AS ORIGENS DO CONHECIMENTO GEOGRÁFICO
Por: Caroline Gonçalves • 2/12/2017 • Resenha • 984 Palavras (4 Páginas) • 753 Visualizações
CAPÍTULO 1: AS ORIGENS DO CONHECIMENTO GEOGRÁFICO (RESENHA)
LENCIONE, Sandra. Região e Geografia. EDUSP. Ed. 1. 1999. 213 p.
Assim como é descrito no título, o texto nos mostra o caminho percorrido pela Geografia até chegar a seu conceito atual, tendo sido um pensamento construído através de experiências de diversos povos e em diferentes épocas e regiões.
Sandra inicia a trajetória da Geografia ainda em um estágio embrionário, na Antiguidade, onde introduz ao falar dos Sumérios, povo que inventou a escrita e foi responsável pela primeira representação cartográfica, em 2700 a.C. Contudo, foi com os Gregos que podemos citar grandes influencias para esse campo do conhecimento. Através da diáspora grega, houve uma significativa expansão de territorial, e com isso a fundação colônias agrícolas, que vieram a se transformar posteriormente em entrepostos comerciais. Os gregos da escola jônica, escola de filosofia grega, foram considerados primeiros geógrafos, ao criarem diversas explicações a cerca do universo, das influencias climáticas, dos rios, da superfície da terra e ao elaborar divisões do mundo até então conhecido. Tales de Mileto, fundador da escola, entendia a Terra como em forma de cilindro, pensamento este desconstruído pelos Pitagóricos, como assim eram chamados os discípulos de Pitágoras, que interpretaram a Terra como esférica. Essa concepção de Terra esférica permitiu aos gregos uma divisão da terra em zonas, segundo a temperatura, sendo as zonas frias e tropicais não habitadas. Esses entendiam a terra como imóvel, apenas como uma rotação no seu próprio eixo, sendo assim o centro do universo. Aristóteles também compartilhou dos conhecimentos tidos por Pitágoras; procurando comprovar a esfericidade da Terra através da sombra que esta projetava na lua nos eclipses. Outro grande nome da geografia na Antiguidade, Heródoto, fez diversas viagens e a partir de suas observações, corrigiu os mapas que haviam sido feitos até então, elaborou conhecimento das terras e mares. Porém, ao contrário do que já estava sendo discutido por outros pensadores, não concebia a Terra como uma forma esférica.
No séc. IV a.C, com a conquista da Pérsia através da expedição de Alexandre O Grande, foram conhecidas muitas terras do interior. Foi criada a cidade de Alexandria, contendo a maior biblioteca da antiguidade. A língua grega foi adotada como meio de expressão do saber e durante seu apogeu inúmeras contribuições para o campo geográfico podem ser alavancadas, dentre as quais podemos citar: a invenção do astrolábio por Hiparco, o estudo de Hipócrates da forma como o ser humano é influenciado pelo meio ambiente e o cálculo da circunferência da terra por Eratóstenes, o primeiro a fazê-lo, chegando a medida de 42 mil quilômetros, que se aproxima muito do dado hoje considerado correto.
Com a decadência da Grécia e apogeu do Império Romano, no século II d.C., a prática de descrição dos lugares percorridos e dominados se desenvolveu ainda mais, com isso, se deu início uma base de dados geográficos, com mapas e descrições de rotas e dos lugares explorados. Sua expansão se deu por terra e também pelo mar, através das navegações de Políbio. Durante a grande permanência do Império Romano, que vigorou por cinco séculos, surge da figura de Estrabão, que em sua obra Geografia, faz uma revisão dos conhecimentos geográficos até então, criticando inclusive alguns filósofos. Estrabão é considerado pela autora o marco inicial da Geografia Regional.
Após a efetiva queda do Império Romano, temos a o Domínio Árabes. Estes foram responsáveis por traduzir diversas obras do Grego, elaborando correções em seus conhecimentos. Através das viagens comerciais, peregrinação e invasões expansionistas, foram bastante importantes
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