A Influência da Geologia em aspectos do seu funcionamento

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA E RECURSOS NATURAIS – DGRN

ATERROS SANITÁRIOS

Influência da Geologia em aspectos do seu funcionamento

Autores:

Bruna Costa Fracalanza RA: 167743

Rafaela Padilha Gomes RA: 205050

Samyrian Figueiredo Utida RA: 205712

Victoria Guermani Orives RA: 188058

Orientador:

Gelvam André Hartmann

CAMPINAS

2017

SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        1

2.        DESENVOLVIMENTO        2

2.1        DEFINIÇÃO E ESTRUTURA        2

2.2        ROTINA DE OPERAÇÃO        4

2.3        DIFERENÇAS ENTRE ATERROS SANITÁRIOS E LIXÕES        6

2.4        VANTAGENS E DESVANTAGENS DO ATERRAMENTO        7

2.5        RELAÇÃO DOS ATERROS COM A GEOLOGIA        8

3.        CONCLUSÃO        10

4.        REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        12

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1. INTRODUÇÃO

A questão do lixo é assunto de grande relevância no cenário brasileiro atual. O Brasil produz, por dia, perto de 150.000 toneladas de lixo (sendo 77% de origem residencial). De acordo com a ABREPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), 60,5% dos municípios brasileiros estão acumulando seus resíduos sólidos de forma inapropriada. Este cenário é consequência da precária infraestrutura brasileira, falta de instrução da população local, verba reduzida e o descaso do Estado com a questão do lixo.

A maior parte do lixo é destinado aos lixões, áreas onde o lixo simplesmente é empilhado, sem cuidados com a separação de produtos orgânicos e inorgânicos que ocasiona graves danos ao meio ambiente e a população regional. Entretanto, como uma opção mais sustentável, há os aterros sanitários, que oferecem muitas vantagens em relação ao despejo inadequado dos lixões, por ser um processo com maior planejamento para que haja menor impacto ambiental e social possível.

Neste contexto, o seguinte trabalho tem como finalidade explorar a importância, vantagens e desvantagens da técnica de aterramento sanitário, focando, principalmente, na influência da Geologia nesse processo.

Os tópicos de abordagem principais do trabalho consistem num embasamento geral sobre a temática dos aterros e informações relevantes quanto a realidade desta técnica no Brasil, abordando tanto a construção quanto o funcionamento, além de sua conexão com os aspectos naturais do país.

1. DESENVOLVIMENTO

1. DEFINIÇÃO E ESTRUTURA

Pela definição do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) de 2005, aterro sanitário é a “técnica de disposição de resíduos sólidos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais”. E ainda “método que utiliza princípios de engenharia para confinar resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume possível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão da jornada de trabalho ou a intervalos menores, se necessário”.

Para a escolha do terreno apropriado, são feitos os levantamentos topográfico, geotécnicos, da quantidade de resíduos a serem destinados ao aterro e dos tipos de resíduos: ele deve ter suporte para, no mínimo, 5 anos de uso, devido ao alto custo de investimento.

A localização é outro fator de grande importância; necessita estar próximo da zona de coleta (limite de 30 km para ida e volta), de preferência com vias de fácil tráfego e em boas condições e, estar ao menos 2 km de distância de áreas residenciais adensadas, a fim de evitar riscos à saúde dos moradores e interferir em seu bem-estar. É fundamental também que o terreno escolhido esteja afastado de nascentes, poços artesianos e cursos d’água, em atenção a possíveis contaminações. Além disso, é interessante que o local selecionado apresente jazidas acessíveis de material para cobertura do lixo. E, não menos importante, é preciso realizar um estudo hidro geológico com intenção de investigar a profundidade do nível das águas subterrâneas. Quanto mais profundo, menores são as chances de ocorrer contaminação e também menores são as medidas de proteção e controle exigidas.

Sua elaboração é separada em setores: setor de preparação, setor de execução e setor concluído. No setor de preparação é visado a infraestrutura básica, que demanda sistemas de: proteção das águas subterrâneas; drenagem superficial de águas pluviais; drenagem e tratamento de líquidos percolados, como o chorume; recolhimento de gases e de monitoramento do lençol freático e do tratamento de líquidos. O nivelamento do terreno e sua impermeabilização adequados também são imprescindíveis para o seu bom funcionamento.

Em sua construção, a área de disposição é recoberta com um revestimento inferior ou de base, composto por camadas de drenagem e impermeabilização. Ao final, no setor concluído, o topo do aterro recebe um sistema de impermeabilização superior, composto por camadas de drenagem e impermeabilizantes. E ainda, o sistema de drenagem superficial é construído sobre essa cobertura final, assim como os drenos verticais para o escape dos gases.

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Figura 1 - Esquema físico de um aterro sanitário

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Figura 2 – Critérios para avaliação das áreas para instalação de aterros