A Guerra do Contestado

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ

CURSO EM LICENCIATURA DE GEOGRAFIA

MAISA ALIONÇO

   Guerra do Contestado

Território

Trabalho solicitado para a disciplina de Geografia Econômica no curso de licenciatura em Geografia para a Me. Diane Gemelli

União da Vitoria/PR

2016

Após se completar 100 anos do início da Guerra do Contestado, é necessário entender as questões que levaram a disputa de território nos Estados de Santa Catarina e Paraná. Considerando isso, a ação entre poderes políticos gerou um grande um conflito em terras caboclas, mantido por fatores sociais, culturais, econômica e política, com esses fatores pode-se entender a formação territorial dos municípios abrangidos no Contestado.

        A formação territorial da região do Contestado foi envolvido pela ocupação da rede tropeira, limites entre o Paraná e Santa Catariana, onde ainda estavam sendo discutidas nas províncias sobre esse limite dos dois estados, território ocupado por caboclos com autonomia e liberdade em suas terras ou seja sem cobrança de impostos e um modo de vida mais simples.  Após o período colonial se tornar uma república no Estado brasileiro, o Contestado passou a dividir lucros para o governo central, com a construção de ferrovias e mudanças na infraestrutura. Essas mudanças na infraestrutura se deram diretamente no território caboclo, onde os rumos socioeconômicos mudaram na produção do gado, da erva-mate, com a criação das ferrovias e empresa de madeireira, delimitando a vida regional dos caboclos ali existentes. E trazidos sertanejos, não de suas vontades próprias, para a construção das ferrovias e extração da madeira.

        Com o apoio de coronéis - os grandes proprietários rurais com forças políticas – as ferrovias foram construídas por uma empresa norte-americana ligando o sudeste e Rio Grande do Sul, para a construção dessas ferrovias foram expulsos milhares de famílias camponesas, gerando desemprego e revolta, pois ficaram sem terras e não estavam registradas e sem ter para onde ir. A Guerra Civil camponesa trouxe tragédia, devastação nas riquezas da madeira e morte, pois os caboclos se juntaram para conquistar os seus territórios novamente.

A insatisfação popular ganhou força e reuniram se com milhares de camponeses sem terras para lutar contra a República e desestruturar as ações construídas, como seguidores do monge João Maria, um líder religioso de caráter messiânico. Com essa força dos rebeldes, defendendo os camponeses, o movimento preocupou o governo e mandou soldados e policiais para desarticular o movimento. E inicia se a guerra em 1912. Com armas, enxadas, facões, os rebeldes enfrentaram as forças militares e geraram milhares de mortos de caboclos. Entretanto o líder João Maria acabou morrendo, onde ficou conhecido como herói.

Levando em conta que as serrarias trazidas para a região do Contestado, fizeram os caboclos sair de suas casas para lutar pelos seus direitos. Com a revolta das construções, os caboclos atacam novamente as serrarias e os coronéis os enfrentaram brutamente os rebeldes e sertanejos os cercando e exterminando. O último chefe dos rebeldes foi preso e condenado, assim extinguindo o reduto dos rebeldes.

A Guerra Civil trouxeram grandes efeitos, a ausência dos povos nativos da região, do caboclo autentico, o contestado perdeu se e seus descendentes de caboclos e camponeses permanecem na pobreza. Com as ferrovias desativadas não gerando nenhuma economia para região e a madeira toda extraída.