Agregados Macroeconomicos
Ensaios: Agregados Macroeconomicos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: francisco13 • 3/7/2013 • 2.292 Palavras (10 Páginas) • 1.090 Visualizações
Conceito e Cálculo dos Agregados Macroeconômicos
A expressão agregados macroeconômicos é empregada para designar, genericamente, os resultados da mensuração da atividade econômica considerada como um todo. A referência básica é a soma de todas as transações, realizadas por todos os agentes, na totalidade dos mercados. É a dimensão total, o todo, não as partes isoladamente consideradas.
Conceitos básicos: o valor adicionado, renda e dispêndio.
A multiplicidade de transações que compõe a vida econômica, a diversidades agentes e envolvidos e as diferentes categorias de fluxos resultantes foram, entre outras, as dificuldades que exigiriam esforços de classificação e de sistematização, bem como de uniformização de bases conceituais.
A classificação dos agentes econômicos em unidades familiares, empresas e governo resultou destes trabalhos de sistematização. Também resultou deles a compreensão da interdependência dos fluxos de produção, de geração de renda e de dispêndio, a diferenciação entre consumo e a acumulação, a identificação dos setores e subsetores em que as atividades econômicas podem ser classificadas e a tipificação dos seus resultados.
Dos conceitos básicos que resultam desse trabalho sistematizador um dos mais importantes é o de valor adicionado. Esse conceito é um ponto de partida para a descrição e compreensão dos sistemas de cálculo agregativo. Ele tem a ver com uma diferenciação essencial entre os fluxos de produção e o conceito macroeconômico de produto. E é fundamental para contornar um dos problemas cruciais do cálculo macroeconômico, o da dupla contagem dos bens e serviços intermediários, que são utilizados no processo de outros bens e serviços, que por sua vez podem não ter, ainda, a destinação final do consumo e da acumulação.
A produção é um fluxo de processamento, em cujas extremidades se encontram suprimentos e saídas. As empresas são os agentes econômicos que realizam esse processamento. Na complexa teia das relações de produção que se estabelece nas modernas economias, não há uma só empresa auto-suficiente. Independentemente das estruturas de mercado de que participa ou das atividades a que se dedica, toda empresa depende de alguma forma de suprimentos, procedente de outras empresas. A empresa k recebe suprimentos de a, b,...,n, sob a forma de bens e serviços de utilização intermediária. Processa insumos recebidos e da saída a produção resultante.
Entre os valores das saída e dos suprimentos há, sob condições normais, uma diferença positiva, que se define como valor adicionado pela empresa. Este valor é que se considera para o cálculo do produto agregado. Valor adicionado e produtos são, assim, sob óptica macroeconômica, conceitos equivalentes. O produto nacional, depurada das transações múltiplas, resulta da soma dos produtos ou dos valores acionados por cada uma das empresas que compõem o aparelho de produção da economia nacional.
Assim, em síntese:
A produção é um fluxo de suprimentos- processamento - saídas.
O valor adicionado é a diferença entre o valor das saídas e o dos suprimentos. Ele corresponde aos custos internos de processamento em que as empresas incorrem, remunerado os fatores de produção por ela mobilizados.
Valor adicionado e produto, sob óptica macroeconômicas são expressões equivalentes.
O produto nacional resulta da soma dos valores adicionados (ou dos produtos) de todas as empresas que compõem o aparelho de produção da economia nacional.
O valor adicionado está diretamente relacionado ao segundo conceito macroeconômico básico: o da renda nacional (ou de remunerações pagas aos fatores de produção mobilizados pelas empresas).
A geração do produto nacional ocorre simultaneamente com os pagamentos que totalizam a renda nacional. Isto porque produto e custo dos fatores são, também, expressões equivalentes.
O processo de produção está dividido em três etapas: suprimentos, processamento e saídas.
Suprimentos: a as empresas recebem suprimentos originários de outras empresas, de que são exemplos as matérias-primas, os componentes semi-elaborados, os materiais de embalagem, a energia, os serviços de comunicações e transportes e outras formas características de insumos. Estes suplementos dão origem a transações entre empresas, denominada as transações intermediárias. Empresas pagam a empresas por esses suprimentos. São pagamentos entre pessoas jurídicas, sob a forma de preços e tarifas.
Processamento: todas as empresas mobilizam fatores de produção pertencentes a unidades familiares, para o processamento dos insumos adquiridos de outras empresas. Os fatores básicos de produção são o trabalho, o capital e a empresariedade. Estas recebem dez empresas pagamentos, sob a forma de remunerações, constituídos por salários, aluguéis, arrendamentos, juros e lucros. Além do pagamento dessas remunerações, as empresas remuneram seus capitais imobilizados próprios através de depreciações. Este conjunto de remunerações pagas aos fatores de produção é que totaliza o valor agregado pelas empresas no processamento da produção.
Saídas: definem-se pela produção realizada e vendida. As saídas podem destinar-se de novo para a utilização como insumos ou atender as duas categorias básicas da demanda final, o consumo e a acumulação.
Assim, em síntese:
O valor adicionado e remunerações pagas aos fatores de produção são expressões equivalentes.
As remunerações pagas aos fatores de produção são fluxos de renda que saem das empresas e se destinam às unidades familiares.
Renda nacional é a soma das remunerações pagas aos fatores de produção. É uma grande totalização dos custos dos fatores.
Como o valor é acionado é igual ao produto, que também é igual ao custo dos fatores, que por sua vez é igual à renda, podemos então dizer que o produto nacional e a renda nacional são, em termos líquidos, expressões que se equivalem.
Um terceiro conceito básico diz respeito à destinação que é dada ao produto e a renda nacional. Este terceiro enfoque vai conduzir-nos ao conceito de dispêndio nacional, completando-se com ele o conjunto dos grandes fluxos macroeconômicos que se derivam da atividade fundamental da produção.
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