A INFLUÊNCIA DA UNIFESSPA NA MIGRAÇÃO PARA XINGUARA
Por: Ana Maria Ferreira Soares • 13/3/2020 • Trabalho acadêmico • 442 Palavras (2 Páginas) • 145 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ
RESENHA
HAESBAERT, Rogerio. Por uma outra regionalização: a região como artefato. In: REGIONAL-GLOBAL 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.
ATHOS PAULO SILVA LIMA
Athospaulosl@gmail.com
A obra de Haesbaert intitulada como Regional-Global coloca em pauta basicamente o conceito de região e regionalização na geografia. No capitulo trabalhado este conceito de região é colocado com um artefato, sendo concebido na questão de romper com certas posturas que muitos advogam como algo realista e idealista, e abordando o regional como uma criação ou algo já construído e articulado. De forma breve mostra que qualquer que seja a analise regional, tem que se levar em conta toda a produção material quanto os simbolismos e representações, deixando claro que dependendo do contexto uma pode sempre se impor ou até mesmo refazer a outra.
Sucintamente o autor menciona Vidal de La Blache, para mostrar e observar que até mesmo as mais antigas e tradicionais concepções de região não desaparecem por completo, tratando dessa região dita como lablacheana ou das relações homem-meio, a partir disso, se percebe a força de La Blache tanto em relação a região e em geografia. Assim como mostra LENCIONI (1999), que com ele é que a geografia atinge um status independente e se consagra como um ramo específico da ciência, sobrepondo o termo de Geografia humana ao de Antropogeografia.
Enfatiza que a região é vista como um espaço dotado de estabilidade, dando ênfase nas relações cidade-região e de terem se tornado mais complexas e sem hierarquias, onde um centro urbano pode ter influência sobre uma área continua. Em diante será observado como este conceito sempre foi trabalhado como uma escala intermediaria, sendo algo mais típico, tratando entre o local e o nacional, ou entre o nacional e o mundial, tido como uma abordagem lablacheana. E com toda a discussão que Haesbaert tratou até certo ponto, fica nítido deduzir dependendo do autor como a região pode ser confundida, tanto no nível escalar baixo ou abaixo do global, intermediário e local.
Numa conclusão sobre as abordagens das frações do espaço, determinados recortes regionais, sejam eles com uma complexidade maior em certos contextos, são propostos em critérios semelhantes, mas em escalas diferentes, mostrando assim a priori que não é a escala que faz a região, mas sim a regionalização que define tal escala a ser priorizada. Então se percebe que toda essa discussão de escala regional, tem um pano de fundo como debate, podendo ser algo intelectual ou evidentemente prático.
REFERENCIAS
HAESBAERT, Rogerio. Regional-Global: Dilemas da Região e da Regionalização na Geografia Contemporânea. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010. ISBN 9788528614459.
LENCIONI, Sandra. Região e Geografia. 1. ed. São Paulo: EDUSP, 1999. ISBN 9788531405150.
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