classes de alunos, coincidindo às vezes até na mesma sala o do mais humilde ao mais abastado, fazendo com que haja uma interação mesmo que forçada entre eles. Nos intervalos pode -se ver agrupamentos mais elaborados que os observados em sala, dando destaque a grupos de alunos com as “caixinhas de som” disputando com outros grupos, quem tem mais potência sonora. O ritmo prevalece o funk, e com isso o que tem a música mais atual e mais alta chama mais atenção atraindo mais alunos ao redor, aumentando o grupo. Está aí a vitória de quem disputa esse espaço. Está aí algo que normalmente não é observado pela escola, a divisão dos espaços, a socialização que ocorre, acaba sendo por obrigação, e mesmo assim não ocorre de forma plena.

Como em todos os lugares do planeta, existem as diferenças, mas as mesmas não são tratadas como devido, podendo ser observadas atitudes preconceituosas entre alunos no cotidiano, as quais poderiam ser trabalhadas, com o intuito de serem minimizadas, e levadas para fora da escola, que a longo prazo poderá ser refletida na sociedade.

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