A História da Agricultura
Por: Danilo Nogueira • 5/6/2018 • Trabalho acadêmico • 2.369 Palavras (10 Páginas) • 215 Visualizações
Introdução
Este trabalho visa compreender a formação histórica da Agricultura no Brasil e sua importância em âmbito mundial. Fatores como o solo, relevo, condições climáticas, impacto das plantações e áreas exploradas são alguns dos tópicos abordados durante o desenvolvimento.
Deve-se maior respaldo a região centro-oeste do território brasileiro, precisamente o Estado de Goiás, que compreende boa parte da sua economia interna advinda da agricultura, bem como da pecuária. Por se tratar de terras com solos e condições climáticas para a pratica da soja, milho e cana de açúcar, este estado tem grande importância no saldo final da balança comercial brasileira.
Trata-se também no texto a evolução do setor da agricultura, desde os tempos da consolidação da monocultura, espalhadas inicialmente no litoral brasileiro, que sustentaram por muitas décadas a economia do país. Ênfase nos impactos propiciados por esse tipo de prática como risco com doença ou pragas, retirada de vegetação nutritiva do solo, além da queda do preço do produto no mercado, colocando a cadeia produtiva regional em perigo.
Relata-se a grande mudança na linha de produção no país a partir do momento de industrialização, o incentivo do governo na exploração do território, estudos sobre o solo, investimentos em maquinas agrícolas de última geração, criação de órgãos fiscalizadores com o papel de colher os dados das safras cultivadas de várias culturas, e a multinacionalização do produto e de marcas que sustentam este setor.
A agricultura brasileira corresponde a uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB). Torna-se impossível viver e depender economicamente sem suas práticas, a cada ano registra-se recordes de exportações de diversas culturas, pode-se citar a soja e a laranja. Graças a terras férteis e clima favorável, o território foi dominado por essas atividades produzindo fatores positivos bem como os negativos que serão citados no decorrer desta pesquisa.
Histórico da Agricultura Brasileira
Deve-se a agricultura uma das principais vertentes econômicas e que mais trazem saldos para a balança comercial brasileira, afetando diretamente o Produto Interno Bruto (PIB). Com advento de maquinas agrícolas modernas, sistemas de irrigamento processados por controladores, o GPS, a utilização de aviões no bombeamento de água e germicidas, o conhecimento do relevo e do solo, propiciou a maximização das culturas plantadas bem como a qualidade do produto.
Desta forma, a agricultura mundial passou, a partir da segunda guerra mundial, por uma série de transformações decorrentes do processo de modernização, conhecida como Revolução Verde. A modernização consistiu na utilização de máquinas, insumos e técnicas produtivas que permitiram aumentar a produtividade do trabalho e da terra.
No Brasil, pode-se separar em dois blocos: a agricultura antiga e moderna. A primeira data-se da época pós-descobrimento, os próprios indígenas já plantavam como forma de subsistência. Com o adentramento do território brasileiro, várias culturas foram espalhadas, como a cana-de-açúcar no Nordeste, no Sul por emigrantes europeus, o cultivo do milho e da soja e na região Sudeste, a predominância do café.
Com a forte industrialização sofrido pelo país a partida da década de 70, e o melhor conhecimento regional do território, houve um estimulo por parte do governo na exploração de áreas para cultivo. Chega-se assim então a segunda fase, a era da agricultura moderna, a substituição de animais no arado, por tratores mais equipados, que fazem render mais a produção, os espaços de terras a serem utilizados aumentam, e a necessidade de mão de obra qualificada se torna preponderante.
Entende-se então, a criação de instituições responsáveis por fiscalizar essas terras e diversificar a produção agrícola, caso da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). A agricultura intensiva neste viés econômico se sobressai sobre a extensiva pelo fato do aumento da produção, gastando assim, um tempo menor de manejo. Esta modalidade faz um uso de insumos agrícolas como forma de tratar o solo, controle mais rígido para eliminação de pragas, uso de fertilizantes, técnicas de irrigação e maquinas pesadas, como: aradeiras, roçadeiras, plantadeiras e tratores.
Importantes empresas se destacam, sendo a maioria de capital estrangeiro, como o caso da americana John Deere, na venda de equipamentos e maquinas que são utilizadas em grandes plantações para diversificadas culturas, e brasileiras como Adufertil, empresa de Adubos e Defensivos, bem como a Fertigran dentre outras.
Nota-se, portanto a padronização do mercado global, no qual há trabalho de diferentes fontes de matéria prima para a consolidação do produto final, no caso brasileiro, podemos citar China na produção de trigo e soja.
“Assim, por exemplo, da mesma maneira que se fala no carro mundial, fala-se no frango mundial, no novilho mundial. Se pegarmos, por exemplo, um suíno que é engordado na Holanda, na ração dele tem soja brasileira e trigo canadense, a gaiola é de aço indiano e os medicamentos alemães ou são feitos em outro lugar qualquer” (Silva, 1999:01).
O progresso tecnológico assenta-se não só na invenção de novas máquinas, de novos equipamentos, mas também no desenvolvimento e adoção de novos processos de produção, tecnicamente mais eficientes. A produtividade é a medida mais comumente utilizada na mensuração do progresso tecnológico e da eficiência dos setores produtivos ou do país.
Segundo Mueller (1988) nos dá conta de que as políticas positivas seriam aquelas que têm como principal objetivo o de encorajar a expansão da produção agropecuária, seja mediante a fixação de preços de garantia, seja reduzindo ou eliminando riscos de preços e/ou o de garantir aos produtores uma renda superior à que teriam sem a intervenção governamental. As negativas, por sua vez, retiram, direta ou implicitamente, uma parcela do preço realizado com a venda do produto, reduzindo o incentivo do produtor em produzir. São exemplos: tabelamento de preços, confiscos cambiais, impostos, sobrevalorização cambial, etc.
Entender, portanto, a modernização da agricultura brasileira como uma simples mudança da base técnica é simplificar, em muito, o seu significado. É importante levar em consideração que a agricultura brasileira sempre se apresentou, ao longo da sua história, subordinada à lógica do capital, sendo um setor de transferência de riquezas. Assim sendo, dentro do seu processo de modernização deve-se dar significado maior à sua transnacionalização e à sua inserção na divisão internacional do trabalho ou, ainda, à penetração do modo de produção capitalista no campo brasileiro (Aguiar, 1986).
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